🔴 5 MOEDAS PARA MULTIPLICAR SEU INVESTIMENTO EM ATÉ 400X – VEJA COMO ACESSAR LISTA

Victor Aguiar
Victor Aguiar
Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.
Vai voar?

Gol (GOLL4) projeta crescimento de 32% na receita líquida em 2023, mas o lucro deve continuar perto do solo

A Gol (GOLL4) enxerga um ambiente mais amigável neste ano, com espaço para crescimento nas margens operacional e Ebitda

Victor Aguiar
Victor Aguiar
4 de janeiro de 2023
10:39
Imagem de avião da Gol (GOLL4) voando num céu azul, com algumas nuvens brancas | Ibovespa
Gol (GOLL4) - Imagem: Divulgação

A Gol (GOLL4) quer permissão para decolar em 2023 — mas o céu segue carregado para o setor aéreo brasileiro. A companhia divulgou há pouco algumas projeções operacionais e financeiras para o ano e mostra otimismo quanto a uma recuperação na oferta e na demanda por voos; esse ambiente mais favorável, no entanto, não implica numa retomada firme do lucro.

Chama a atenção a estimativa de crescimento da receita líquida: a Gol trabalha com uma cifra da ordem de R$ 20 bilhões em 2023, o que implica num crescimento de 32% em relação ao ano passado. A oferta de voos deve aumentar até 25% na mesma base de comparação, uma expansão que tende a ser acompanhada pela demanda — a taxa de ocupação das aeronaves tende a permanecer estável, em 80%.

Ou seja: a malha aérea da Gol vai crescer, mais passagens serão vendidas e mais carga será transportada, elevando o faturamento da companhia. No entanto, a última linha do balanço continuará modesta: o lucro por ação projetado para o ano é de cerca de R$ 0,30 — ou pouco mais de R$ 130 milhões.

É verdade que esse número representa uma evolução em relação a 2022, que deve terminar com um prejuízo por ação de R$ 4,60, algo em torno de R$ 2 bilhões no negativo. Ainda assim, o lucro modesto projetado para este ano mostra que o ambiente segue difícil, com pressões diversas nas linhas de custo.

Ainda assim, por mais que as nuvens pesadas ainda não tenham se dissipado, já é possível ver alguns raios de sol: a Gol prevê margens mais saudáveis em 2023, o que tende a trazer as métricas de alavancagem para níveis mais controlados.

Gol (GOLL4): modernizar a frota para diluir custos

No lado das operações, a Gol (GOLL4) quer trabalhar com uma frota média de 118 a 122 aeronaves ao longo deste ano, adicionando até 20 novos aviões à malha na comparação com 2022. E, com mais voos, é natural que haja mais custos: consumo de combustível, tripulação, manutenção, taxas aeroportuárias — há vários itens a serem considerados.

O querosene de aviação (QAV) é um dos principais componentes da linha de custos de uma empresa aérea, e sua precificação é dependente de fatores externos às companhias: em linhas gerais, depende da cotação do dólar e do preço do petróleo, duas variáveis que têm mostrado tendência de alta nos últimos meses.

Sendo assim, há algo a ser feito pela Gol para mitigar esse efeito? A resposta é sim: a companhia está modernizando sua frota — aviões mais novos consomem menos combustível que os mais antigos. A projeção é de que 53 aeronaves Boeing MAX façam parte de suas operações até o fim do ano, ajudando a reduzir a pressão nos custos.

A Gol até revelou algumas de suas estimativas para as linhas de custos. O preço médio de combustível de aviação para o ano é de R$ 5,30 por litro, abaixo dos R$ 5,80/litro praticados em 2022. E, mesmo desconsiderando o efeito do QAV, os custos por assento devem ficar ligeiramente menores, fruto da modernização da frota.

Com custos não tão intensos, a empresa vê uma evolução em algumas métricas financeiras: a margem Ebitda, por exemplo, deve saltar de 18% em 2022 para 24% neste ano; no caso da margem operacional, o avanço previsto é de 7% para 14%.

Endividamento estável, alavancagem em baixa

Em termos de endividamento — um dos grandes fantasmas do setor aéreo como um todo, considerando que boa parte dos compromissos financeiros é firmada em dólares —, a tendência é de estabilidade. A dívida financeira da gol deve ficar em US$ 2,4 bilhões ao fim de 2023, pouco acima dos US$ 2,3 bilhões no ano passado.

Já a alavancagem, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda nos últimos 12 meses, deve cair de 10 vezes no término de 2022 para cerca de seis vezes ao fim de 2023 — graças à evolução projetada do Ebitda ao longo deste ano, como demonstrado pela melhoria das margens.

"Em 2023, a Gol espera gerar aproximadamente R$4,5 bilhões de fluxo de caixa operacional e um fluxo de caixa livre neutro após o investimento líquido e o serviço de dívida", diz a companhia, acrescentando que a posição de liquidez e o caixa disponível devem ficar estáveis.

Gol: quarto trimestre difícil

Por mais que as previsões para 2023 sejam mais animadoras, o quarto trimestre de 2022 da Gol (GOLL4) deve ser difícil, com um prejuízo por ação de R$ 2,30 e um preço médio do combustível de R$ 6,05 por litro, alta de 45% em relação ao mesmo período do ano anterior — o câmbio médio deve ficar em R$ 5,26.

Com isso, a margem Ebitda da Gol no trimestre tende a girar em torno de 20%, enquanto a margem operacional deve ficar perto de 11%. O conjunto de números ficou abaixo do consenso do mercado, segundo o Itaú BBA, especialmente em relação ao Ebitda e à deterioração na alavancagem, que deve fechar o ano em cerca de 10 vezes.

O banco, no entanto, também vê alguns dados positivos, como a alta implícita de 6% nas passagens em relação ao terceiro trimestre — o que mostra que o setor tem conseguido "ser racional na precificação". Além disso, o Itaú BBA também destaca o corte de PIS/Cofins para zero pelo governo Bolsonaro, o que pode ajudar a linha de Ebitda.

"Dado o ambiente ainda desafiador, permanecemos cautelosos com a ação da Gol e mantemos nossa recomendação neutra para GOLL4", destaca o Itaú BBA, que atribui preço-alvo de R$ 22,00 para os papéis da companhia.

GOLL4: ações em leve alta

Considerando tudo e a queda de mais de 3% do petróleo nos mercados internacionais nesta quarta-feira (4), as ações da Gol (GOLL4) operam em alta de 1% nesta manhã, cotadas a R$ 6,70 — o desempenho fica em linha com o do Ibovespa, que avança 0,75% no momento.

Em um ano, no entanto, os papéis ainda amagam baixa de 59%.

As ações da Gol (GOLL4) estão perto das mínimas em um ano, apesar do desempenho positivo visto nesta quarta (4)

Compartilhe

CRISE NA ESTATAL

Justiça nega pedido por assembleia na Petrobras (PETR4) que atrasaria posse de Magda Chambriard

18 de maio de 2024 - 17:02

Em sua reclamação na Justiça, o deputado do Novo alega que, eventualmente reconhecida a queda do CA em efeito dominó após a saída de Prates

QUASE 10 ANOS DEPOIS

Vale (VALE3), BHP e Samarco fazem nova proposta de R$ 127 bilhões para compensar tragédia em Mariana, mas acordo não deve evoluir agora

18 de maio de 2024 - 14:44

Valor de R$ 127 bilhões oferecido na última proposta, do final de abril, foi mantido, mas as empresas retomariam agora obrigações que tinham ficado de fora

SUBIU, DESCEU

Volta da febre das “meme stocks”: GameStop cai quase 20% em um único pregão, mas fecha semana com ganhos de 23%

18 de maio de 2024 - 13:26

Também pressionaram os papéis da mais famosa “ação meme” a divulgação de dados trimestrais preliminares da empresa

Dá o play!

Óleo no chope da bolsa: como ficam seus investimentos após mais uma intervenção na Petrobras (PETR4)

18 de maio de 2024 - 11:00

O podcast Touros e Ursos recebeu Karina Choi, sócia da Cordier Investimentos, para comentar os possíveis impactos da decisão do presidente Lula de demitir Jean Paul Prates da presidência da estatal

DISPUTA JUDICIAL

Justiça de SP suspende embargo das obras do principal projeto da JHSF (JHSF3) após mais de um mês de paralisação

18 de maio de 2024 - 9:12

O relator do documento é Ruy Alberto Leme Cavalheiro, da 1ª Câmara Reservada ao Meio Ambiente

HORA DE VENDER?

Rumo: por que o Goldman Sachs calcula um potencial de ganho menor para as ações RAIL3

17 de maio de 2024 - 16:19

O banco norte-americano reduziu o preço-alvo dos papéis de R$ 27 para R$ 24,50 — o que representa um potencial de valorização de 16,5% com relação ao último fechamento

CHAMA O VAR

Com mais de R$ 395 milhões em dívidas, Polishop pede recuperação judicial, mas bancões tentam reter valores

17 de maio de 2024 - 15:09

Além da recuperação judicial, a Polishop vem tentando se blindar dos credores financeiros por meio de cautela tutelar

COMPRAR OU VENDER?

A Positivo pode mais? As ações POSI3 já subiram 50% este ano e esse banco gringo conta para você se há espaço para mais

17 de maio de 2024 - 13:46

Os papéis da empresa sobem cerca de 5% nesta sexta-feira (17), embalados pela nova recomendação do UBS BB; confira se chegou o momento de colocar ou tirar esses ativos da carteira

INVESTIMENTOS

Seguro mais seguro: por que o JP Morgan elevou recomendação para IRB Re (IRBR3) mesmo com catástrofe no RS?

17 de maio de 2024 - 11:07

Nas contas do banco norte-americano, o IRB é a companhia de seguros mais exposta ao RS, podendo ter um impacto de 15% a até 30% nos lucros até o fim de 2024

PODE BEIJAR!

3R Petroleum (RRRP3) e Enauta (ENAT3) oficializam fusão e formam uma das maiores operadoras de petróleo do Brasil; ações sobem na B3

17 de maio de 2024 - 9:41

De acordo com os termos do acordo, a 3R irá incorporar a Enauta e deterá 53% da nova empresa resultante da fusão, enquanto os acionistas da segunda empresa ficarão com 47% do negócio

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Continuar e fechar