Ouro a US$ 3 mil? Essa realidade está próxima, segundo um bancão de Wall Street — e o Brasil tem “culpa” nisso
O Citi analisou o mercado global e aponta os gatilhos para que o metal precioso suba 50% em cerca de um ano e o petróleo volte para os três dígitos
O Citi é categórico: o ouro vai chegar a US$ 3 mil por onça e o petróleo pode bater os US$ 100 em um período de 12 a 18 meses — mas é preciso um gatilho para essa disparada.
Atualmente, o ouro está sendo negociado a US$ 2.016, portanto, se a previsão do banco se confirmar, representará uma alta de cerca de 50%.
O Citi também vê os preços do petróleo atingindo novamente os três dígitos. Hoje, o petróleo Brent — usado como referência no mercado internacional, inclusive pela Petrobras (PETR4) — está na casa dos US$ 82 o barril.
O salto dos preços previsto pelo banco implica em um aumento de mais de 20% com relação às cotações atuais.
O gatilho para a disparada do ouro
O gatilho para essa disparada são os bancos centrais. Segundo o Citi, se os BCs aumentarem drasticamente as compras de ouro, o metal precioso alcançará os US$ 3 mil.
O Citi lembra que as compras de ouro pelos bancos centrais aceleraram para níveis recordes nos últimos anos, à medida que procuram diversificar as reservas e reduzir o risco de crédito.
Leia Também
Depois de empate com sabor de vitória, Ibovespa reage à Vale em meio a aversão ao risco no exterior
De acordo com dados de janeiro do Conselho Mundial do Ouro, os bancos centrais mundiais sustentaram, durante dois anos consecutivos, mais de 1.000 toneladas de compras líquidas de ouro.
E já tem banco central liderando essas compras: China e Rússia aparecem nas primeiras posições, enquanto Índia, Turquia e Brasil também aumentando as aquisições de ouro de maneira significativa.
- Onde investir neste mês? Veja 10 ações em diferentes setores da economia para buscar lucros. Baixe o relatório gratuito aqui.
Fatores secundários para o ouro a US$ 3 mil
O Citi também aponta outros gatilhos para a disparada do ouro: uma estagflação ou uma recessão global profunda — mas ressalta que esses são cenários menos prováveis.
A estagflação implica em uma taxa de inflação crescente, uma desaceleração do crescimento econômico e um aumento do desemprego.
Como o ouro é visto como um porto seguro e tende a ter um bom desempenho em períodos de incerteza econômica — quando os investidores se afastam dos ativos mais arriscados, como as ações — uma estagflação ou recessão global podem ser o motor da disparada de preços.
Deixando de lado esses três possíveis gatilhos, o Citi afirma que seu cenário base para o ouro é de pouco acima de US$ 2 mil no primeiro semestre e de US$ 2.150 no segundo semestre de 2024.
O petróleo vai pegar carona
Os catalisadores para que o petróleo atinja os US$ 100 por barril incluem riscos geopolíticos mais elevados, cortes mais profundos da Opep+ — o grupo formado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo mais produtores liderados pela Rússia — e perturbações no fornecimento das principais regiões produtoras.
A guerra em curso entre Israel e o Hamas não atingiu a produção ou as exportações de petróleo, sendo o único impacto significativo os ataques dos rebeldes Houthi, do Iêmen, a petroleiros e outros navios que atravessavam o Mar Vermelho.
O Citi lembra, no entanto, que o Iraque, o Irã, a Líbia, a Nigéria e a Venezuela são vulneráveis a interrupções no fornecimento, com uma política de sanções mais rigorosa dos EUA a Teerã e à Venezuela potencialmente em jogo.
Outros riscos geopolíticos, como o fornecimento de petróleo russo, caso a Ucrânia ataque as refinarias com drones, não podem ser excluídos, segundo o banco.
O cenário base do Citi para o petróleo é de cerca de US$ 75 por barril no ano.
*Com informações da CNBC
O que a Opep prevê para o PIB e a produção de petróleo no Brasil
Opep mantém projeções otimistas para o país, mas alerta para alguns gatilhos negativos, como inflação e aumento nos custos da produção offshore
Sinais de mais estímulos à economia animam bolsas da China, mas índices internacionais oscilam de olho nos balanços
Enquanto isso, os investidores aguardam o relatório de produção da Vale (VALE3) enquanto a sede da B3, a cidade de São Paulo, segue no escuro
Agenda econômica: Prévia do PIB no Brasil divide holofotes com decisão de juros do BCE e início da temporada de balanços nos EUA
A agenda econômica desta semana ainda conta com relatório mensal da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e PIB da China
Efeito borboleta: Investidores monitoram ata do Fed, falas de dirigentes e IPCA de setembro para antecipar rumos do Ibovespa e dos juros
Participantes do mercado esperam aceleração da inflação oficial no Brasil em meio a temores de ciclo de alta de juros ainda maior
Bitcoin (BTC) perde para o ouro em retorno ajustado ao risco em 2024 e testa sua tese de “ouro digital”
Segundo dados monitorados pelo Goldman Sachs, o bom desempenho do bitcoin em termos absolutos não é suficiente para compensar a volatilidade da criptomoeda
Prio (PRIO3) eleva expectativas com aquisição do Campo de Peregrino e BTG Pactual reajusta preço-alvo. É hora de comprar ou vender a ação?
Apesar dos números fracos na produção de setembro, os analistas BTG veem uma valorização de 74% para os papéis da petroleira no ano que vem
Sabatinando Galípolo: Senado vota hoje indicado de Lula para suceder Campos Neto no Banco Central, mas Ibovespa tem outras preocupações
Além da sabatina de Galípolo, Ibovespa terá que remar contra a queda do petróleo e do minério de ferro nos mercados internacionais
Um ano após o atentado: o mercado de petróleo volta a mostrar sinais de alerta e “kit geopolítico” pode proteger o investidor
Diante de um cenário de incertezas, com potencial para ganhar ainda mais escala, a inclusão de ativos defensivos na carteira é fundamental
Selic de dois dígitos será mais norma que exceção, diz economista do Citi; como os bancões gringos veem juros e inflação no Brasil?
Cautela do Banco Central em relação à pressão inflacionária é bem vista por economistas do Citi, do JP Morgan e do BofA, que deram suas projeções para juros em 2024 e 2025
Um ano depois dos ataques do Hamas contra Israel, temores de uma guerra regional pressionam os preços do petróleo
Analistas temem que Israel ataque instalações iranianas de produção de petróleo em retaliação a enxame de mísseis
Entre o petróleo e o payroll: Ibovespa busca recuperação com juros nos EUA e conflito no Oriente Médio como pano de fundo
Relatório mensal de emprego nos EUA deve dar o tom do dia nos negócios enquanto guerra continua pressionando o petróleo
Sob pressão: Bolsas internacionais amanhecem no vermelho, mas alta do petróleo continua e pode ajudar o Ibovespa
Vitória do governo no STF em relação a resíduos tributários do Programa Reintegra também pode repercutir no Ibovespa hoje
Após renovar máxima no dia, Ibovespa perde os 134 mil pontos, mas fecha em alta de 0,77% com ajuda da Moody´s; dólar cai a R$ 5,4448
O principal índice da bolsa brasileira chegou mirar a marca dos 135 mil pontos, com renovações consecutivas de máximas intradia, mas perdeu um pouco do fôlego perto do fim das negociações
Em meio ao aumento da tensão no Oriente Médio, Ibovespa reage à alta do petróleo e à elevação do rating do Brasil
Agência Moody’s deixou o rating soberano do Brasil a apenas um degrau do cobiçado grau de investimento — e a perspectiva é positiva
Petrobras (PETR4): Conselho aprova aquisição de 10% em bloco de exploração na África do Sul
O bloco Deep Western Orange Basin (DWOB), localizado na Bacia de Orange, é operado no país pela empresa francesa Total Energies
Irã dispara chuva de mísseis contra Israel, EUA prometem ajuda e guerra entra em fase perigosa; petróleo dispara, Petrobras (PETR4) acompanha e Lula fala
O Ibovespa também ganhou tração ao longo da sessão, com o avanço das ações da Petrobras e chegou a subir mais de 1%; veja como as bolsas terminaram o dia
Uma semana de ouro: Depois de salto das bolsas da China, investidores miram dados de emprego nos EUA em dia de agenda fraca no Brasil
Ibovespa acumulou queda de pouco mais de 3% em setembro, mas agenda fraca por aqui tende a deixar a bolsa brasileira a reboque de Wall Street
Bitcoin e ouro lideram novamente o ranking dos melhores investimentos em setembro, enquanto Ibovespa volta a amargar perdas; veja o ranking
Nem mesmo o corte de juros nos EUA e os estímulos econômicos na China foram capazes de animar a bolsa brasileira; veja o ranking dos melhores e piores investimentos do mês
O que fez a Prio (PRIO3) pagar mais de R$ 10 bilhões por 40% de um campo de petróleo no Rio
A Prio já havia confirmado que estava em negociações com a empresa chinesa Sinochem, que detinha controle de 40% das operações do campo de petróleo de Peregrino
Com janela de IPOs fechada na B3, Oceânica fecha captação de mais de R$ 2 bilhões com bonds em dólar no exterior
A própria Oceânica chegou a iniciar os estudos para realizar um IPO na bolsa brasileira em janeiro deste ano