🔴 AÇÕES, CRIPTOMOEDAS E MAIS: CONFIRA DE GRAÇA 30 RECOMENDAÇÕES

Carolina Gama
Formada em jornalismo pela Cásper Líbero, já trabalhou em redações de economia de jornais como DCI e em agências de tempo real como a CMA. Já passou por rádios populares e ganhou prêmio em Portugal.
CAI OU NÃO CAI?

O morde e assopra de Powell: as 3 pistas do chefão do Fed sobre o futuro dos juros na maior economia do mundo — e a reação do mercado

Powell prestou depoimento ao comitê bancário do Senado — um compromisso que o presidente do BC dos EUA tem semestralmente em uma espécie de prestação de contas e deu mais sinais sobre o que pode acontecer por lá

Jerome Powell, presidente do Fed, com efeito
Montagem com Jerome Powell, presidente do Fed - Imagem: Federal Reserve / Montagem Brenda Silva

Quando Jerome Powell concedeu a tradicional coletiva após a decisão de manter os juros na faixa entre 5,25% e 5,50% ao ano em junho, ele deixou pistas: um dado surpreendentemente fraco do mercado de trabalho poderia fazer o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) iniciar o ciclo de afrouxamento monetário nos EUA

O payroll do mês passado trouxe o que Powell invocou: a revisão para baixo de 111 mil vagas nos meses de abril e maio combinados, uma taxa de desemprego que ultrapassou os 4% e o ritmo mais lento do aumento dos salários desde o segundo trimestre de 2021. O Seu Dinheiro detalhou o relatório de emprego norte-americano

O mercado imediatamente ajustou  a posição no aumento de chances de corte de juros em setembro e dezembro deste ano — ainda que o gráfico de pontos do Fomc (o comitê de política monetária do Fed) indique apenas uma elevação da taxa em 2024. 

Nesta terça-feira (9), Powell prestou depoimento ao comitê bancário do Senado — um compromisso que o presidente do BC dos EUA tem semestralmente em uma espécie de prestação de contas. É o Congresso que define o mandato do Fed (inflação em 2% e pleno emprego). E, mais uma vez, ele deu sinais do futuro da política monetária da maior economia do mundo. 

  • Como proteger os seus investimentos: dólar e ouro são ativos “clássicos” para quem quer blindar o patrimônio da volatilidade do mercado. Mas, afinal, qual é a melhor forma de investir em cada um deles? Descubra aqui.

O payroll de junho é suficiente para fazer os juros caírem?

Pelos sinais que Powell deu hoje, não. Mas o chefão do Fed reconheceu que um enfraquecimento excessivo do mercado de trabalho pode ser uma razão para iniciar o tão aguardado afrouxamento monetário nos EUA. 

O presidente do BC norte-americano lembrou que uma série de leituras favoráveis de inflação e emprego foi interrompida no primeiro trimestre deste ano, frente à breve aceleração dos preços e da economia.

Leia Também

"É difícil estimar se este risco vai se materializar", afirmou.

Em uma espécie de morde e assopra, Powell disse que o mercado de trabalho norte-americano parece ter retornado ao nível pré-pandemia "forte, sem um aquecimento exagerado". 

Citando o payroll de junho, ele afirmou que  há uma "clara desaceleração significativa" do emprego, com vários subíndices de volta aos níveis de 2019, e equilíbrio entre oferta e demanda

"Mas apesar desse arrefecimento, o mercado de trabalho continua forte e temos consciência de que precisamos protegê-lo", afirmou. 

Fed está de olho na inflação e na economia

Não é só o emprego que importa para os juros caírem nos EUA. Powell reforçou que o Fed está atento aos riscos dos dois lados do mandato e que os juros restritivos continuam necessários para desacelerar a inflação e garantir a estabilidade de preços no longo prazo.

"Estamos comprometidos em cumprir nosso objetivo de retornar a inflação para 2%", afirmou ele, observando que os preços seguem acima dessa meta.

Em maio, o índice de preços para gastos pessoais (PCE, na sigla em inglês) desacelerou para 2,6% em termos anuais e o núcleo — que exclui itens voláteis como energia e alimentos — saiu de 2,8% para 2,6% na mesma base de comparação. 

Sobre a economia, Powell apontou que a atividade continua a se expandir em ritmo sólido, junto a um desempenho ainda robusto de gastos com consumo e demanda doméstica privada. 

No entanto, o chefão do Fed notou que houve uma moderação no crescimento econômico e que os gastos com consumo têm avançado em ritmo mais lento. 

A reação ao morde e assopra de Powell

A relutância de Powell em corroborar a expectativa do mercado de que os juros começarão a cair em setembro nos EUA levou as taxas dos títulos do Tesouro norte-americano às máximas da sessão. 

O dólar também ganhou força, enquanto as bolsas de Nova York se mantiveram sem direção única, com o S&P 500 e o Nasdaq renovando recorde histórico intradiário. 

No Brasil, o Ibovespa operou quase estável, mas acima da mínima do dia, enquanto as taxas de Depósito Interfinanceiro (DI) subiram levemente, acompanhando os Treasurys. 

O dólar era o ativo que destoava, com queda de aproximadamente 0,5% em relação ao real, refletindo o ingresso de fluxo comercial em meio ao feriado da Revolução Constitucionalista em São Paulo, que manteve o mercado aberto, mas com volume reduzido.

Para a Capital Economics, Powell deu poucas pistas sobre o potencial momento para cortar juros. A consultoria destacou que, segundo ele, o Fed ainda espera por "mais dados bons" para fortalecer a confiança de que a inflação retornará à meta. 

A consultoria espera uma redução de 25 pontos-base em setembro e outra, do mesmo calire, em dezembro.

Para James Knightley, economista chefe internacional do ING, Powell sinalizou hoje disposição para cortar os juros, mas ainda quer ver mais progresso em direção às metas do Fed. 

“Parece haver progresso no desejo do Fed de levar a economia a um equilíbrio melhor e, assim, desacelerar a inflação para a meta de 2%. Os riscos bidirecionais também estão sendo cada vez mais reconhecidos e se os dados avançarem na direção, esperamos que o potencial de um corte de juros em setembro ganhe ainda mais força”, afirmou.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Depois de empate com sabor de vitória, Ibovespa repercute cardápio de notícias locais e dados sobre o mercado de trabalho dos EUA

5 de setembro de 2024 - 8:13

Números do governo central e da balança comercial dividem atenção com Galípolo, conta de luz e expectativa com payroll nos EUA

MERCADOS HOJE

Embraer (EMBR3), Yduqs (YDUQ3) e Petz (PETZ3) são as maiores altas da bolsa em dia de ganho de 1% do Ibovespa

4 de setembro de 2024 - 12:09

O mercado também devolve parte das perdas recentes; nas duas primeiras sessões de setembro, o principal índice de ações da B3 chegou a acumular queda de 1,21%

NO VERMELHO

Bitcoin (BTC) começa seu ‘pior mês histórico’ com ETFs drenados e perspectiva de juros pressionando preços das criptomoedas

4 de setembro de 2024 - 8:54

Analistas da Bitfinex entendem que o corte de juros pode ser uma “notícia vendedora”, isto é, um evento já esperado pelos investidores e que tende a estimular liquidação

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

O mês do cachorro louco mudou? Depois das máximas históricas de agosto, Ibovespa luta para sair do vermelho em setembro

4 de setembro de 2024 - 8:15

Temores referentes à desaceleração da economia dos EUA e perda de entusiasmo com inteligência artificial penalizam as bolsas

O FUTURO DOS JUROS

Galípolo indicou que não vai subir a Selic? Senador diz que sim e pede sabatina de apontado de Lula à presidência do BC ainda neste mês

3 de setembro de 2024 - 17:28

Otto Alencar, que é líder do PSD na Casa, afirmou ainda que Galípolo disse a ele ver um cenário econômico melhor do que estava previsto por especialistas

"Efeito Rashomon"

Existe espaço para o real se fortalecer mesmo que o Banco Central não suba a Selic — e aqui estão os motivos, segundo a Kinea Investimentos

3 de setembro de 2024 - 16:05

Apesar do “efeito Rashomon” nos mercados, gestora se mantém comprada na moeda brasileira e no dólar norte-americano

RELUZ COMO NUNCA

Aumento das tensões internacionais faz Goldman Sachs recomendar ouro, mesmo com o metal perto das máximas históricas

3 de setembro de 2024 - 14:46

Há, contudo, um novo elemento que coloca ainda mais lenha na fogueira do rali do ouro, e ele vem da demanda — ou, melhor dizendo, a falta dela — da China

ME DÊ MOTIVO

Brasil tem PIB Tim Maia no segundo trimestre (mais consumo, mais investimentos, ‘mais tudo’) — mas dá o argumento que faltava para Campos Neto subir os juros

3 de setembro de 2024 - 11:06

PIB do Brasil cresceu 1,4% em relação ao primeiro trimestre com avanço em praticamente todas as áreas; na comparação anual, a alta foi de 3,3% e deve estimular revisão de projeções

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Não deve ser hoje: Ibovespa aguarda PIB em dia de aversão ao risco lá fora e obstáculos para buscar novos recordes

3 de setembro de 2024 - 8:11

Bolsas internacionais amanhecem no vermelho com temores com o crescimento da China, o que também afeta o minério de ferro e o petróleo

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

O Ibovespa experimentou novos recordes em agosto — e uma combinação de acontecimentos pode ajudar a bolsa a subir ainda mais

3 de setembro de 2024 - 7:01

Enquanto o ambiente externo segue favorável aos ativos de risco, a economia brasileira tem se mostrado mais resistente que o esperado

EXILE ON WALL STREET

Tony Volpon: “Head fake” ou aviso prévio? Por que o recente pânico global ainda pode ser um sinal de maiores problemas nos mercados

2 de setembro de 2024 - 20:00

Quando há rápida sequência de impactantes surpresas, sofremos a estranha percepção de que eventos recentes aconteceram em um passado longínquo

O MACRO VAI FAZER PESO?

XP tem meta ambiciosa de atingir 10 mil assessores até 2028 — mas Selic elevada pode pressionar planos da gigante do mercado, segundo analistas

2 de setembro de 2024 - 12:28

Atualmente, o número de profissionais da XP focados no canal B2C (empresa para consumidor) é de cerca de 2,3 mil funcionários

NÃO VEM MAIS

Primavera Sound é cancelado no Brasil e na América Latina em 2024; T4F (SHOW3) diz o motivo

2 de setembro de 2024 - 8:57

Segundo o documento, a decisão foi tomada após “muitos meses de trabalho e tentativas para garantir a realização do festival”

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Setembro finalmente chegou: Feriado nos EUA drena liquidez em início de semana com promessa de fortes emoções no Ibovespa

2 de setembro de 2024 - 8:04

Agenda da semana tem PIB e balança comercial no Brasil; nos EUA, relatório mensal de emprego é o destaque, mas só sai na sexta

ANOTE NO CALENDÁRIO

Agenda econômica: PIB do Brasil e o dado mais importante da economia dos EUA são os destaques da semana; veja o calendário completo

2 de setembro de 2024 - 6:02

Investidores aguardam início de corte de juros nos EUA e dados do payroll vão indicar a magnitude da tesourada do Federal Reserve

POLÍTICA MONETÁRIA

Gestores veem Copom aumentando os juros, mas quanto? Tubarões do mercado revelam apostas para o futuro da Selic até o fim de 2024

31 de agosto de 2024 - 18:24

Na avaliação de Rodrigo Azevedo, da Ibiuna, e de André Jakurski, da JGP, a Selic pode superar a marca de 12% nos próximos meses

GIGANTE SEM APETITE

Stuhlberger vê Brasil com ‘muita cautela’ em meio a tendência “explosiva” para o fiscal 

31 de agosto de 2024 - 18:00

Nas projeções do gestor da Verde, a inflação no Brasil deve ficar próxima de 4,5% em 2025, apesar da política monetária mais restritiva do Banco Central

REBRANDING

A 3R Petroleum vai trocar de nome — e também de ticker; veja quando ela deixará de negociar como RRRP3

31 de agosto de 2024 - 15:04

Novo nome da 3R Petroleum “reforça a brasilidade, a bravura da equipe e parceiros na entrega de melhores resultados”, diz CEO.

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Campos Neto e o ‘vilão’ da inflação, ‘Ozempic’ mais barato e o que acontece se os juros subirem a 12%; confira as notícias mais lidas do Seu Dinheiro

31 de agosto de 2024 - 10:23

Notícias sobre Campos Neto, o Banco Central e o rumo dos juros no Brasil figuraram entre as mais lidas pelo público do Seu Dinheiro na última semana

BALANÇO DO MÊS

Ibovespa salta mais de 6% e é o melhor investimento de agosto; bitcoin (BTC) despenca 11% e fica na lanterna – veja ranking completo

30 de agosto de 2024 - 18:52

Impulsionado principalmente pela perspectiva de cortes de juros nos Estados Unidos, o índice registrou o melhor desempenho mensal deste ano

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar