Fidelity quer lançar ETF que investe em “dividendos” de Ethereum (ETH) e gera especulação sobre criptomoedas
A gestora pretende fabricar seu próprio fundo de ETH, mas com um detalhe importante: parte da valorização do ETF viria do staking de criptomoedas
O mercado de criptomoedas aguardou com ansiedade a aprovação do primeiro ETF de bitcoin (BTC) à vista (spot) nos Estados Unidos. Agora, o mesmo produto, utilizando ethereum (ETH) também é esperado com grandes expectativas.
Não apenas porque o efeito do ETF pode ser visto nas cotações do BTC, mas porque o ethereum é uma rede (blockchain) um pouco diferente da do bitcoin, permitindo uma série de aplicações variadas — e que podem garantir mais dinheiro ao investidor.
Foi pensando nessas diferenças que a Fidelity, que possui mais de US$ 4,5 trilhões em ativos sob gestão, pretende fabricar seu próprio ETF de ETH. Mas com um detalhe importante: parte da valorização do ETF viria do staking de criptomoedas.
Recapitulando, o staking nada mais é do que o recebimento de uma renda passiva no mercado de criptomoedas.
Em paralelo com o que há no mercado tradicional, é um processo semelhante ao dividendo de uma empresa: o investidor coloca seus tokens à disposição de uma plataforma e, em troca, recebe uma recompensa por isso. Leia mais sobre o staking aqui.
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ETF de “dividendos” de ethereum
Em uma alteração apresentada à SEC, a CVM americana, na última segunda-feira (18), a Fidelity disse que, se o ETF fosse aprovado, a gestora alocaria uma quantia não revelada dos seus ativos através de um ou mais provedores de staking.
Não ficou claro qual será o protocolo de staking usado pela Fidelity para essa finalidade, tendo em vista que existem várias plataformas do tipo, segundo o Staking Rewards.
O token da plataforma Lido DAO (LDO) — a maior plataforma de staking de liquidez do planeta — chegou a saltar mais de 6% após o anúncio, mas voltou a cair na sequência, em linha com o dia negativo do mercado de criptomoedas.
Posso investir em staking?
É possível fazer staking tanto por meio de corretoras quanto por conta própria, por meio das carteiras digitais (wallets).
Porém, como as promessas de retorno são bastante altas, há uma série de plataformas falsas ou pouco confiáveis que podem roubar suas criptomoedas. Por isso, é importante ter certeza de onde se está investindo antes de transferir seus ativos.
Confira a seguir algumas plataformas de staking. Algumas delas também emitem criptomoedas — ou seja, é possível investir em projetos do tipo sem necessariamente disponibilizar seus tokens para rede:
- Aave (AAVE): Esse protocolo leva o mesmo nome da 51ª maior criptomoeda do mundo e é um dos mais conhecidos para realização de staking. De acordo com o site dos desenvolvedores, a plataforma chega a pagar até 30% para a operação.
- BlockFi: A exchange BlockFi pode não ser uma das maiores do mundo, mas chega a recompensar em até 15% as criptomoedas para staking.
- Kraken: Outra corretora de criptomoedas com mais de 1250 usuários em staking e US$ 1,3 bilhão em rendimentos do tipo. Também oferece retornos de até 23%, dependendo da moeda que o usuário deixar para staking.
- Lido: Plataforma descentralizada que permite staking, retornos de até 22%.
- Blockdaemon: Também é uma plataforma descentralizada para staking de criptomoedas. O aplicativo não deixa claro quanto deixa de retorno, mas é possível checar as condições no site do protocolo. Tem mais de 2.500 usuários únicos de staking e um valor de US$ 471 milhões nesse tipo de investimento.
- Midas.Investments: Apesar de ter apenas pouco mais de US$ 227 milhões em criptomoedas em staking, essa plataforma tem um grande número de usuários nesse tipo de investimento, totalizando quase 90 mil investidores. Os retornos chegam a 23%.
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