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Carolina Gama
Formada em jornalismo pela Cásper Líbero, já trabalhou em redações de economia de jornais como DCI e em agências de tempo real como a CMA. Já passou por rádios populares e ganhou prêmio em Portugal.
A PRELEÇÃO

Corte de juros vai ficar no banco? A próxima jogada do Fed após a decisão que derrubou as bolsas lá fora

O time do banco central norte-americano realizou a partida desta quarta-feira (1) com o placar definido — o que a torcida quer saber agora é quando começa a goleada do corte de juros

Carolina Gama
31 de janeiro de 2024
16:19 - atualizado às 17:25
Em um gramado, aparece um placar com zero a xero, uma bola de futebol com uma % no centro e o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, escondido atrás da bola
O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell - Imagem: Montagem Andrei Morais/Unplash/Federal Reserve

O Federal Reserve (Fed) entrou em campo nesta quarta-feira (31) com a partida definida antes mesmo de a bola rolar: 95% dos investidores esperavam a manutenção dos juros na faixa entre 5,25% e 5,50% ao ano — o maior patamar da taxa referencial em 22 anos nos EUA

E foi o que aconteceu: os membros do comitê de política monetária (Fomc, na sigla em inglês) terminaram a partida de hoje confirmando o placar dos juros inalterados, mas o comunicado trouxe aquela surpresinha que torna o campeonato mais emocionante.

"Ao considerar quaisquer ajustes no intervalo-alvo dos juros, o Comitê avaliará cuidadosamente os dados recebidos, a evolução das perspectivas e o equilíbrio dos riscos. O Comitê não espera que seja apropriado reduzir o intervalo dos juros até que tenha ganhado maior confiança de que a inflação está evoluindo de forma sustentável para 2%".

Comunicado do Fed de 31 de janeiro de 2024

Esse trecho torna mais explicito o entendimento do Fed de que o corte dos juros vai seguir no banco de reservas por enquanto: eles não devem cair até que o Fed tenha certeza de que a inflação está em uma trajetória sustentável de desaceleração na direção da meta de 2% ao ano.

Ele substitui parágrafo que vinha dizendo, nos comunicados anteriores, que "ao determinar a extensão de qualquer reforço adicional da política que possa ser apropriado para fazer regressar a inflação a 2% ao longo do tempo, o Comitê terá em conta o aperto cumulativo da política monetária, a defasagem com que a política monetária afeta a atividade econômica e a inflação, e os efeitos econômicos e desenvolvimentos financeiros".

Não demorou nada para o carinho da torcida aparecer após a mudança no comunicado com a decisão de hoje.

Nova York acelerou as perdas, com o S&P 500 e o Nasdaq chegando a cair mais de 1%. Já os yields (rendimentos) dos títulos de dívida do governo dos EUA de dez anos — os chamados Treasurys, usados como referência no mercado — subiram.

Por aqui, o Ibovespa segue em alta de 1%, mantando os 129 mil pontos, enquanto o dólar renovou máxima, com ganhos de 1,30%, a R$ 4,94. Acompanhe a nossa cobertura ao vivo dos mercados

O aquecimento dos juros para a partida de hoje

Como qualquer time que se preze, os membros do Fomc entram em campo hoje depois de um belo aquecimento — afinal, ninguém quer que a economia se contunda e traga ainda mais problemas para a equipe do Fed. 

Esse aquecimento começou na última reunião do banco central norte-americano de 2023, realizada em dezembro. A notícia de que o Fomc planejava três cortes de juros em 2024 provocou uma grande recuperação do mercado. 

O S&P 500 terminou o ano com uma valorização de 24% e fechou em máximas recordes cinco vezes, enquanto os yields dos Treasurys caíram em relação ao pico registrado há mais de uma década.

Os membros do Fomc, no entanto, passaram semanas desde essa reunião tentando orientar os mercados em outra direção. 

A comunicação funcionou. Os investidores começaram a ver o primeiro corte dos juros em maio, em vez de março, de acordo com a ferramenta FedWatch do CME Group: 58,3% de chances em março antes do encontro de hoje e 95,3% em maio.

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O próximo jogo dos juros já está marcado

A bola do Fed volta a rolar no dia 20 de março — e a partida promete ser mais dura do que o jogo de hoje. 

Isso porque os investidores ainda esperam que o banco central norte-americano reduza massivamente a taxa de referência este ano, chegando a prever cortes de 1,5 ponto percentual (pp) até dezembro de 2024 — o que equivale a seis reduções de 0,25 pp. 

Mas, logo após a divulgação da decisão desta quarta-feira, a ferramenta FedWatch do CME Group mostrava uma probabilidade ainda menor de o BC dos EUA cortar os juros na próxima reunião, em março: 47,2%.

As apostas para maio também caíram e passaram para 91,4% logo depois da decisão de hoje, ainda de acordo com os dados compilados pelo CME Group. 

A coletiva do técnico 

Não é novidade para ninguém que o técnico de uma seleção concede uma entrevista coletiva após a partida, para explicar os melhores e piores momentos em campo — e foi o que Jerome Powell, presidente do Fed, fez como de costume

“Precisamos ver a continuidade dos bons dados e não um dado específico. Só aí vamos construir a confiança de que estamos no caminho da inflação em 2% em uma trajetória sustentável de bons dados econômicos”, respondeu Powell ao ser questionado logo de cara a respeito do que é preciso para os juros caírem nos EUA.

O chefão do Fed também fez questão de explicar a mudança no comunicado de hoje.

"Mudamos o trecho do comunicado para deixar muito claro para todos que não vamos cortar os juros até que a inflação se prove em trajetória de desaceleração por um longo período", disse.

Nesse sentido, Powell confirmou que os juros devem cair “em algum momento neste ano”, mas avisou que as decisões nessa direção serão tomadas “reunião por reunião”. 

Ele também minimizou as chances de um corte de juros em março. "Não acho provável que atingiremos esse nível de confiança suficiente em para cortar os juros em março".

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