Campos Neto ‘esnoba’ dólar, o futuro dos juros no Brasil e fundos imobiliários com desconto na bolsa: os destaques do Seu Dinheiro na semana
A avaliação do presidente do BC sobre quem vence a disputa como moeda da vez no mundo foi a matéria mais lida da semana
Em uma semana na qual o dólar enfim deu uma pausa no rali que vinha registrando nos últimos dias, a avaliação do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sobre quem vence a disputa como moeda da vez no mundo foi a matéria mais lida da semana no Seu Dinheiro.
Para Campos Neto, o debate sobre as divisas pode estar ultrapassado. Ao avaliar a possibilidade de o yuan substituir o dólar, ele citou o avanço dos sistemas de pagamentos instantâneos como o Pix. Segundo o presidente do BC, a tendência é de que seja possível fazer transferências em tempo real entre países com sistemas conectados.
Além da discussões sobre o futuro das moedas, os leitores também buscaram se informar sobre a queda do dólar, oportunidades de cotas com desconto em fundos imobiliários, a oferta de ações da subsidiária de fibra ótica da Oi (OIBR3) e o balanço do Bradesco (BBDC4).
Confira abaixo um resumo das cinco matérias mais lidas da semana no SD.
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1. O dólar já era? Campos Neto diz quem vence a disputa como moeda da vez no mundo — e não é quem você pensa
Campos Neto avaliou que seria difícil negociar ativos em uma moeda que não seja conversível, ao comentar sobre a possível predominância da moeda chinesa no mundo.
“É muito difícil ter moeda global que não seja conversível, que não seja aberta, você precisa escolher qual lado você está”, disse em entrevista à CNN Brasil na terça-feira (30).
Não é hoje que a China tenta destronar o dólar como a principal moeda global. Essa iniciativa ganhou impulso em 2015, quando o Fundo Monetário Internacional (FMI) passou a colocar o yuan na cesta de moedas que fazem parte do Special Drawing Rights (SDR). Saiba mais sobre o tema.
2. O futuro dos juros no Brasil: o que Campos Neto pensa sobre possíveis cenários, inflação, crescimento e questão fiscal
A segunda matéria mais lida da semana também veio de declarações de Campos Neto pois, desde que o Banco Central sinalizou que o ciclo de corte da Selic pode estar chegando ao fim, o que muito investidor quer saber é: quando isso vai acontecer de fato — ainda mais em um cenário no qual os juros nos EUA não parecem que não vão cair tão cedo.
O mercado se questiona o que o banco central fará com os juros a partir de agora — e o presidente do BC, voltou a dar pistas sobre os rumos da política monetária brasileira durante a mesma entrevista à CNN na qual falou sobre as moedas. O SD separou os principais pontos tratados por ele.
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3. Subsidiária da Oi (OIBR3) anuncia emissão de 14,9 bilhões de ações; operação renderá economia de R$ 1,78 bi à tele
Saindo das notícias sobre o cenário macroeconômico, a V.tal, subsidiária de fibra ótica da Oi (OIBR3), anunciou no início da semana que emitirá cerca de 14,9 bilhões de ações a um preço total de R$ 4 a serem subscritas pelos seus controladores – fundos de investimento ligados ao BTG Pactual.
A operação estava prevista nos bônus de subscrição emitidos pela V.tal em 30 de junho de 2022, em decorrência de ajuste de participação acordado em 1º de outubro de 2021 e em 9 de junho de 2022, na operação por meio da qual a Oi vendeu parte da sua fatia na empresa de fibra ótica aos atuais controladores, os fundos do BTG.
O Instrumento inclui ainda uma série de outras cláusulas que, juntas, podem provocar um redução nos desembolsos da Oi da ordem de R$ 1,783 bilhão, no total. Entenda aqui.
4. Fundos imobiliários sentem o “efeito Campos Neto” e Fed nos juros, mas queda abre oportunidade para comprar FIIs com desconto
Apoiados por três pilares — a queda dos juros, o desconto nas cotas e as mudanças regulatórias em títulos isentos —, os fundos imobiliários tiveram um primeiro trimestre positivo e com sucessivas quebras de recordes no IFIX, índice que reúne os principais FIIs da B3.
Mas o primeiro desses pilares, o da política monetária, começou a rachar em meados de abril com a diminuição na expectativa de cortes nas taxas dos Estados Unidos.
E apresentou tantas trincas que deixou os investidores com medo de que a estrutura venha a ruir de vez, provocando uma fuga da classe que fez com que o IFIX iniciasse o segundo trimestre em queda. Veja oportunidades abertas pelo 'feirão' nas cotas de fundos imobiliários.
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5. Bradesco (BBDC4) tem nova queda no lucro no 1T24, mas supera previsões
Ainda no começo de uma grande reestruturação, o Bradesco (BBDC4) trouxe resultados que ficam longe de impressionar, mas podem dar esperanças aos investidores. O banco registrou lucro líquido de R$ 4,211 bilhões no primeiro trimestre de 2024.
Trata-se de uma queda de 1,6% na comparação com o mesmo período do ano passado, mas foi um avanço considerável de 46,3% em relação ao quarto trimestre de 2023.
Além disso, o resultado superou a expectativa do mercado, que apontava para um lucro de R$ 3,893 bilhões, de acordo com as projeções que o Seu Dinheiro compilou. Confira os destaques do balanço.
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