🔴 AÇÕES, CRIPTOMOEDAS E MAIS: CONFIRA DE GRAÇA 30 RECOMENDAÇÕES

Seu Dinheiro
Seu Dinheiro
No Seu Dinheiro você encontra as melhores dicas, notícias e análises de investimentos para a pessoa física. Nossos jornalistas mergulham nos fatos e dizem o que acham que você deve (e não deve) fazer para multiplicar seu patrimônio. E claro, sem nada daquele economês que ninguém mais aguenta.
FISCAL EM XEQUE

Haddad consegue congelar R$ 15 bilhões no Orçamento de 2024 — mas nem mesmo “corte temporário de gastos” é suficiente para reduzir projeção de déficit fiscal

Governo eleva para R$ 28,8 bilhões a projeção de déficit primário neste ano, em meio a despesas crescentes e dificuldades para compensar a desoneração da folha

Seu Dinheiro
Seu Dinheiro
22 de julho de 2024
17:36
Fernando Haddad, ministro da Fazenda
Fernando Haddad, ministro da Fazenda - Imagem: Diogo Zacarias / MF

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, conseguiu nesta segunda-feira (22) o congelamento de R$ 15 bilhões em gastos no Orçamento de 2024. Com a nova contenção, não há mais folga para o limite de despesas do arcabouço fiscal.

Mas, apesar do corte temporário de gastos, o governo elevou para R$ 28,8 bilhões a projeção de déficit primário neste ano, em meio a despesas crescentes e dificuldades para compensar a desoneração da folha de pagamento. 

A nova estimativa foi registrada no Relatório Bimestral de Receitas e Despesas, divulgado hoje pelo Ministério do Planejamento e Orçamento.

Vale lembrar que a meta de resultado primário do governo para 2024 é de déficit zero — de 0% do Produto Interno Bruto (PIB) —, conforme estabelecido pelo novo arcabouço fiscal, que prevê uma banda de tolerância de 0,25 ponto porcentual para cima ou para baixo. 

Para ficar dentro do limite inferior da banda, que é de R$ 28,8 bilhões, o governo promoveu o contingenciamento (congelamento temporário) de R$ 3,8 bilhões. 

A quantia está dentro do congelamento de gastos discricionários — despesas sobre as quais o governo tem liberdade para decidir sobre — de R$ 15 bilhões anunciado na semana passada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Leia Também

O restante do valor suspenso corresponde ao bloqueio de R$ 11,2 bilhões para não estourar o limite de gastos estabelecido pelo arcabouço fiscal.

A regra estabelece que os gastos podem crescer, em valores acima da inflação, até 70% do crescimento acima da inflação da receita no ano anterior.

A projeção de déficit fiscal em 2024

O déficit primário representa o resultado das contas do governo sem os juros da dívida pública. 

O relatório anterior, divulgado em maio, previa déficit de R$ 14,5 bilhões. Em março, o déficit estava previsto em R$ 9,3 bilhões. 

Na semana passada, o ministro Haddad disse que o déficit primário pode cair no próximo relatório, caso a União arrecade mais.

O governo conta com dois fatores para diminuir o déficit. O primeiro é a aprovação pelo Senado de medidas que compensem a prorrogação da desoneração da folha de pagamento para 17 setores da economia e para os pequenos municípios ou a suspensão da liminar do Supremo Tribunal Federal (STF) que mantém o benefício fiscal. 

O segundo fator é o "empoçamento", gastos que o governo não consegue executar por estarem vinculados a uma finalidade ou a uma fonte de receita.

Leia também: 

Fiscal e a queda na arrecadação de 2024

A projeção da equipe econômica para as receitas primárias totais da União neste ano caiu de R$ 2,704 trilhões para R$ 2,698 trilhões.

Já a estimativa para a receita líquida, receitas da União após as transferências para os estados e municípios, passou de R$ 2,181 trilhões para R$ 2,168 trilhões neste ano.

Os principais fatores que influenciaram a retração na estimativa são a queda de R$ 11,7 bilhões na rubrica “outras receitas administradas”, por causa da reclassificação de parcelamentos nos tributos adequados.

Também houve redução de R$ 10,6 bilhões na previsão de arrecadação do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), por causa do aumento de compensações tributárias, e o aumento de R$ 6,9 bilhões nos repasses aos estados e aos municípios. 

A prorrogação da desoneração da folha de pagamento para os municípios reduziu a estimativa de arrecadação em R$ 5,2 bilhões.

Em contrapartida, o relatório elevou em R$ 12,5 bilhões a estimativa de arrecadação de Imposto de Renda, por causa da taxação dos fundos exclusivos e das offshores (empresas de investimento no exterior) e por causa do aumento da massa salarial resultante do crescimento do emprego formal. 

Também foi elevada em R$ 3,9 bilhões a estimativa de arrecadação do Imposto sobre a Propriedade Industrial (IPI), por causa da alta do IPI sobre os produtos importados decorrente da valorização do dólar e de compensações abaixo do esperado. 

A revisão de outras estimativas fez a projeção total das receitas líquidas cair R$ 13,2 bilhões.

Aumento dos gastos obrigatórios

Em relação aos gastos, o relatório prevê aumento de R$ 20,7 bilhões, puxados principalmente pelas ajudas ao Rio Grande do Sul. 

As despesas obrigatórias foram revisadas para cima em R$ 29 bilhões, dos quais R$ 14,2 bilhões destinam-se a medidas para a reconstrução do estado.

Como o relatório anterior, publicado em maio, já incorporava R$ 13,8 bilhões, o total de créditos extraordinários concedidos até agora para a reconstrução do Rio Grande do Sul chega a R$ 29 bilhões.

Por serem consideradas créditos extraordinários, as despesas com o Rio Grande do Sul não estão sujeitas à meta de resultado primário nem aos limites de gastos do arcabouço fiscal. 

Os gastos discricionários foram revisados para baixo em R$ 8,3 bilhões, resultando no crescimento final de R$ 20,7 bilhões nas despesas federais.

Expectativa para câmbio e juros

A equipe econômica também ampliou a projeção para o câmbio médio deste ano, que  passou de R$ 5,04 para R$ 5,20, refletindo um período de maior volatilidade do real.

Já a projeção para a Selic acumulada em 2024 passou de 10,31% para 10,64%. Na última reunião, o Comitê de Política Monetária (Copom) interrompeu o ciclo de cortes e manteve a taxa básica de juros em 10,50% ao ano.

A estimativa para a alta da massa salarial nominal foi de 10,46% para 10,95%. Já a estimativa para o preço médio do barril de petróleo no mercado internacional passou de US$ 82,65 para US$ 84,43.

Na semana passada, a equipe econômica divulgou a nova projeção para o crescimento da economia neste ano, que se manteve em 2,5%. 

A projeção oficial para a inflação medida pelo IPCA passou de 3,70% para 3,90%, enquanto a estimativa para o INPC passou de 3,50% para 3,65%.

*Com informações do Estadão Conteúdo e da Agência Brasil.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
NÃO FOI DESSA VEZ

Governo deixa correção da tabela do Imposto de Renda de fora do Orçamento de 2025

2 de setembro de 2024 - 17:27

Alíquotas de tributação não são atualizadas desde 2015; enquanto isso, Lula mantém a promessa de isenção do IRPF para quem ganha até R$ 5 mil

MUITO ALÉM DO PENTE-FINO

Depois de fechar proposta de orçamento para 2025, Simone Tebet revela quando governo fará o ‘verdadeiro’ corte de gastos

31 de agosto de 2024 - 19:51

Simone Tebet também assegurou que cortes serão suficientes para fechar as contas em 2025 e que o arcabouço fiscal “veio para ficar”

PLOA

Previsão de déficit zero, corte no Bolsa Família e salário mínimo de R$ 1.509: o plano do governo para o Orçamento de 2025

31 de agosto de 2024 - 13:01

Projeto de lei com os detalhes do Orçamento de 2025 foi enviado por Lula ao Congresso Nacional na noite de sexta-feira

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Campos Neto e o ‘vilão’ da inflação, ‘Ozempic’ mais barato e o que acontece se os juros subirem a 12%; confira as notícias mais lidas do Seu Dinheiro

31 de agosto de 2024 - 10:23

Notícias sobre Campos Neto, o Banco Central e o rumo dos juros no Brasil figuraram entre as mais lidas pelo público do Seu Dinheiro na última semana

DEDO NO GATILHO

Vem mais intervenção aí? Dólar dispara pelo quinto dia seguido, Banco Central entra com leilões e Campos Neto diz o que pode acontecer agora

30 de agosto de 2024 - 15:34

Além de fatores técnicos e da valorização da moeda norte-americana no exterior, um conjunto de questões locais colabora com a escalada da divisa em relação ao real

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Em dia de caos na bolsa, Ibovespa consegue sustentar os 136 mil pontos e garante ganhos na semana; dólar sobe a R$ 5,6350

30 de agosto de 2024 - 13:49

A queda do principal índice da bolsa brasileira acontece mesmo após dado crucial de inflação nos Estados Unidos vir em linha com as expectativas dos economistas; os percalços do mercado brasileiro são locais

CHEGOU NO PRESIDENTE

Lula toma posição na briga entre Moraes e Musk pelo antigo Twitter, que ainda não terminou

30 de agosto de 2024 - 12:37

Em entrevista a rádio da Paraíba, o presidente afirmou que Musk deve respeitar o STF; rede social permanece no ar na manhã desta sexta

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Sem medo de soar repetitivo: Ibovespa mira novos recordes após indicação de Galípolo enquanto investidores esperam PIB dos EUA

29 de agosto de 2024 - 8:12

Além da revisão do PIB dos EUA no segundo trimestre, os investidores aguardam os dados de novos pedidos de seguro-desemprego

NOVO PRESIDENTE DO BC

Prazo de Haddad e Campos Neto para sucessão no BC está chegando — mas mercado ainda aguarda decisão de Lula

28 de agosto de 2024 - 9:24

Para o ministro da Fazenda, considerando o prazo ideal para garantir uma transição suave no BC, o nome do sucessor deveria sair entre o fim de agosto e o início de setembro

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Foi por pouco: Ibovespa mira em Campos Neto, revisão de gastos e Caged na busca por novos recordes

28 de agosto de 2024 - 7:56

Mercados financeiros internacionais amanhecem em compasso de espera pelo balanço da Nvidia, que será divulgado apenas depois do fechamento

MUDOU DE IDEIA

Lula ficou com inveja da Sabesp (SBSP3)? O que o petista falou agora sobre a privatização de empresas públicas

27 de agosto de 2024 - 18:17

O presidente visitou a Telebras nesta terça-feira (27) e comentou sobre a desestatização de companhias que atuam em setores estratégicos para o País

SUCESSÃO

A novela terminou: Vale (VALE3) anuncia novo CEO com aposta em solução interna

27 de agosto de 2024 - 6:35

A escolha do sucessor de Eduardo Bartolomeo à frente da Vale põe fim a meses de impasse em relação a quem seria o novo CEO

DE OLHO NAS REDES

“Brasília é um dos principais riscos para o Brasil”: por que a irresponsabilidade com o dinheiro público é o que ‘segura’ o país hoje 

26 de agosto de 2024 - 18:03

Na visão de Fernando Siqueira, head de research da Guide Investimentos, o principal problema do Brasil hoje tem endereço certo: Brasília.  Em sua mais recente participação no podcast Touros e Ursos, ele elegeu a irresponsabilidade com o dinheiro público como o Ursos não só da semana, mas dos últimos anos.   O Urso é uma menção […]

POLÍTICA MONETÁRIA

Favorito a suceder Campos Neto no BC, Galípolo responde sobre possível interferência política de Lula no Copom

19 de agosto de 2024 - 18:25

Atual diretor de política monetária do BC, Galípolo enfatizou que jamais sofreu pressão de Lula para tomar uma atitude em determinada direção

BANCO CENTRAL

O que Lula vai exigir de quem suceder Campos Neto à frente do BC

18 de agosto de 2024 - 13:13

Em entrevista, Lula assinalou as características que influenciarão sua decisão sobre o sucessor de Roberto Campos Neto

ORÇAMENTO

Supensão das ‘emendas pix’: por unanimidade, STF mantém decisão de Flávio Dino

17 de agosto de 2024 - 16:39

Além das ‘emendas pix’, decisão do STF suspende as emendas impositivas do Congresso ao Orçamento da União

SUCESSÃO NO BC

Faltou coragem para Campos Neto? Novo presidente do Banco Central deve ter firmeza para anunciar cortes de juros, diz Lula

16 de agosto de 2024 - 12:33

Para o petista, o sucessor de Roberto Campos Neto no comando da autoridade monetária “não deverá favores” ao presidente da República

CONTRA A ALCUNHA DE TAXAD

‘Quem reclama de imposto é rico’: Lula defende Haddad contra os memes e apelido de ‘taxador’

15 de agosto de 2024 - 15:20

A alcunha começou a ser compartilhada por adversários do governo federal, após a aprovação da “taxa das blusinhas” e a regulamentação da reforma tributária.

ANTES DAS ELEIÇÕES

O sucessor de Campos Neto vem aí: Lula diz que tem que indicar novo presidente do Banco Central ‘agora’

15 de agosto de 2024 - 14:30

Integrantes da ala política do governo estruturam um acordo para que a indicação do novo presidente da instituição monetária seja feita em agosto, no mais tardar setembro

E VEM MAIS POR AÍ

Missão dada é missão cumprida: Petrobras (PETR4) anuncia investimento de R$ 870 milhões para reativar fábrica de fertilizantes no Paraná

15 de agosto de 2024 - 13:15

O investimento da petroleira é tão significativo para o governo, que acontece no mesmo momento em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está no Paraná, visitando fábricas

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar