O gerente da Tesla ficou louco? Montadora de Elon Musk corta preços dos carros elétricos contra concorrência da China
Em mais uma briga por preços, a fabricante automotiva cortou os valores dos veículos elétricos nos principais mercados, como China e EUA
Em meio à queda de vendas, Elon Musk está fazendo tudo o que pode para evitar a demolição da Tesla pelas rivais chinesas — e já colocou o crachá de “gerente” para anunciar um “mega saldão” de carros elétricos.
Em mais uma briga por preços, a fabricante automotiva do bilionário cortou os valores dos automóveis em vários dos principais mercados globais da companhia.
Na China, a Tesla cortou o preço inicial do Model 3 relançado em 14 mil yuans — equivalente a US$ 1.930, nas cotações atuais —, para 231.900 yuans (US$ 32 mil). Já na Alemanha, o Model 3 RWD ficou 2 mil euros mais barato, a 40.990 euros (US$ 43.670,75).
Outros países da Europa, Oriente Médio e África também passaram por reduções de preços dos carros elétricos.
“Os preços da Tesla devem mudar frequentemente para adequar a produção à demanda”, escreveu Musk, no X.
Leia também:
- A Tesla já era? Por que o chefão da Ford disse para o mercado esquecer a empresa de Elon Musk
- Chinesas querem demolir a Tesla, mas Elon Musk não vai deixar — o bilionário contra-ataca para bater as rivais
- Tesla pede a acionistas que votem para aprovar pagamento de US$ 56 bilhões a Elon Musk barrado pela Justiça; entenda o caso
A situação apertou para a Tesla?
A Tesla começou uma política de cortes de preços em detrimento das margens de lucro há um ano, em esforços para competir com os automóveis asiáticos mais baratos.
O novo “mega saldão” da fabricante de Elon Musk acontece dias após a Tesla reduzir os preços dos modelos Y, X e S em US$ 2 mil nos Estados Unidos e anunciar o fim dos benefícios do programa de indicação por lá.
A fabricante de carros elétricos ainda diminuiu o preço do software premium de assistência ao motorista, comercializado como Full Self Driving, de US$ 12 mil para US$ 8 mil nos EUA.
Os cortes de preços da Tesla vêm na esteira de dados operacionais mais fracos do que o esperado na montadora. No começo deste mês, a empresa anunciou que as entregas globais de veículos encolheram pela primeira vez em quase quatro anos.
O total de entregas chegou a 386.810 no primeiro trimestre de 2024, uma queda de 8,5% em relação ao mesmo período do ano passado e de cerca de 20% em relação ao trimestre imediatamente anterior.
Já a produção de veículos da Tesla diminuiu 1,7% na comparação ano a ano e 12,5% sequencialmente, para 433.371 carros.
- LEIA TAMBÉM: Casa de análise libera carteira gratuita de ações americanas para você buscar lucros dolarizados em 2024. Clique aqui e acesse.
A empresa enfrenta dificuldades para atualizar os modelos de carros mais antigos, já que o apetite dos consumidores por produtos mais caros caiu em meio às altas taxas de juros e à avalanche de automóveis chineses a preços mais baixos.
Em janeiro, Elon Musk chegou a afirmar que as chinesas irão demolir as rivais no setor automotivo. “Honestamente, eu acho que se não forem estabelecidas barreiras comerciais, elas irão praticamente demolir a maioria das outras empresas automobilísticas do mundo”, disse o bilionário. "Elas são extremamente boas."
A Tesla ainda enfrenta uma forte desvalorização em 2024. A companhia — que outrora ocupou lugar entre as empresas mais valiosas do planeta, avaliada em mais de US$ 1 trilhão ao fim de 2021 — perdeu 14% de seu valor de mercado desde o início do ano, que atualmente é estimado em US$ 449,3 bilhões (R$ 2,34 trilhões). Já as ações recuaram 41% em Wall Street desde janeiro.
*Com informações de CNBC e Reuters.
Magazine Luiza (MGLU3) deixa o vermelho e quita R$ 2,1 bilhões em dívidas — logo após rival entrar em recuperação extrajudicial
Depois de uma injeção bilionária no caixa em março, a varejista quitou no início desta semana suas dívidas de curto prazo
Governo diz não a acordo com a Vale (VALE3) e BHP por tragédia em Mariana (MG); veja por que a proposta de R$ 127 bilhões foi rejeitada
Para a União e o Estado do Espírito Santo, a oferta não representa avanço em relação a termos anteriores
CEO da AES Brasil (AESB3) revela o principal “culpado” do prejuízo no 1T24 — e prevê nova pressão daqui para frente
Enquanto o El Niño se prepara para deixar os holofotes, um outro fenômeno climático deve bater nas operações da empresa de energia renovável em 2024
Sabesp (SBSP3): confira os próximos passos — e os riscos — para a privatização após a aprovação pela Câmara de São Paulo
O JP Morgan segue com recomendação de compra para os papéis SBSP3, com potencial de valorização da ordem de 55%
Dividendos: Gerdau (GGBR4) e Metalúrgica Gerdau (GOAU4) farão distribuição milionária aos acionistas; confira valores e prazos
A maior fatia desse bolo fica com a Gerdau, que distribuirá R$ 588,9 milhões como antecipação de dividendos mínimos obrigatórios, ou o equivalente a R$ 0,28 por ação
CSN (CSNA3) anuncia acordo de exclusividade para compra da InterCement; entenda por que o negócio pode deixar a Votorantim para trás
Aquisição da InterCement pode dobrar produção da CSN Cimentos, que vem sinalizando desejo de expansão no setor desde 2023
Bradesco (BBDC4): CEO diz que inadimplência deve seguir em queda — mas outro indicador pesou sobre as ações na B3
A queda na margem financeira foi o principal destaque negativo do balanço do banco — mas o CEO Marcelo Noronha já revelou o que esperar do indicador nos próximos trimestres
Weg (WEGE3) vê lucro crescer no 1T24, mas um indicador acende o sinal amarelo entre os analistas
A margem Ebitda ficou em 22% surpreendeu os analistas do JP Morgan, 10 pontos-base maior do que no primeiro trimestre de 2023
Bradesco (BBDC4) tem nova queda no lucro no 1T24, mas supera previsões; veja os destaques do balanço
Ainda no começo de uma grande reestruturação, Bradesco registrou lucro líquido de R$ 4,211 bilhões no primeiro trimestre de 2024
‘Os shoppings vão muito bem, obrigado’: CFO da Multiplan (MULT3) detalha estratégias de expansão em meio à volatilidade de ações na B3
Armando d’Almeida Neto, diretor vice-presidente financeiro, relembrou que a companhia completou 50 anos em 2024 e, desde sua fundação, nunca parou de crescer
Leia Também
-
Paciência no limite? Biden solta o verbo e não perdoa nem mesmo um grande aliado dos EUA
-
O dólar já era? Campos Neto diz quem vence a disputa como moeda da vez no mundo — e não é quem você pensa
-
Fundador da Binance, CZ é condenado à prisão nos EUA; entenda as acusações contra o bilionário de criptomoedas
Mais lidas
-
1
O dólar já era? Campos Neto diz quem vence a disputa como moeda da vez no mundo — e não é quem você pensa
-
2
Casas Bahia (BHIA3) deixa o Ibovespa e vai para o ‘banco de reservas’ da bolsa; veja qual ação será a nova titular
-
3
Dividendos: Gerdau (GGBR4) e Metalúrgica Gerdau (GOAU4) farão distribuição milionária aos acionistas; confira valores e prazos