Petrobras (PETR4) anuncia parceria com empresa chinesa para projetos de energias renováveis e transição energética
Apesar do destaque para energias renováveis, parceria da Petrobras com a China National Chemical Energy Company também inclui acordos comerciais para exploração de petróleo
Em 2024, a questão das energias renováveis ganhou impulso na Petrobras (PETR4), e a empresa chegou a indicar que iniciaria o processo de transição energética ainda este ano.
Nesta quinta-feira (18), a petroleira deu mais um passo para cumprir a promessa. A estatal anunciou uma parceria com a empresa asiática China National Chemical Energy Company (CNCEC) para explorar atividades no setor de energias renováveis e transição energética.
Segundo comunicado à CVM divulgado pela petroleira, o acordo terá duração de dois anos e passa a ser efetivo imediatamente, com a análise conjunta de ativos de fertilizantes e petroquímica.
Apesar do destaque para oportunidades no setor de energias renováveis, o acordo também inclui a avaliação de acordos comerciais voltados para a exploração de petróleo, assim como a produção de fertilizantes a partir de gás natural e outras fontes.
Além disso, a parceria inclui os setores de desenvolvimento da produção, refino, biorrefino e petroquímica, engenharia, construção, serviços, pesquisa, desenvolvimento e inovação.
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Petrobras entre energia renovável e dividendos extraordinários
O anúncio da parceria com a CNCEC vem em meio ao retorno da discussão da distribuição de dividendos extraordinários pela Petrobras. Com reunião do Conselho de Administração (CA) nesta sexta-feira (19), investidores aguardam que o tema seja retomado.
Caso não seja debatida amanhã, a questão será resolvida na Assembleia Geral Ordinária (AGO) dos acionistas da estatal, que será realizada na próxima quinta-feira (25).
Em março, o anúncio de que a Petrobras iria reter mais de R$ 40 bilhões ao não distribuir dividendos extraordinários muito esperados agitou os mercados e fez as ações da petroleira derreterem.
A retenção do montante já vinha sendo alertado pelo presidente da estatal, Jean Paul Prates. Segundo ele, a companhia estaria visando uma redução na distribuição de dividendos para investir em energias renováveis e em outros setores.
Em entrevista à Bloomberg, Prates revelou que a petroleira já vinha se preparando para fazer aquisições neste ano para impulsionar a transição energética.
Porém, segundo O Globo, o governo decidiu descongelar os pagamentos dos dividendos extraordinários após uma reunião com os ministros da Fazenda, Fernando Haddad; de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e da Casa Civil, Rui Costa.
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