🔴 SAVE THE DATE – 28/10: MOEDA DIGITAL QUE PODE DISPARAR 30.000% SERÁ REVELADA – SAIBA COMO TER ACESSO

Carolina Gama
Formada em jornalismo pela Cásper Líbero, já trabalhou em redações de economia de jornais como DCI e em agências de tempo real como a CMA. Já passou por rádios populares e ganhou prêmio em Portugal.
PEDIU O MERCADO EM NAMORO?

De Powell, com amor (mas nem tanto): o que a decisão do Fed diz sobre os juros nos EUA

Em decisão amplamente esperada, o banco central norte-americano manteve a taxa referencial na faixa entre 5,25% e 5,50% ano — foi o gráfico de pontos que mandou a mensagem aos mercados

Carolina Gama
12 de junho de 2024
15:12 - atualizado às 16:22
Jerome Powell, presidente do Fed, com efeito
Montagem com Jerome Powell, presidente do Fed - Imagem: Federal Reserve / Montagem Brenda Silva

O dia é dos namorados, mas o romance entre o Federal Reserve (Fed) e o mercado está longe de acontecer — tudo indica que não deve rolar nada antes de setembro. Nesta quarta-feira (12), o banco central norte-americano manteve os juros inalterados na faixa entre 5,25% e 5,50% ao ano. 

A decisão, no entanto, era amplamente esperada. Há dias, 99% dos investidores viam a possibilidade de manutenção da taxa como aconteceu hoje e jogavam as apostas do primeiro corte de juros nos EUA para os meses de setembro, novembro e dezembro — com o último mês do ano concentrando a maioria delas. 

No comunicado, o banco central norte-americano diz que a atividade econômica continuou a se expandir a um ritmo sólido, com fortes ganhos de emprego e taxa de desemprego baixa. Sobre a inflação, o documento traz uma mudança sutil.

"Nos últimos meses, registaram-se novos progressos modestos em direção ao objetivo de inflação de 2% do Comitê", diz o comunicado.

Na decisão anterior, o comunicado dizia que havia quase nenhum progresso em relação ao caminho da inflação em direção à meta de 2% do Fed.

A reação do mercado foi imediata. Os três principais índices de ações de Nova York perderam um pouco de fôlego, com o Dow Jones invertendo o sinal e operando no vermelho. Por aqui, o Ibovespa seguiu em queda, enquanto o dólar avançava. Acompanhe a cobertura ao vivo dos mercados.

Leia Também

Conforme a coletiva de Jerome Powell, o presidente do Fed, foi evoluindo, Wall Street foi ganhando nova tração. O Seu Dinheiro decifrou os principais sinais que o chefão do BC dos EUA e seus colegas de comitê enviaram aos mercados e conta para você a partir de agora.

Dot plot: a mensagem (de amor?) do Fed 

O que muito investidor por aí queria saber é se o Fed continuaria prevendo três cortes de juros este ano — como fez em março, a última vez em que o comitê de política monetária (Fomc) atualizou suas previsões.

E a divulgação do índice de preço ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) antes da decisão sobre os juros deu uma pista do que estava por vir. o CPI ficou estável em maio ante abril. As previsões eram de alta de 0,3% na base mensal.

O núcleo do CPI, que exclui itens mais voláteis como energia e combustíveis, avançou 3,4% em maio em base anual, abaixo da estimativa de alta de 3,5% do mercado.

Mas quem telegrafou a mensagem (de amor?) do banco central norte-americano ao mercado sobre os juros foi mesmo o  famoso dot plot.

O também conhecido gráfico de pontos do Fed mostra que os membros do comitê projetam um corte nos juros este ano, dois a menos do que a projeção anterior.

As previsões do Fomc indicam juros médios de 5,1% em 2024 ante 4,6% previstos em março. Com a atual taxa na faixa de 5,25% a 5,50%, o dot plot implica em um corte de 0,25 ponto percentual (pp). A projeção anterior de março mostrava três cortes nas taxas em 2024.

A nova projeção para os juros mostra um comitê dividido sobre o futuro da política monetária nos EUA: sete dirigentes veem a taxa na faixa entre 5,00% e 5,25% este ano e oito projetam os juros entre 4,75% e 5,00% ao final de 2024.

Numa indicação adicional de uma tendência agressiva por parte dos banqueiros centrais, o gráfico de pontos mostrou quatro responsáveis ​​a favor da ausência de cortes este ano, contra dois anteriormente.

Para 2025, o Fomc prevê agora cinco cortes nos juros, equivalentes a 1,25 pp, abaixo dos seis de março.

Outro desenvolvimento significativo ocorreu com a projeção para os juros em longo prazo —essencialmente um nível que não impulsiona nem restringe o crescimento. Esse patamar subiu de 2,6% para 2,8%, um sinal de que a narrativa de higher-for-longer (mais alto por mais tempo) está ganhando força entre os membros do comitê.

Em uma indicação adicional de uma tendência agressiva por parte membros do Fomc, o gráfico de pontos mostrou quatro deles ​​a favor da ausência de cortes este ano, contra dois anteriormente.

Com as projeções publicadas, os investidores refizeram as apostas no corte de juros. A probabilidade de redução em setembro subiu de 52,8% de ontem para 63,5% agora. Mais cedo, logo depois da divulgação do CPI, essas chances passavam de 70%.

Para novembro, as apostas subiram de 68,1% ontem para 76,3% agora. Dezembro continuou concentrando a maior parte dessa probabilidade, saltando de 88,9% ontem para 93,2% agora. Os dados são compilados pelo CME Group por meio da ferramenta FedWatch.

E agora, Campos Neto? Inflação acelera em maio depois de sete meses. Como ficam os cortes na Selic

Sem romance: juros e outras previsões do Fed

A cada três meses, o Fomc divulga as projeções não só para os juros como também para a economia. Confira as estimativas atualizadas de junho:

Juros

  • 2024: 5,1% de 4,6%
  • 2025: 4,1% de 3,9% previstos em março
  • 2026: mantido em 3,1%
  • Longo prazo: 2,8% de 2,6% previstos em março

PIB dos EUA

  • 2024: mantido em 2,1%
  • 2025: mantido em 2,0%
  • 2026: mantido em 2,0%
  • Longo prazo: mantido em 1,8%

Inflação medida pelo PCE

  • 2024:  2,6% de 2,4% previsto em março
  • 2025: 2,3% de 2,2% previstos em março
  • 2026: mantido em 2,0%
  • Longo prazo: mantido em 2,0%

Taxa de desemprego

  • 2024: mantido em 4,0%
  • 2025: 4,2% de 4,1% previstos em março
  • 2026: 4,1% de 4,0% previstos em março
  • Longo prazo: 4,2% de 4,1% previstos em março

  • Como proteger os seus investimentos: dólar e ouro são ativos “clássicos” para quem quer blindar o patrimônio da volatilidade do mercado. Mas, afinal, qual é a melhor forma de investir em cada um deles? Descubra aqui.

Juros: de Powell para o mercado, com amor

Se as grandes estrelas neste dia 12 de junho são os casais de namorados, no caso do mercado, os olhos brilhavam para Jerome Powell — e os sinais sobre quando o romance com o Fed finalmente vai engatar. 

O presidente do banco central norte-americano abriu a coletiva reconhecendo os progressos na inflação, mas voltou a avisar que ainda não há confiança necessária para que o Fomc inicie o tão esperado ciclo de afrouxamento monetário nos EUA.

"A inflação melhorou, mas ainda está alta, acima da meta de 2%. Expectativas de inflação se mostram bem ancoradas. Não vamos cortar os juros até ganharmos confiança de que os preços estão em trajetória sustentável na direção da meta. A inflação vem apresentando progressos, mas precisamos ver mais bons dados para ter essa confiança", disse Powell.

Powell também fez questão de destacar que as projeções do dot plot não são um plano do comitê para os juros: "O comitê continuará acompanhando os dados para avaliar a melhor decisão e estamos prontos para agir conforme necessário. Vamos decidir reunião por reunião, com base em dados".

Questionado sobre o fato de as projeções indicarem uma inflação mais elevada neste ano e a necessidade de o Fed ver os preços caminharem na direção da meta de 2% de forma sustentável, Powell disse que se trata de uma visão mais conservadora do comitê.

"Há um elemento de conservadorismo que estamos assumindo; assumimos que [os dados de inflação] serão bons, mas não incríveis. É um jeito conservador de projetar os dados. Se vierem dados melhores como o de hoje serão bem-vindos", disse o presidente do Fed.

Powell também foi interrogado sobre a divisão entre os membros do Fomc sobre o futuro dos juros nos EUA. "Ninguém discute que a decisão só será tomada com base em dados", afirmou.

O chefão do BC dos EUA ainda explicou o que é necessário para que os juros caíam. "Precisamos ganhar mais confiança. Certamente mais dados bons de inflação ajudarão nisso, mas não vou dizer quantos mais são necessários. Podemos ver também dados inesperados de enfraquecimento do mercado de trabalho", disse.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
HORA DE VIAJAR PRO JAPÃO?

Por que o iene está mais fraco? Entenda o ‘paradoxo econômico’ que faz a moeda japonesa se desvalorizar frente ao dólar

24 de outubro de 2024 - 15:46

No passado, a fraqueza do iene em relação ao dólar foi justificada pela diferença das taxas de juros definidas pelo Banco Central do Japão (BoJ) e pelo Federal Reserve (Fed); saiba o que há por trás do movimento das duas moedas agora

VAI DAR RUIM?

Kamala ou Trump? Como o resultado das eleições nos EUA pode mexer com Embraer (EMBR3) e Weg (WEGE3)

24 de outubro de 2024 - 13:01

A democrata e o republicano têm posições divergentes em relação aos setores de energia e defesa; saiba como os negócios das duas companhias brasileiras podem ser afetados

FOCO NO VAREJO

Lojas Renner (LREN3) convoca acionistas para decidir sobre aumento de capital de R$ 518 milhões com o uso de reservas

24 de outubro de 2024 - 11:43

A empresa usará suas próprias reservas para realizar o aumento de capital, não sendo necessário um processo mais complexo

INDÚSTRIA PETROQUÍMICA

Braskem (BRKM5): maior volume de vendas no mercado nacional e exportações mais fracas; veja os principais números do relatório de produção

24 de outubro de 2024 - 11:30

Venda de resinas caiu 2% na comparação anual; exportações dos principais produtos químicos da Braskem caíram

QUASE NO TETO DA META

Campos Neto tem razão? IPCA-15 encosta no teto e reforça apostas de que BC vai acelerar alta da Selic para conter inflação

24 de outubro de 2024 - 10:57

IPCA-15 acelera em outubro e vai a 4,47% no acumulado em 12 meses; prévia da inflação foi puxada por alta dos gastos com habitação e alimentação

NADA FEITO

Hypera (HYPE3) trata oferta da EMS como hostil e conselho aponta 3 motivos para rejeitar proposta; ações caem na bolsa

24 de outubro de 2024 - 9:42

Os executivos da farmacêutica lamentaram o fato de a proposta de fusão ter sido feita e divulgada com a bolsa aberta, o que afetou o desempenho das ações

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Uma carona para o Ibovespa: Mercados internacionais amanhecem em alta, mas IPCA-15 ameaça deixar a bolsa brasileira na beira da estrada

24 de outubro de 2024 - 8:09

Além do IPCA-15, investidores tentam se antecipar hoje ao balanço da Vale para interromper série de cinco quedas do Ibovespa

MERCADOS

A eleição nos EUA vem aí: como ficam o dólar, o Brasil e a bolsa lá fora

23 de outubro de 2024 - 19:30

O CIO da Empiricus Gestão faz um diagnóstico do mercado e apresenta os possíveis cenários em caso de vitória de Trump ou de Kamala Harris

SAÚDE!

E agora, Ambev? Heineken vem forte no 3T24, mas com avanço “aguado” da receita e volumes — e analistas revelam o que esperar das gigantes da cerveja

23 de outubro de 2024 - 16:32

Em meio a perspectivas fracas de curto prazo e a um aumento da concorrência como a Heineken e a Petrópolis, a Ambev (ABEV3) não “mata a sede” dos analistas

DESTAQUES DA BOLSA

Por que as ações do IRB (IRBR3) saltaram mais de 12% e lideraram as altas do Ibovespa hoje?

23 de outubro de 2024 - 15:08

A performance ocorre no pregão seguinte à publicação dos resultados de agosto e é impulsionada pelos números registrados no período

ENCHER OU ESVAZIAR A SACOLA DE COMPRAS

É hora de vender Magazine Luiza (MGLU3)? Por que o Citi cortou o preço-alvo das ações do Magalu justamente agora

23 de outubro de 2024 - 14:34

Os papéis operam em queda nesta quarta-feira (24) e os analistas do banco norte-americano dizem o que os investidores devem fazer com eles

ALERTA DA NORUEGA

Bolsas têm mais chance de cair do que de subir; maior fundo soberano do mundo alerta sobre os principais riscos

23 de outubro de 2024 - 12:01

Incerteza quanto ao futuro da economia mundial é principal fator de preocupação

ENTRE VENDAS E PRÉVIAS

Carrefour (CRFB3) nas alturas: Varejista anima investidores com venda de lojas para FII GARE11 por R$ 725 milhões e prévia operacional do 3T24

23 de outubro de 2024 - 11:24

Do lado da prévia, a rede de supermercados e hipermercados somou R$ 29,5 bilhões em vendas brutas totais entre julho e setembro

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Tudo incerto, nada resolvido: Bolsas internacionais amanhecem no vermelho e dificultam a vida do Ibovespa em dia de agenda vazia

23 de outubro de 2024 - 8:10

Fora alguns balanços e o Livro Bege do Fed, investidores terão poucas referências em dia de aversão ao risco lá fora

O CÉU É O LIMITE?

A Selic não vai parar mais de subir? Campos Neto fala sobre o futuro dos juros no Brasil para a TV americana

22 de outubro de 2024 - 19:41

RCN também comentou sobre a independência do Banco Central, ciclo político e da economia dos EUA; confira os principais pontos

tons de roxo

Cenário de juros altos não preocupa e CEO do Nubank (ROXO34) comenta taxa de inadimplência do banco

22 de outubro de 2024 - 16:33

Especialmente o Nubank (ROXO34) vive um momento em que a inadimplência pode pesar nos seus resultados futuros, na visão de parte do mercado.

DESTAQUES DA BOLSA

Ação da Hypera (HYPE3) sobe 7% e lidera altas do Ibovespa nesta tarde após proposta de fusão com EMS. O que esperar da farmacêutica?

22 de outubro de 2024 - 15:33

A reviravolta na gigante da farmácia, dona de marcas como Benegrip, acontece em meio a propostas de fusão e reestruturações operacionais desde o último fim de semana

Revisão otimista

FMI eleva projeção de crescimento do Brasil neste ano, mas corta estimativa para 2025; veja os números

22 de outubro de 2024 - 15:30

Projeções do FMI aparecem na atualização de outubro do relatório Perspectiva Econômica Mundial (WEO, na sigla em inglês), divulgado hoje

FUGIR OU FICAR

Trump ou Kamala? Resultado das eleições nos EUA pode sair só em dezembro — e UBS diz o que esperar da bolsa

22 de outubro de 2024 - 14:20

Para quem investe, saber o quanto antes o nome do comandante-em-chefe da maior economia do mundo pode fazer toda a diferença — mas adiar os planos de investimento até lá também pode implicar em mais riscos e custos diante de uma espera potencialmente longa

VOANDO ALTO

Embraer (EMBR3) entrega mais aeronaves no 3T24 e acende ‘sinal verde’ do Goldman Sachs; veja recomendação

22 de outubro de 2024 - 12:21

Depois de entregar 57 aeronaves no terceiro trimestre de 2024, fabricante brasileira é vista com (ainda mais) otimismo

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar