A China não vai deitar: o sinal de esperança de que a segunda maior economia do mundo continuará de pé
O presidente Xi Jinping se prepara para encontrar com reguladores e manter as rédeas da segunda maior economia do mundo; saiba o que vem por aí
Apesar dos esforços da China para reforçar o mercado de ações, as bolsas por lá registraram um início brutal em 2024 — na semana passada, por exemplo, o índice de referência CSI300 despencou 4,6%, fechando a sexta-feira na mínima em cinco anos.
A liquidação nos mercados da China sublinhou a falta de confiança nas perspectivas econômicas para a segunda maior economia do mundo, após meses de uma demanda fraca por parte dos consumidores e de indicadores que sugeriam que a atividade industrial estava com dificuldades para se recuperar.
Mas, nesta terça-feira (6), parece que o jogo vai começar a virar na China — e os índices de ações reagiram bem.
O CSI300 fechou em alta de 3,2%, enquanto o índice mais amplo CSI500 e o índice de baixa capitalização CSI1000 fecharam cerca de 7% mais altos. Já o Hang Seng subiu 4%, a maior valorização desde 25 de julho, enquanto o Hang Seng Tech teve alta de 6,8%.
- Leia também: Obrigado, China? Segunda maior economia do mundo espalha sua deflação e ajuda a derrubar preços no Brasil
A motivo do ânimo na China
As bolsas chinesas se recuperaram depois que os fundos estatais prometeram intensificar as compras de ações, estimulando as esperanças dos investidores de que Pequim possa estar pronta para oferecer mais apoio para colocar um freio nos meses de queda nos preços.
As ações começaram a subir depois de a Central Huijin, um braço de investimento do fundo soberano da China, ter anunciado que iria expandir as compras de fundos negociados em bolsa.
A Comissão Reguladora de Valores Mobiliários da China também indicou que incentivaria os investidores institucionais a deter ações A por um período mais longo, enquanto trabalha para estabilizar uma liquidação que eliminou quase US$ 2 trilhões em capitalização de mercado desde o pico de 2021.
A CSRC informou ainda que puniria algumas vendas a descoberto e impediria o comportamento ilegal que prejudicasse as operações estáveis do mercado de ações.
A comissão proibiu ainda o empréstimo de títulos e a venda a descoberto em um aviso separado e prometeu, no dia anterior, monitorar de perto o risco de liquidações forçadas de ações penhoradas.
PODCAST TOUROS E URSOS - O ano das guerras, Trump rumo à Casa Branca e China mais fraca: o impacto nos mercados
Xi está de olho
Apesar de todos os anúncios e da tentativa dos reguladores em conter operações mais arriscadas e que desestabilizam o mercado, o presidente da China, Xi Jinping, não está satisfeito.
De acordo com a Bloomberg, Xi deve discutir o mercado de ações do país com os reguladores financeiros para uma rodada de atualizações das condições do mercado e das iniciativas mais restritivas.
*Com informações do Financial Times e da Reuters
Vai fechar o banco central, Milei? A nova declaração do presidente da Argentina sobre o futuro do BC do país
O presidente argentino está na Espanha e deu diversas declarações polêmicas a um público que o aplaudiu calorosamente; veja o que mais ele disse
Xi Jinping na Rússia: o presidente da China está disposto a pagar o preço pela lealdade de Putin?
O líder chinês iniciou nesta quinta-feira (16) uma visita de Estado de dois dias à Rússia e muito mais do que uma parceria comercial está em jogo, mas o momento para Pequim é delicado
Os juros continuarão altos nos EUA? Inflação de abril traz alívio, mas Fed ainda tem que tirar as pedras do caminho
O índice de preços ao consumidor norte-americano de abril desacelerou para 3,4% em base anual assim como o seu núcleo; analistas dizem o que é preciso agora para convencer o banco central a iniciar o ciclo de afrouxamento monetário por lá
Boas notícias para Milei: Argentina tem inflação de um dígito e Banco Central promove corte de juros maior que o esperado
Os preços tiveram alta de 8,8% em abril, em linha com o esperado pelo mercado, que estimavam um avanço de preços entre 8% e 9%
A vingança da China: EUA impõem pacote multibilionário de tarifas a carros elétricos chineses e Xi Jinping quer revanche
O governo chinês disse que o país tomaria medidas resolutas para defender os seus direitos e interesses e instou a administração Biden a “corrigir os seus erros”
Vitória para Milei: FMI anuncia novo acordo para desembolsar quase US$ 1 bi em pacote de ajuda à Argentina
Segundo o fundo, a Argentina apresenta “desempenho melhor que o esperado”, com queda na inflação, reconstrução da credibilidade, programas de consolidação fiscal, entre outros
Em busca de capital estrangeiro, Macron atrai gigantes como Amazon para impulsionar investimentos na França
O presidente francês garantiu investimentos da Amazon, Pfizer e Astrazeneca, enquanto Morgan Stanley prometeu adicionar empregos no país
Guerra dos chips: Coreia do Sul anuncia pacote de mais de US$ 7 bilhões para a indústria de semicondutores
O ministro das Finanças sul-coreano, Choi Sang-mok, disse que o programa poderia incluir ofertas de empréstimos e a criação de um novo fundo
A fúria de Biden contra a China: EUA preparam tarifaço sobre carros elétricos e energia solar — nem equipamentos médicos vão escapar
O anúncio completo, previsto para terça-feira (14), deve manter as tarifas existentes sobre muitos produtos chineses definidas pelo ex-presidente norte-americano, Donald Trump
Uma resposta a Israel? Assembleia da ONU aprova por maioria esmagadora mais direitos aos palestinos
O projeto de resolução também apela ao Conselho de Segurança que reconsidere favoravelmente o pedido dos palestinos para a adesão plena à organização
Leia Também
-
Bolsa hoje: Petrobras (PETR4) limita ganhos do Ibovespa; dólar cai a R$ 5,10 e recua mais de 1% na semana
-
Rumo: por que o Goldman Sachs calcula um potencial de ganho menor para as ações RAIL3
-
A Positivo pode mais? As ações POSI3 já subiram 50% este ano e esse banco gringo conta para você se há espaço para mais