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Carolina Gama
Formada em jornalismo pela Cásper Líbero, já trabalhou em redações de economia de jornais como DCI e em agências de tempo real como a CMA. Já passou por rádios populares e ganhou prêmio em Portugal.
TER OU NÃO TER

Lula liberou os dividendos extraordinários da Petrobras (PETR4) e pode vir mais por aí — chegou a hora de comprar as ações para aproveitar a oportunidade?

Cinco bancões revisitaram as indicações para os papéis da estatal depois do anúncio de sexta-feira (19); saiba o que fazer com os ativos agora

Carolina Gama
22 de abril de 2024
13:55 - atualizado às 13:56
Petrobras com fundo de dinheiro pegando fogo
Logo da Petrobras em montagem com dinheiro e fogo. - Imagem: Divulgação/Unsplash/Montagem: Fernanda Lopes

A bola dos dividendos extraordinários da Petrobras (PETR4) estava quicando no campo dos acionistas e, finalmente, na noite de sexta-feira (19), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva apitou para a estatal avançar na distribuição dos proventos. A pergunta que muito investidor pode estar fazendo agora é se vale entrar em campo e comprar as ações da estatal agora. 

E cada banco tem uma visão sobre ter os papéis da companhia em carteira neste momento — o consenso é não se desfazer deles. 

O Goldman Sachs, por exemplo, reiterou a recomendação de compra para Petrobras, com preço-alvo de R$ 49,40 por ação ON e R$ 44,90 por PN — o que representam potenciais de valorização de 15,6% e 10%, respectivamente, sobre o fechamento de sexta-feira (19).

O Goldman calcula que a potencial distribuição de 50% de dividendos extraordinários pela Petrobras, do montante originalmente definido para a conta de reservas, deve criar um potencial de alta de cerca de 4,2 pontos porcentuais (p.p.) ante o cenário-base do banco, de rendimento de dividendos de 12% para o ano fiscal de 2024.

Já o Bradesco BBI elevou a recomendação da Petrobras de neutra para compra, considerando, além da distribuição dos dividendos extraordinários, um ambiente melhor do que o esperado para a estatal, com apoio do preço do petróleo Brent.

Junto com a mudança de recomendação, o BBI elevou o preço-alvo para a ação PN de R$ 41 para R$ 46 — o que representa um potencial de valorização de 13,5% sobre o fechamento de sexta-feira (19). 

Para o American Depositary Receipt (ADR), o preço-alvo subiu de US$ 17 para US$ 19, o que equivale a uma valorização potencial de 21,9% em relação ao último fechamento.

O BBI chama atenção para dois pontos de atenção que podem voltar a deteriorar a tese da Petrobras:

  • Jean Paul Prates não ser reeleito presidente da companhia na reunião de acionistas desta quinta-feira (25)
  • A defasagem nos preços de combustíveis no Brasil, com desconto de 6% na gasolina versus a paridade de exportação.
  • [O que fazer com as ações da Petrobras?] A resposta está no guia gratuito produzido pela equipe do Money Times, parceiro do Seu Dinheiro. Libere seu acesso aqui.

Mas nem todo mundo recomenda a compra de Petrobras agora

Mas nem todo mundo recomenda a compra de Petrobras mesmo com a distribuição dos dividendos extraordinários. 

O Itaú BBA, por exemplo, reiterou recomendação neutra para a Petrobras. O preço-alvo de R$ 43 para a ação preferencial equivale a um potencial de valorização de 6,10% sobre o fechamento de sexta-feira (19).

Segundo o BBA, a decisão do conselho de administração da Petrobras de aprovar o pagamento de 50% dos dividendos extraordinários sinaliza uma mudança significativa na estratégia da companhia e uma nova abordagem em relação à distribuição de lucros —  caminhando de volta à proposta original do quarto trimestre, que estava alinhada com as expectativas iniciais do mercado.

"O conselho de administração não apenas concorda com a proposta de pagar 50% da reserva como dividendos extraordinários, mas também deve discutir em um futuro próximo o pagamento dos 50% restantes ao longo de 2024”, diz o Itaú BBA em relatório. 

O Citi também reiterou a recomendação neutra para os ADRs da Petrobras, com preço-alvo de US$ 15 — o que representa um potencial de desvalorização de 8,9% em relação ao fechamento do último pregão.

O Safra também uma posição neutra para as ações da Petrobras, com preço-alvo de R$ 34 tanto para a ação PN quanto para a ON. 

Embora considere o anúncio positivo, o Safra aponta que toda a situação se desenrolou de forma tortuosa, sem a preocupação da petroleira de aplacar os temores do mercado com os possíveis aumentos de interferências políticas por trás da estratégia de alocação de capital da empresa.

PETROBRAS VÊ PREÇO DO PETRÓLEO SUBIR, MAS SEGUE DE BRAÇOS CRUZADOS

Mais dividendos extraordinários no horizonte?

De acordo com a maioria dos analistas, os investidores já esperavam essa reviravolta na decisão do conselho de administração da Petrobras, com o preço das ações aparentemente já refletindo em grande parte a decisão de pagar 50% da reserva de capital em dividendos extraordinários. 

Por volta de 13h55, as ações PETR3 subiam 2,22%, a R$ 43,65. Já os papéis PETR4 avançavam 1,92%, a R$ 41,32. Acompanhe nossa cobertura ao vivo dos mercados

Assim como a recomendação de compra das ações da Petrobras não é um consenso, a possibilidade de a estatal pagar os 50% restantes dos dividendos extraordinários ao longo do ano também não é. 

Para o ano, o BBA estima que os dividendos ordinários da Petrobras devem atingir a casa dos R$ 47 bilhões, aos quais será adicionado um dividendo extraordinário de R$ 22 bilhões relacionados a 50% das reservas de capital. 

“Se a Petrobras decidir anunciar 100% das reservas como dividendos extraordinários este ano, isso implicará um rendimento de dividendos de 17,4% em 2024 (base contábil de acréscimo)”, diz o BBA. 

Já o cenário-base do Goldman Sachs ainda trabalha apenas com os dividendos mínimos estabelecidos na atual política de dividendos da empresa estatal — mas o banco calcula também que uma potencial distribuição de 100% de dividendos extraordinários acarretaria em uma alta de 8,5 p.p. para o rendimento de dividendos-base. 

Segundo comunicado da Petrobras, a eventual distribuição da outra metade, a título de dividendos intermediários, "será avaliada pelo Conselho de Administração ao longo do exercício corrente".

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