Inflação e juros: o combo que fez o S&P 500 e o Nasdaq saltarem para um outro recorde intradiário
De um lado, o CPI de maio veio melhor do que as projeções. De outro, o Fed manteve a taxa de juros inalterada e reduziu para um o número de cortes neste ano
O dia dos namorados não trouxe o presente que muito investidor esperava: o sinal claro de que o corte de juros acontecerá no curto prazo nos EUA — mas nem por isso o mercado deixou de celebrar o 12 de junho com recordes do S&P 500 e do Nasdaq.
O índice de mercado mais amplo de Nova York chegou a subir 1,2% durante a sessão, enquanto índice tecnológico avançou para a casa dos 2,0%. Vale lembrar que tanto o S&P 500 quanto o Nasdaq haviam conquistado recordes de fechamento na sessão anterior.
O Dow Jones, por sua vez, viveu uma montanha-russa: subiu, desceu e acabou terminando o dia no vermelho. Confira a variação e a pontuação dos principais índices de ações do mercado norte-americano no fechamento:
- Dow Jones: -0,09%, 38.712,21 pontos
- S&P 500: +0,85%, 5.420,96 pontos
- Nasdaq: +1.53%, 17.608,44 pontos
- Onde investir neste mês? Veja 10 ações em diferentes setores da economia para buscar lucros. Baixe o relatório gratuito aqui.
O combo que levou o S&P 500 e o Nasdaq às máximas
O combo que ajudou o S&P 500 e o Nasdaq a bateram máximas intradiárias foi formado pelo índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de maio e pela decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).
O CPI — que não é o índice preferido do Fed para a inflação, mas ajuda o BC dos EUA a balizar os preços — ficou estável em maio ante abril, enquanto as previsões indicavam alta de 0,3% na base mensal.
O núcleo do CPI, que exclui itens mais voláteis como energia e combustíveis, avançou 3,4% em maio, na base anual, ante a estimativa de alta de 3,5% do mercado.
Leia Também
Na decisão dos juros, o Fed manteve a taxa inalterada, como era amplamente esperado. No entanto, as projeções atualizadas também divulgadas nesta quarta-feira (12) mostraram que os membros do comitê de política monetária prevê apenas um corte nos juros este ano — abaixo dos três esperados em março, quando as últimas previsões foram apresentadas.
O Fed, no entanto, indicou que foram feitos progressos com relação à inflação. Na decisão anterior, o BC dos EUA dizia que praticamente não havia melhora com relação aos preços na direção da meta de 2%.
E agora, Campos Neto? Inflação acelera em maio depois de sete meses. Como ficam os cortes na Selic
O corte de juros ficou para quando?
Após as projeções do comitê de política monetária do Fed, os investidores refizeram as apostas no corte de juros.
A probabilidade de redução em setembro subiu de 52,8% de ontem para 63,5% agora. Mais cedo, logo depois da divulgação do CPI, essas chances passavam de 70%.
Para novembro, as apostas subiram de 68,1% ontem para 76,3% agora. Dezembro continuou concentrando a maior parte dessa probabilidade, saltando de 88,9% ontem para 93,2% agora. Os dados são compilados pelo CME Group por meio da ferramenta FedWatch.
“O CPI de maio não é suficientemente bom em relação à meta de inflação de 2%, mas não é suficientemente ruim para reduzir as expectativas de uma maior flexibilização do Fed”, disse Chris Turner, chefe Global de Mercados do ING.
O banco holandês acredita que se o mercado de trabalho perder força, o BC dos EUA pode cortar os juros em setembro.
A CIBC Economics, por sua vez, avaliou que o Fomc acredita estar no caminho certo para trazer a inflação de volta à meta, mas a política monetária deverá ser aliviada apenas a partir de 2025.
"O plano é fazer isso da maneira mais segura neste ano antes de afrouxar a política monetária mais rapidamente nos anos seguintes", diz a CIBC em relatório.
Para a Jefferies, o Fed demonstrou cautela em abraçar as evidências de desinflação.
"O Fed está claramente tímido em aceitar a evidência de desinflação mostrada nesta manhã, depois de avaliar mal a natureza transitória da inflação no início do ciclo", disse.
Banco da Amazônia (BAZA3) contrata bancos para possível reabertura de capital na bolsa; saiba mais sobre o potencial re-IPO
Bank of America, Citigroup, XP, Caixa Econômica Federal e UBS farão, em conjunto, estudos para preparar e analisar a viabilidade de uma oferta pública de distribuição primária de ações do Basa
Maior alta do Ibovespa em 2024, Embraer (EMBR3) continua a ganhar altura na B3 e sobe 5% hoje. O que está por trás da alta das ações?
Uma tríade de fatores impulsiona a fabricante de aeronaves: maior otimismo do mercado, novos investimentos para expansão no exterior e o financiamento da Eve com o BNDES
Vale (VALE3) opera em alta em reação às prévias operacionais positivas; é hora de comprar? Veja como os analistas receberam os números
Relatório de produção foi divulgado ontem; números positivos para o minério de ferro insinuam que a China não conseguiu ‘derrubar’ a Vale por completo
Os modelos estão errados? FMI lança alerta para que bancos centrais aprimorem mecanismos de combate à inflação
Estudo integra o relatório de perspectiva econômica mundial do FMI, que será publicado na próxima semana como parte das reuniões anuais do organismo
CSN (CSNA3) quer vender até 11% da CSN Mineração (CMIN3) — e já tem pretendente interessado na fatia
A siderúrgica assinou uma proposta não vinculante para a venda da participação minoritária para a japonesa Itochu Corporation
Caso Silverado: CVM multa gestora e fundador em quase R$ 500 milhões após fraude multimilionária com FIDCs
Após anos de investigação, a autarquia julgou na noite passada as condenações da fraude com fundos da gestora fundada por Manoel Carvalho Neto
Depois de empate com sabor de vitória, Ibovespa reage à Vale em meio a aversão ao risco no exterior
Investidores repercutem relatório de produção da Vale em dia de vencimento de futuro de Ibovespa, o que tende a provocar volatilidade na bolsa
É possível lucrar na bolsa mesmo com a Selic alta — e Santander revela 15 ações para driblar os juros elevados no Brasil
O portfólio do Santander agora prioriza papéis com potenciais revisões positivas de lucro por ação e momentum de lucros positivos, além de players de valor
Petróleo tomba no exterior com guerra no Oriente Médio e demanda mais fraca no radar — e ações da Petrobras (PETR4) acompanham queda na B3
O esfriamento da guerra no Oriente Médio faz sombra sobre a commodity hoje após notícias de que Israel teria prometido aos EUA que não atacaria instalações de petróleo e nucleares do Irã
O que fez o bitcoin (BTC) recuperar o patamar de US$ 67 mil e se aproximar das máximas históricas? Veja criptomoedas hoje
O mercado espera que os novos estímulos da China, somados ao aumento da liquidez global em virtude do corte de juros nos EUA, ajude no desempenho das criptomoedas
Fabricante de “carros voadores” da Embraer (EMBR3) consegue novo financiamento de R$ 500 milhões do BNDES. O que a Eve pretende fazer com o dinheiro?
O montante será usado para o desenvolvimento da unidade de produção do eVTOL localizada em Taubaté, em São Paulo
Fundo Imobiliário pioneiro na B3 deixa de ser negociado na sexta-feira – e vai antecipar dividendos aos cotistas
Fim do BCFF11, que conta com 355 mil investidores, acontece com o processo de incorporação por outro fundo, o BTG Pactual Hedge Fund (BTHF11)
O (mercado) brasileiro não tem um dia de sossego: Depois da alta da véspera, petróleo ameaça continuidade da recuperação do Ibovespa
Petróleo tem forte queda nos mercados internacionais, o que tende a pesar sobre as ações da Petrobras; investidores aguardam relatório de produção da Vale
Felipe Miranda: “Vai piorar antes de melhorar”… será?
A cada três conversas na Faria Lima, quatro passam pelo seguinte caminho: “é verdade que as coisas estão muito baratas e a posição técnica é favorável, mas vai piorar antes de melhorar”.
O “moody” de Rogério Xavier sobre o Brasil: “eu tenho dado downgrade a cada notícia”; saiba o que pensa o gestor da SPX
Na avaliação do sócio-fundador da SPX, gastos parafiscais de R$ 100 bilhões sustentam PIB acima do esperado, mas fazem dívida correr o risco de “explodir”
O retorno de 1% ao mês voltou ao Tesouro Direto: títulos públicos prefixados voltam a pagar mais de 12,7% ao ano com alta dos juros
Títulos indexados à inflação negociados no Tesouro Direto também estão pagando mais com avanço nos juros futuros
Brasil com grau de investimento, mais uma revisão positiva do PIB e inflação dentro da meta? Tudo isso é possível, segundo Haddad
O ministro da Fazenda admitiu em evento nesta segunda-feira (14) que o governo pode revisar mais uma vez neste ano a projeção para o Produto Interno Bruto de 2024
Harmonia com Haddad, meta de inflação e desafios do BC: as primeiras declarações públicas de Gabriel Galípolo como sucessor de Campos Neto
Galípolo, que teve seu nome aprovado pelo Senado Federal na semana passada para assumir o Banco Central, participou do Itaú BBA Macro Vision
A Suzano (SUZB3) ainda pode partir para uma grande aquisição? O BTG acha improvável — e diz o que fazer com as ações agora
Apesar de nenhum crescimento inorgânico relevante no radar dos analistas, o banco continua animado com as ações SUZB3
XP não quer virar banco de varejo, mas pode pagar dividendos como um ‘bancão’, segundo BTG; entenda
Após conversas com CEO e CFO da companhia, analistas do BTG têm previsões otimistas para a financeira