Itaú BBA e Santander indicam títulos do Tesouro Direto para março; BTG recomenda títulos isentos de imposto de renda
Pós-fixados e indexados à inflação são as escolhas entre os títulos públicos; entre os privados, debêntures incentivadas, CRI e CRA
![Lâmpada ao lado de moedas empilhadas, representando renda fixa](https://media.seudinheiro.com/uploads/2021/12/renda-fixa-btg-2022-628x353.jpg)
Se você está à procura de opções na renda fixa para investir em março, três grandes bancos fizeram recomendações. Itaú BBA e Santander publicaram relatórios com sugestões de títulos públicos no Tesouro Direto; já o BTG Pactual trouxe uma carteira de títulos privados isentos de imposto de renda, entre debêntures incentivadas, CRIs e CRAs.
Confira:
Tesouro Direto: pós-fixados e indexados à inflação longos se mantêm atrativos
O Itaú BBA manteve o perfil da sua carteira recomendada de títulos públicos, que continua com alocação balanceada entre títulos pós-fixados, atrelados à inflação de longo prazo e posições mais pontuais em prefixados.
No entanto, a mudança anual feita na oferta de títulos pelo Tesouro Direto fez com que a gestora do banco substituísse alguns papéis da carteira, trocando o Tesouro Selic 2026 e o Tesouro Prefixado 2026, que deixaram de ser oferecidos para o investidor comprar, pelos títulos mais curtos que passaram a ser oferecidos: o Tesouro Selic 2027 (com 30% de exposição da carteira) e o Tesouro Prefixado 2027 (com exposição de 20% da carteira).
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Quem já tem os títulos com vencimento em 2026 na carteira, porém, pode carregá-los ao vencimento, se desejar, ou então resgatá-los a qualquer momento. Mesmo não sendo mais oferecidos para compra, eles ainda mantêm a sua liquidez diária.
Assim, a carteira recomendada de títulos públicos do Itaú BBA ficou assim:
Título público | Rentabilidade anual | Peso |
Tesouro Selic 2027 | Selic + 0,1030% | 30% |
Tesouro Prefixado 2027 | 9,99% | 20% |
Tesouro IPCA+ 2029 | IPCA + 5,55% | 30% |
Tesouro IPCA+ 2045 | IPCA + 5,79% | 20% |
Já o Santander manteve a sua recomendação de compra para o Tesouro IPCA+ 2035. “Se os ventos domésticos se provarem favoráveis para os ativos de risco (menores ruídos políticos, inflação convergindo à meta no médio prazo e promessas de responsabilidade fiscal em 2024), podemos ver um menor prêmio de risco para os títulos públicos reais, favorecendo a marcação a mercado deles. Caso a percepção de risco piore e o dólar volte a se valorizar, a proteção contra a inflação do título recomendado exercerá sua função”, diz o banco.
Em outras palavras, por um lado o título tem potencial de valorização caso o cenário melhore para os ativos de risco e os juros futuros recuem; por outro, a proteção contra a inflação se mostra útil em um cenário em que a percepção de risco piore.
Títulos privados incentivados: CRIs e CRAs dividem espaço com debêntures incentivadas
Já o BTG Pactual publicou alterações na sua carteira de títulos de crédito isentos de IR, que agora conta com um CRA a mais.
Ainda assim, a retirada de papéis da carteira não necessariamente corresponde a uma recomendação de venda.
Para o mês de março, o BTG retirou a debênture da TIM (TIMS12) e a CRI de Localiza (23C0247702), uma vez que ambas se valorizaram e viram uma queda de taxa devido à demanda maior recentemente. Mesmo assim, a recomendação do banco para quem tem esses ativos na carteira é manutenção, não venda.
No lugar desses dois papéis foram acrescentados um novo CRI, desta vez da Original Holding (Automob), negociada sob o código 22L2288683; e um CRA, da Armac, negociado sob o código CRA022007KH.
Entre os motivos para as escolhas do CRI, o BTG cita a fiança da holding Simpar e a posição de liderança do emissor no segmento de automóveis de luxo; já para o CRA, o banco cita a queda na alavancagem, a posição de caixa confortável e a posição de liderança do emissor.
Veja todas as recomendações do BTG Pactual na renda fixa isenta de IR para março:
Título | Setor | Classificação de risco (rating) | Data de vencimento | Rentabilidade anual*** |
CRA Armac (CRA022007KH) | Transporte e logística | AA- | 15/06/2029 | IPCA + 6,08% |
Debênture Equatorial Gás (CGOS24)* | Distribuição de energia | AAA | 15/10/2031 | IPCA + 5,16% |
Debênture Rota das Bandeiras (CBAN12) | Concessão rodoviária | AAA | 15/07/2034 | IPCA + 5,86% |
Debênture Hélio Valgas (HVSP11) | Geração de energia (solar) | AA- | 15/06/2038 | IPCA + 6,23 |
Debênture Origem Energia (ORIG11) | Óleo e Gás | A | 15/12/2035 | IPCA + 7,18% |
Debênture Mata de Santa Genebra (MSGT33) | Transmissão de energia | AA | 15/11/2037 | IPCA + 5,83% |
Debênture Iguá Rio de Janeiro (IRJS14) | Saneamento | AA+ | 15/05/2043 | IPCA + 6,29% |
CRA Minerva (CRA02300MJ9)** | Frigorífico | AAA | 15/09/2028 | CDI + 0,80% |
CRI Yduqs (23J1142031)** | Educação | AAA | 16/10/2028 | CDI + 0,40% |
CRI Original Holding (Automob) (22L2288683) | Transporte e logística | AAA | 15/04/2030 | CDI + 1,20% |
(**) Apenas para investidor qualificado, aqueles com mais de R$ 1 milhão em aplicações financeiras
(***) Na plataforma do BTG Pactual
Fonte: BTG Pactual.
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