🔴 5 MOEDAS PARA MULTIPLICAR SEU INVESTIMENTO EM ATÉ 400X – VEJA COMO ACESSAR LISTA

Ricardo Gozzi
CHAMA O VAR

Expectativa vs. realidade: Por que os economistas têm errado tanto as previsões do PIB?

A diferença tem intrigado os próprios responsáveis pelas previsões do PIB e chamou a atenção até do presidente do BC, Roberto Campos Neto

Ricardo Gozzi
13 de setembro de 2023
6:37 - atualizado às 11:21
Cabine VAR gráficos e pib
Montagem com cabine do VAR - Imagem: Fifa / Shutterstock / Montagem Brenda Silva

Reza a lenda que a taxa de câmbio teria sido inventada com o intuito de humilhar os economistas. Mesmo não sendo este o caso, as projeções sobre os rumos do real, do dólar e de outras moedas estão longe de figurar como as únicas variáveis macroeconômicas sujeitas a erros escandalosos.

Têm chamado bastante a atenção os equívocos nas previsões do Produto Interno Bruto (PIB) nos últimos anos, principalmente depois da pandemia.

E é melhor não chamar nada que se assemelhe ao VAR. Criada com a intenção de diminuir os erros de arbitragem no futebol, a figura do árbitro de vídeo parece ter exacerbado ainda mais as polêmicas e provocado mais discussão que as previsões de todos os economistas e meteorologistas juntos.

Não se trata de exclusividade do Brasil, mas é quando o resultado do PIB brasileiro sai que a situação se torna mais evidente.

Em 6 de janeiro, data do primeiro boletim Focus de 2023, a projeção do mercado para o PIB deste ano era de uma expansão de 0,78%.

As estimativas começaram a ser ajustadas para cima depois da surpresa positiva do primeiro trimestre.

Mesmo assim, a expansão da economia continuou surpreendendo aqueles que estudaram para prevê-la.

O último dado disponível, referente ao segundo trimestre de 2023, mostrou uma expansão de 3,4% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Estimativas do PIB continuam defasadas mesmo com surpresas recentes

Considerando somente o carrego estatístico dos últimos trimestres, mesmo que a economia brasileira pare de crescer no segundo semestre, o PIB fechará 2023 com alta de mais de 3% maior em relação a 2022.

No entanto, as estimativas aparentemente continuam defasadas. Mesmo revisada em alta nas últimas semanas, a mediana das projeções de alta do PIB brasileiro em 2023 na Focus da última segunda-feira ainda estava em 2,64%.

O cenário político polarizado e a reconhecida antipatia da Faria Lima pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva induzem à tentação de concluir que se trata meramente de um viés pessimista do mercado financeiro em relação ao governo de turno.

Entretanto, a Faria Lima não pode ser acusada de antipatizar com Paulo Guedes, que ocupou o Ministério da Economia sob Jair Bolsonaro. E nos últimos anos do governo anterior as projeções iniciais dos economistas também indicavam um PIB menor do que o realizado.

ONDE INVESTIR EM SETEMBRO - Novo programa do SD Select mostra as principais recomendações em ações, dividendos, FIIs e BDRs

Expectativa x realidade do PIB

Em junho de 2020, no auge das incertezas relacionadas à pandemia, a mediana das projeções da Focus chegou a apontar para uma retração de 6,54% para o PIB.

Os mais pessimistas chegaram a falar em uma contração de 10%. Naquele ano, a economia brasileira de fato encolheu, mas a queda foi de “apenas” 3,3%.

Na primeira edição de 2021, as projeções do mercado compiladas pela pesquisa Focus indicavam um crescimento econômico de 3,41%. O resultado final foi uma expansão de 4,6%.

Para 2022, a Focus abriu o ano projetando uma (vamos chamar de) expansão de 0,28%. Mas a alta do PIB foi de 2,9%.

A influência dos ganhos de produtividade sobre o PIB

A diferença entre a expectativa e a realidade tem intrigado os próprios responsáveis pelas previsões.

O debate é acalorado. De um lado, economistas ligados ao governo atribuem parte dos resultados recentes à PEC da Transição, elaborada pela equipe de Lula e aprovada pelo Congresso para acomodar despesas urgentes e que estavam fora do orçamento original de 2023.

No lado do mercado, que é de onde saem as projeções para a Focus, cada vez mais economistas apontam para ganhos de produtividade ocasionados por novos hábitos desenvolvidos durante a pandemia, em especial o trabalho remoto.

Seja como for, o fenômeno não tem uma causa única e mensurar seus impactos não é tarefa simples.

  • [Proteção do patrimônio] Essa estratégia de investimento desenvolvida por um físico da USP pode te fazer lucrar até 500 dólares por semanaacesse aqui

Campos Neto entra no debate

O próprio presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, entrou na discussão durante evento do JP Morgan no início de setembro.

Ele abordou possíveis ganhos de produtividade e apontou contradições dos economistas de mercado na hora de projetar o PIB.

Na avaliação da autoridade monetária, “cerca de 80%” das reformas exigidas anos atrás pelo mercado já está em vigor, mas haveria uma tendência entre esses economistas de efetuar projeções econômicas levando em consideração somente o passado recente.

Campos Neto citou como exemplos os possíveis impactos de alterações nas leis previdenciárias, trabalhistas e tributárias, a maioria delas realizada durante o breve mandato de Michel Temer, entre os meses finais de 2016 e dezembro de 2018.

"Pode ser que, em parte, a surpresa de crescimento que a gente está vendo, e já são 15 meses disso, seja por um ganho de eficiência cumulativo de várias coisas feitas no passado”, afirmou.

Por trás das estimativas pessimistas estavam as incertezas. Na lógica do mercado, quanto maior a incerteza dos agentes econômicos, menor é o grau de confiança.

Outros efeitos da pandemia

Para Otto Nogami, professor dos cursos de pós graduação do Insper, os erros derivam principalmente de mudanças nos padrões de comportamento dos agentes econômicos em anos recentes.

Essas mudanças vêm das famílias, das empresas e dos governos — e têm a pandemia como pano de fundo. A começar pela demanda reprimida em função do isolamento social.

Agora, a volta à normalidade está fazendo com que as pessoas passem a ter um comportamento menos previsível, afirma Nogami.

Ao mesmo tempo, enquanto os governos adotam programas de estímulo na tentativa de retomar o crescimento econômico, as empresas estão mudando suas estratégias de atuação e operação.

Nogami vê a situação como um momento de ajustes e de acomodação a uma nova realidade.

“A própria mudança do comportamento geopolítico dos países está fazendo com que as relações de comércio internacional se modifiquem”, diz ele.

Compartilhe

LOTERIAS FEDERAIS

Em meio a indecisão da Mega-Sena e Quina, Lotofácil faz milionário no mais recente sorteio; veja loterias federais hoje

19 de maio de 2024 - 10:08

Com a Sena não cravada, o prêmio do próximo concurso, a ser realizado no dia 21 de maio de 2024, sobe para R$ 37 milhões

ATENÇÃO, DEVEDOR

Desenrola Brasil: este é o último fim de semana para aderir à Faixa 1 do programa de renegociação de dívidas; veja como

18 de maio de 2024 - 15:38

Dados do Ministério da Fazenda apontam que, até a semana passada, 14,75 milhões de pessoas já haviam renegociado cerca de R$ 51,7 bilhões em dívidas

DURANTE ENCONTRO

Após 30 anos do Plano Real, ex-presidentes do Banco Central criticam condução da política fiscal

18 de maio de 2024 - 10:19

Ao mesmo tempo, Roberto Campos Neto evitou comentários sobre a condução da política fiscal atual, mas voltou a defender o projeto que concede autonomia financeira ao BC

Mudanças climáticas

Investimento verde é coisa de gringo, mas isso é bom para nós: saiba quais são as apostas ESG do investidor global no Brasil

17 de maio de 2024 - 6:33

Saiba para quais segmentos e tipos de negócios o investidor global olha no Brasil, segundo Marina Cançado, idealizadora de evento que aproximará tubarões internacionais com enfoque ESG do mercado brasileiro

LOTERIAS

Mega-Sena e Quina decepcionam de novo, mas Lotofácil faz 2 meio-milionários — e eles apostaram de um jeito diferente

17 de maio de 2024 - 5:42

Nenhum dos ganhadores da Lotofácil apostou em uma casa lotérica; na Mega-Sena e na Quina, os prêmios acumulados têm oito dígitos

E VEM MAIS POR AÍ

Uma ajuda extra da Receita: lote de restituição do Imposto de Renda para o Rio Grande do Sul supera R$ 1,1 bilhão

16 de maio de 2024 - 19:46

Além de incluir os gaúchos no primeiro lote de restituição, a Receita promoverá medidas para ajudar o contribuinte do estado castigado pelas enchentes

LOTERIAS

Lotofácil faz 2 meio-milionários, Quina acumula de novo e Mega-Sena oferece prêmio turbinado

16 de maio de 2024 - 5:58

Lotofácil sai para uma aposta comum e para um apostador “teimoso”; concurso de final 5 turbina prêmio da Mega-Sena

LOTERIAS

Bolão fatura Lotofácil e faz 4 milionários de uma vez só; Mega-Sena acumula e prêmio dispara

15 de maio de 2024 - 6:02

A Lotofácil estava acumulada ontem, o que engordou o prêmio da “máquina de milionários”; Quina acumulou de novo

MULTIMERCADOS

Ex-colega de Campos Neto no BC, gestor da Itaú Asset aposta em Copom mais rígido com os cortes na Selic daqui para frente

14 de maio de 2024 - 19:58

Ex-diretor de política monetária do BC entre 2019 e 2023 — sob o comando de RCN —, o economista Bruno Serra revelou o que espera para os juros no Brasil

LANCE REVISADO

Ata do Copom mostra divisão mais sutil entre Campos Neto e diretores escolhidos por Lula

14 de maio de 2024 - 10:18

Divergência entre os diretores do Banco Central se concentrou no cumprimento do forward guidance, mas houve concordância sobre piora no cenário

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Continuar e fechar