Chinesas querem demolir a Tesla, mas Elon Musk não vai deixar — o bilionário contra-ataca para bater as rivais
O CEO da fabricante de carros elétricos reconheceu o sucesso das asiáticas no setor automotivo e resolveu ele mesmo começar a agir para não ficar para trás nesse mercado
Quando divulgou os últimos resultados trimestrais da Tesla, no mês passado, Elon Musk reconheceu que as fabricantes chinesas irão demolir as rivais do setor automobilístico. Na ocasião, o bilionário defendeu a aplicação de barreiras comerciais para proteger seu próprio negócio.
“Honestamente, eu acho que se não forem estabelecidas barreiras comerciais, elas irão praticamente demolir a maioria das outras empresas automobilísticas do mundo”, disse Musk na ocasião.
Só que o bilionário não quis pagar para ver e resolveu ele mesmo começar uma movimentação para conter o que chamou de “sucesso significativo” das concorrentes asiáticas.
Elon Musk contra a demolição chinesa
Para evitar ser vítima do que ele mesmo previu, Elon Musk resolveu fazer um upgrade em um dos modelos de carros elétricos que a Tesla vende na China.
Agora, o hardware autônomo do carro Modelo Y virá com Hardware 4.0 (HW 4.0) gratuitamente quando o cliente adquirir o veículo.
O HW 4.0 é um conjunto de câmeras, sensores e computador de bordo projetado para melhorar o software experimental de assistência ao motorista da Tesla, que é comercializado como Full Self-Driving Beta ou FSD Beta.
A Tesla não lançou oficialmente o FSD Beta na China, embora a imprensa estatal tenha reportado em novembro que a fabricante de carros elétricos está tentando lançá-lo por lá.
As empresas chinesas de veículos elétricos têm procurado aumentar a concorrência concentrando-se na tecnologia em áreas como características de condução autónoma e melhores baterias.
A mais recente atualização de hardware da Tesla é uma forma de responder a isso.
Além do upgrade, a empresa de Musk também lançou as novas cores vermelho, cinza e prata para o Modelo Y na China.
Tesla e as ferozes rivais chinesas
A mudança da Tesla para atualizar o Modelo Y ocorre na ausência de novos carros para o mercado de massa da montadora, que enfrenta a concorrência crescente na China — um de seus mercados mais importantes.
Para se ter uma ideia do tamanho dessa concorrência, no quarto trimestre de 2023, a gigante automobilística chinesa BYD — apoiada por Warren Buffett — vendeu mais carros elétricos do que a Tesla.
Mas não é só a BYD que a Tesla enfrenta. A empresa de Elon Musk também encara rivais como Nio e Xpeng e a demanda mais fraca.
No ano passado, a Tesla precisou reduzir os preços em todos os mercados nos quais atua para estimular a procura, o que pesou nas margens da empresa.
Na semana passada, a empresa de Elon Musk alertou os investidores que o crescimento do volume de veículos em 2024 “pode ser notavelmente menor” do que o de 2023.
*Com informações da CNBC
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