Coinbase (COIN) registra primeiro lucro trimestral em dois anos: veja outros 3 motivos para a corretora de criptomoedas saltar mais de 15% hoje

As ações da Coinbase (COIN), uma das maiores corretoras de criptomoedas (exchanges) do planeta, dispararam mais de 15% no pré-mercado em Nova York nesta sexta-feira (16). O balanço do último trimestre foi o que injetou grande otimismo nos investidores. 

A exchange chefiada por Brian Armstrong, registrou lucro de US$ 273 milhões no último trimestre de 2023. Esse foi o primeiro resultado positivo em dois anos — no fim de 2021, a Coinbase teve lucro de US$ 840 milhões. 

Os anos que se seguiram foram de Longo Inverno Cripto. Em outras palavras, o principal ativo negociado na plataforma — as criptomoedas — estava em uma maré baixa, limitando a possibilidade de ganhos da companhia. Além disso, a “caça às bruxas” da SEC, a CVM dos EUA, contra empresas do setor também pressionou os negócios. 

Mas o inverno passou, a primavera chegou, e o setor de criptomoedas voltou a tomar as manchetes dos jornais. Aqui vão três motivos para as ações da Coinbase terem disparado hoje:

1 — Aprovação do ETF de bitcoin à vista

Começando por um dos eventos mais esperados do ano, a Coinbase se beneficiou da aprovação do primeiro ETF de bitcoin (BTC) à vista (spot) nos Estados Unidos. 

A Coinbase será a custodiante de oito dos 11 ETFs disponíveis no mercado, contrariando as expectativas de um relatório de janeiro deste ano do Bank of America (BofA). 

Os ETFs poderiam apresentar uma ameaça competitiva para exchanges por serem um produto de mais fácil acesso aos investidores. Mas não foi o que aconteceu — e quem explica isso é Reinaldo Rabelo, CEO do Mercado Bitcoin (MB).

Os reflexos no balanço ainda não apareceram, mas há grandes expectativas em relação aos próximos resultados da corretora.

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2 — Coinbase pega carona na alta do mercado

Também auxiliou na alta do dia a valorização recente do mercado de criptomoedas. No último trimestre de 2023, o BTC teve uma valorização de 56,6%, de acordo com dados do Cryptorank. 

Além disso, desde o início de 2024, a maior criptomoeda do mundo teve uma nova valorização da ordem de mais de 20%. Naturalmente, o avanço do bitcoin impulsionou o mercado como um todo.

Assim, outras criptomoedas — negociadas na plataforma da Coinbase — dispararam, auxiliando na melhora dos números da corretora: a receita total de transações saltou 64%, para US$ 529 milhões.

3 — Menos impostos para a Coinbase

Por fim, a Coinbase se beneficiou de uma liberação de US$ 121 milhões de lucro não monetário — isto é, um ajuste no lucro da companhia que não envolve a entrada de mais dinheiro, como revisão na provisão de impostos, por exemplo — e de um ganho de US$ 18 milhões na recompra de dívidas da companhia. 

A empresa ainda está se defendendo da disputa com a SEC, mas o CEO, Brian Armstrong, está confiante de que a Coinbase sairá vitoriosa do caso.

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