Vale (VALE3) é “tetra” e tem ação mais recomendada para investir em novembro; confira os papéis favoritos de analistas de 10 corretoras para o mês
Os papéis da mineradora acumularam valorização acima de 2% em setembro; 3R Petroleum e Telefônica/Vivo aparecem pela primeira vez entre as três mais recomendadas no ano
O mês de novembro é, para muitos, uma “janelinha” para o início das comemorações de fim de ano. Os enfeites de Natal já começam a colorir a cidade.
Enquanto isso na B3, as ações da Vale (VALE3) são apontadas como a melhor pedida para dar início às celebrações de fim de ano. Invicta, as ações da mineradora foram as mais indicadas entre as carteiras recomendadas de 10 corretoras.
Esta é a quarta vez consecutiva que a Vale fica no topo do pódio das indicações dos analistas consultados pelo Seu Dinheiro.
Desta vez, os analistas de seis instituições revelaram a preferência pelos papéis da mineradora. Quem seguiu a indicação do mês passado acumulou uma valorização de 2,10%, superior ao desempenho do Ibovespa — que fechou outubro com queda de 2,94%.
Desde que se tornou ‘top pick’ das edições Ação do Mês, ou seja, a partir de agosto, VALE3 apresenta uma valorização de 2,31%. Não parece muito à primeira vista, mas trata-se de uma verdadeira goleada na comparação com o Ibovespa, que amarga um recuo de 7,22% no mesmo período.
Com Vale novamente na liderança, as novidades para a edição da “Ação do Mês” de novembro estão nas companhias que disputam o pódio.
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A petroleira Prio (PRIO3) retornou ao segundo lugar entre as preferidas, com cinco recomendações.
E com a medalha de bronze tivemos duas novidades: 3R Petroleum (RRRP3) e Telefônica (VIVT3), dona da Vivo, aparecem pela primeira vez entre as “top 3” favoritas das corretoras.
Veja abaixo as ações preferidas das carteiras de 13 corretoras:
Entendendo a Ação do Mês: todos os meses, o Seu Dinheiro consulta as principais corretoras do país para descobrir quais são suas apostas para o período. Dentro das carteiras recomendadas, normalmente com até 10 papéis, os analistas indicam os seus três prediletos. Com o ranking nas mãos, selecionamos os que contaram com pelo menos duas indicações.
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Ainda que os investidores não estejam livres de “sustos” no meio do caminho, a mineradora segue barata na bolsa, na visão da Empiricus. “Atualmente entendemos que as ações da Vale (VALE3) já negociam por preços muito descontados (4x Valor da Firma/Ebitda), bem abaixo da média histórica, que já levam em consideração essa possível piora do setor”.
A perspectiva leva em consideração a permanência da tonelada de minério de ferro ao nível de US$ 100, que é um nível interessante em termos de geração de caixa e potencial de dividendos.
Recentemente, a empresa fez um agrado aos acionistas ao aprovar a distribuição de R$ 10,5 bilhões em proventos, o que equivale a R$ 2,3316 por ação — entre dividendos e juros sobre capital próprio (JCP).
Acompanhando o anúncio, a Vale também reportou os números do último trimestre, que já não foi tão bom assim. A mineradora registrou lucro líquido de US$ 2,836 bilhões no período, resultado 36,3% menor do que o reportado no terceiro trimestre do ano passado.
Apesar da queda do lucro líquido, o Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado teve alta de 14% na mesma base de comparação, para US$ 4,177 bilhões.
Além dos preços convidativos, ter ações da Vale é uma forma de dolarização da carteira, já que a empresa é uma produtora de commodities cujos preços são cotados na moeda norte-americana.
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Prio (PRIO3) de volta
Uma opção alternativa às ações da Petrobras (PETR4), os investidores costumam dividir as posições no setor petroleiro com as companhias “juniores” como a Prio (ex-PetroRio; PRIO3).
A preferência pela Prio acontece também em meio a novas incertezas sobre a distribuição de proventos aos acionistas pela Petrobras e possíveis interferências na estatal.
Em relatório recente do Citi, a petroleira júnior é considerada o “melhor nome para capitalizar os preços mais elevados do petróleo no segmento brasileiro de Petróleo e Gás”. Além disso, a companhia já reportou os resultados do terceiro trimestre — que agradaram os investidores.
A petroleira reportou um lucro líquido de US$ 348,049 milhões entre julho e setembro, um crescimento de 126% na comparação com igual período de 2022.
O número, segundo a empresa, foi um reflexo do aumento de produção e nas vendas, que subiram 118% e 154% respectivamente, na mesma base comparativa.
Estreantes do ano
Assim como a Prio (PRIO3), a petroleira júnior 3R Petroleum (RRRP3) também entrou entre as ações preferidas dos analistas para investir em novembro.
É a primeira vez que os papéis RRRP3 aparecem entre os mais recomendados pelos analistas neste ano.
Mas o terceiro lugar também é disputado por outra companhia de outro setor: a Telefônica (VIVT3), dona da operadora de telefonia Vivo.
Em outubro, as ações da companhia ficaram entre as dez maiores altas do Ibovespa, com avanço de 4,95%, “mais uma vez confirmando a qualidade dos seus resultados”, afirma Mario Mariante, analista-chefe da Planner Corretora.
Segundo ele, as ações da operadora estão entre as “mais sólidas no mercado”. Além disso, a companhia também é considerada uma boa pagadora de dividendos.
O mercado aguarda que a empresa venha a distribuir uma bolada aos acionistas depois que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou a redução de capital da companhia, com a possibilidade de distribuição de até R$ 5 bilhões em dividendos extraordinários aos acionistas.
A expectativa é de que essa operação comece a ser realizada até o início de 2024. Na visão da Empiricus, essa distribuição será feita de forma parcial ao longo dos próximos dois ou três anos. “O que faria o yield [retorno] do ano que vem subir de 7% a 7,5% no consenso hoje para algo entre 10% a 10,5%”, afirma a analista Larissa Quaresma.
Por fim, a Telefônica/Vivo reportou lucro líquido de R$ 1,47 bilhão no terceiro trimestre, um crescimento de 2,2% ante o mesmo período do ano anterior. O lucro antes dos juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda) totalizou R$ 5,54 bilhões, o que representa um avanço de 11,7% na base de comparação anual.
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