Como a crise imobiliária na China pulverizou metade da fortuna da mulher mais rica da Ásia
Yang Huiyan viu sua fortuna de US$ 23,7 bilhões cair pela metade nos últimos 12 meses; a bilionária controla a incorporadora Country Graden
A política de ‘covid zero’ na China deixou rastros profundos na economia do país, com redução da produção e uma crise sem precedentes no setor imobiliário se agravar. E desta vez nem mesmo os bilionários do gigante asiático escaparam.
A mulher mais rica da Ásia que o diga. Yang Huiyan viu sua fortuna de US$ 23,7 bilhões (R$ 123,9 bilhões no câmbio atual) cair pela metade nos últimos 12 meses. Hoje, o patrimônio dela é de US$ 11,5 bilhões (R$ 58,9 bilhões), segundo o Índice de Bilionários Bloomberg.
A riqueza foi ainda mais atingida por conta do setor de atuação da bilionária. Huiyan controla a Country Garden Holdings, a maior incorporadora imobiliária da China em vendas. A participação dela na empresa foi transferida pelo pai e fundador Yang Guoqiang, em 2005.
A queda no patrimônio também foi alavancada pela queda de 15% das ações da incorporadora no mercado de Hong Kong, na semana passada, após o anúncio de que a empresa venderia cerca de US$ 361 milhões em ações para cobrir dívidas.
Mas apesar da perda patrimonial, Yang Huiyan permanece como a mulher mais rica da Ásia.
Quem é Yang Huiyan?
Yang Huiyan nasceu em Guangdog, na China, e estudou marketing e logística na Ohio State University, nos EUA, onde se graduou em 2003.
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De volta ao país de origem, começou a carreira na incorporadora do pai, a Country Garden, como gerente de compras e dois anos depois passou a ter 57% de participação na empresa, com a transferência de controle pelo pai e fundador da empresa.
Em 2007, a incorporadora fez o IPO (sigla em inglês para oferta pública inicial) na bolsa de Hong Kong, o que deu o título de mulher mais rica da Ásia a Huiyan, na época com apenas 26 anos de idade.
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Crise imobiliária na China
A crise imobiliária vem atingindo a China desde o ano passado, e o momento mais emblemático foi o calote da Evergrande, a incorporadora imobiliária mais endividada do país, em dezembro de 2021.
Desde então, os problemas se agravaram. A Evergrande está prestes a vender a sua sede em Hong Kong para cumprir um plano de reestruturação do negócio. Hoje, a empresa tem mais de US$ 300 bilhões em dívidas, sendo cerca de US$ 20 bilhões em títulos offshore.
A Country Garden, da Yang Huiyan, também está enfrentando a perda de liquidez.
Contudo, a crise no setor imobiliário chinês está longe de acabar. Segundo um relatório da S&P Global, as vendas de imóveis no país podem cair um terço este ano e as incorporadoras não devem concluir as unidades pré-vendidas a tempo.
Na tentativa de conter os danos, o governo chinês deve injetar cerca de 300 bilhões de yuans (US$ 44 bilhões) neste semestre.
O setor ainda deve enfrentar uma retração entre 28% e 33% em 2022, de acordo com o relatório.
A queda dos preços dos imóveis, o enfraquecimento da demanda de compradores e a crise de inadimplência das incorporadoras são, em resumo, os sintomas mais evidentes desse momento econômico da China.
*Com informações de CNN e Bloomberg
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