ETF de Bitcoin: O primeiro dos 3 gatilhos foi destravado, e agora é a hora de se posicionar; entenda

Depois de muita expectativa, o ETF de Bitcoin vai ver a luz do dia. A SEC, equivalente à CVM nos Estados Unidos, aprovou 11 pedidos de gestoras para criação de fundos da criptomoeda negociados em bolsa – entre eles, o tão aguardado pedido da BlackRock.

Os pedidos foram aprovados na quarta-feira (10), e os ETFs foram lançados na bolsa americana no dia seguinte.

Até o momento de elaboração desta reportagem, o Bitcoin já ultrapassava os US$ 47 mil. Já os ETFs alcançaram mais de US$ 1 bilhão negociados apenas nos primeiros 5 minutos de pregão.

Tudo isso, vale dizer, no primeiro dia de negociação dos ativos.

E por mais impressionante que essa valorização seja, a verdade é que esse pode ser apenas o começo.

A criação de ETFs de Bitcoin é apenas o primeiro de 3 gatilhos que devem ser destravados ao longo deste ano, com chance de desbloquear valorizações impressionantes para o Bitcoin e outras criptomoedas.

Este são os 3 gatilhos do mercado cripto que podem colocar muito dinheiro no seu bolso

Paulo Camargo comentou as perspectivas para o mercado de criptoativos na edição de janeiro do programa Onde Investir. O analista acredita que há 3 grandes gatilhos “na fila” para desbloquear ganhos impressionantes para investidores de criptomoedas:

1. A aprovação do ETF de Bitcoin;
2. O halving;
3. A queda de juros nos EUA.

O primeiro dos gatilhos já foi destravado, e já estamos vendo as repercussões – o Bitcoin já valorizou 5,53% em apenas 10 dias.

Agora que os ETFs foram aprovados, a tendência é que altas ainda maiores aconteçam daqui para frente.

Afinal, os ETFs devem incentivar a entrada de um fluxo de capital significativo no mercado de criptoativos, já que a possibilidade de investir em Bitcoin diretamente na bolsa americana pode atrair investidores institucionais em peso. 

Segundo Matthew Sigel, chefe de pesquisa de ativos digitais da gestora VanEck, só a BlackRock planeja injetar US$ 2 bilhões (cerca de R$ 10 milhões) no ETF. E ela, é claro, não seria a única instituição a investir no veículo.

Mas isso não é tudo. Como já comentamos, a negociação de Bitcoin na bolsa americana é apenas o primeiro gatilho.

Outro evento que deve movimentar o mercado de criptoativos é o halving, que acontece a cada 4 anos e é responsável por fabricar escassez para o Bitcoin, através da redução pela metade do número de moedas emitidas.

É esperado que o próximo halving ocorra em abril de 2024. 

Historicamente, o evento é conhecido por puxar os preços do Bitcoin para cima, especialmente nos meses que sucedem o halving. Dá uma olhada:

O primeiro halving foi em 2012. Depois dele, o Bitcoin valorizou 45.555%.

Depois do segundo halving, em 2016, a valorização do BTC ficou em 8.964%. O terceiro e último halving rendeu uma alta de 1.951%.

É claro que essas valorizações já aconteceram, e resultados passados não garantem lucros futuros.

Mas o mercado está confiante nas altas do quarto halving – que devem ser impulsionadas por um outro evento do mercado.

Estou falando da queda dos juros americanos, o terceiro gatilho capaz de levar o Bitcoin e as outras criptomoedas a um novo patamar.

A expectativa do mercado é que os juros americanos comecem a cair neste ano, o que deve incentivar o investimento em ativos de risco, conforme o prêmio da renda fixa se tornar menos atrativo – e as criptomoedas podem sair ganhando com este movimento.

Ou seja, os astros se alinharam e não há apenas um, mas três episódios capazes de impulsionar as cotações do Bitcoin – mas a primeira criptomoeda do mundo não é a única a se beneficiar deste movimento. Nas palavras de Paulo Camargo:

“Esse ano tem o halving, um evento que acontece de 4 em 4 anos para a blockchain do Bitcoin, e vai haver também um aumento de liquidez para a economia global. Tudo isso joga muito a favor para criptoativos, especialmente para o Bitcoin. Mas também existem outras criptomoedas que vão se beneficiar desse contexto.”

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E as altcoins? O Bitcoin não é o único vencedor dessa história

A aprovação dos ETFs é uma boa notícia não só para o Bitcoin, como para o mercado de criptoativos como um todo. 

A institucionalização do Bitcoin é o ponto de inflexão que transforma um mercado antes considerado “outsider”, e todas as criptomoedas saem ganhando com isso. Paulo Camargo comentou o assunto em entrevista ao Giro do Mercado:

“A gente deixa de ser um mercado marginalizado (...) Daqui para frente a gente vai ver financial deepening dentro dessa classe de ativos. Quem começou nesse mercado até então, está extremamente bem posicionado para ganhar junto com o crescimento do mercado de criptoativos como um todo.(...) Isso era impensável alguns anos atrás.”

Sem contar que, como é sabido por quem já acompanha o mercado cripto, as altas do Bitcoin costumam puxar os preços das criptomoedas menores (altcoins) para cima.

Ou seja, agora é o momento de se posicionar e poder capturar valorizações ainda maiores do que aquelas vistas no BTC.

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