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Ricardo Gozzi
A PIONEIRA

E o Nobel de Economia vai para uma historiadora: o que a pesquisa de Claudia Goldin revela sobre desigualdade de gênero e renda no mercado de trabalho

Claudia Goldin é a primeira mulher a ganhar sozinha o Nobel de Economia; sua pesquisa lançou nova luz sobre desigualdade de gênero no mercado de trabalho

Ricardo Gozzi
9 de outubro de 2023
11:05 - atualizado às 11:32
Vencedora do Nobel de Economia 2023, Claudia Goldin.
Claudia Goldin é a primeira mulher a ganhar sozinha o Prêmio Nobel de Economia. - Imagem: Reprodução/Twitter

O telefone de Claudia Goldin tocou no fim da madrugada desta segunda-feira (9). A historiadora norte-americana ainda dormia quando um representante do Banco Central da Suécia ligou para dar a notícia: ela é a ganhadora do Prêmio Nobel de Economia de 2023.

A professora de história da economia parece predestinada ao pioneirismo. Em 1989, ela tornou-se a primeira mulher a receber oferta para ocupar um cargo efetivo no departamento de economia da Universidade Harvard.

Agora, aos 77 anos, Claudia Goldin é a primeira mulher a ganhar sozinha o Nobel de Economia. Professora titular da cátedra Henry Lee em economia em Harvard, sua pesquisa — também pioneira — lançou nova luz sobre desigualdade de gênero e renda no mercado de trabalho.

Entrevistada pelo jornal The New York Times momentos depois do anúncio, Claudia Goldin disse enxergar no fato de ser a primeira mulher a ganhar sozinha o Nobel de Economia o ápice de uma série de mudanças relevantes na busca por diversidade de gênero na área.

Quem foram as outras ganhadoras do Nobel de Economia

Desde 1968, quando o Banco Central da Suécia instituiu o Prêmio de Ciências Econômicas em Homenagem a Alfred Nobel, ela é a apenas a terceira mulher laureada.

Antes dela, somente Elinor Ostrom e Esther Duflo haviam levado o prêmio. No entanto, ambas dividiram o laurel com homens.

Elinor Ostrom foi a primeira mulher a ganhar o Nobel de Economia. Ela dividiu o prêmio de 2009 com Oliver Williamson pelo trabalho da dupla sobre governança econômica. Já em 2019, Esther Duflo dividiu o prêmio com Abhijit Banerjee (seu marido) e Michael Kremer.

No Nobel de Economia deste ano, Claudia Goldin não era considerada entre os favoritos ao prêmio.

O que a pesquisa de Claudia Goldin revela sobre desigualdade de gênero no mercado de trabalho

Goldin é reconhecida por sua pesquisa histórica sobre a participação das mulheres na economia norte-americana ao longo dos séculos.

Ela demonstrou que o aumento e a retração da presença feminina no mercado de trabalho não ocorrem de forma linear.

Também confirmou empiricamente o impacto da pílula anticoncepcional sobre os rumos do casamento e da carreira das mulheres.

Ao anunciar o prêmio, o comitê do Prêmio Nobel destacou o fato de a pesquisa de Claudia Goldin ter ajudado “a expandir a compreensão sobre a situação das mulheres no mercado de trabalho”.

Em suas pesquisas, a professora de história da economia demonstrou como a industrialização afastou as mulheres do mercado de trabalho no século 19.

Ela também mostrou como a presença feminina no mercado de trabalho aumentou no início do século 20, quando o setor de serviços começou a ganhar espaço na economia.

Essas conclusões vieram ao longo de décadas de pesquisas sobre o mercado de trabalho norte-americano.

Entretanto, a mais relevante de suas constatações encontra-se nas origens da desigualdade salarial entre homens e mulheres.

No passado, as disparidades salariais entre homens e mulheres costumavam ser explicadas pelo grau de escolaridade e pelo tipo de ocupação.

Com a popularização dos métodos de controle de natalidade, o ingresso na universidade e a presença cada vez maior de mulheres em campos de trabalho antes restritos a homens, tornou-se claro que a remuneração oferecida a elas era menor mesmo quando desempenhavam a mesma função.

Quando a desigualdade salarial entre homens e mulheres começa a aumentar

Claudia Goldin conseguiu então apontar quando a disparidade salarial entre homens e mulheres começa a aumentar: a diferença salarial ganha força entre um e dois anos depois de a mulher ter seu primeiro filho.

Embora a disparidade venha diminuindo no geral, a Organização das Nações Unidas (ONU) calcula que, no ritmo atual, a desigualdade salarial entre homens e mulheres será zerada somente daqui a mais de 250 anos.

Na entrevista ao NYT, Goldin enfatizou que as estruturas sociais e familiares nas quais as mulheres e os homens crescem moldam não só o comportamento, mas também os resultados econômicos.

Embora ela reconheça “mudanças progressivas monumentais”, diferenças importantes permanecem em cena.

Segundo a historiadora, muitas vezes essas diferenças estão ligadas ao fato de as mulheres realizarem mais trabalhos domésticos.

“Nunca teremos igualdade de gênero enquanto não alcançarmos igualdade conjugal.”

*Com informações da BBC e do New York Times.

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