Tesouro Educa+: é melhor comprar em nome do meu filho? O que acontece com o título se eu morrer?
Saiba se o título público voltado para a educação ainda garante a faculdade do seu filho mesmo se você vier a falecer

Criado para ajudar os pais e responsáveis a pouparem para pagar a faculdade dos seus filhos, o Tesouro Educa+ é o mais jovem título público da família do Tesouro Direto.
Mas assim como aconteceu com o Tesouro RendA+, título voltado para a aposentadoria, o Tesouro Educa+ também deixou o investidor com a seguinte pulga atrás da orelha: afinal, o que acontece com o título – e com a reserva para os estudos do meu filho – se eu vier a falecer?
A esta pergunta, geralmente se segue o seguinte questionamento: pelo sim, pelo não, é melhor fazer o investimento diretamente em nome do jovem?
Caso você ainda não conheça o Tesouro Educa+, as reportagens a seguir esclarecem o funcionamento do título:
- Tesouro Educa+: como investir para a faculdade do seu filho com o novo título do Tesouro Direto – e como o resto da família pode ajudar
- Quanto você precisa investir para pagar a faculdade do seu filho com o Tesouro Educa+? Fizemos as simulações
O que acontece com o Tesouro Educa+ em caso de morte do investidor
Assim como ocorre com outros títulos públicos, inclusive com o Tesouro RendA+, o Tesouro Educa+ é encarado pela legislação como um investimento financeiro normal, mesmo tendo o objetivo de financiar os estudos de uma pessoa que não necessariamente é o comprador do título.
Ao investir em Tesouro Educa+, o pai ou responsável está adquirindo o direito de receber uma renda mensal, corrigida pela inflação, por um prazo de cinco anos, a partir de uma data futura.
Essa renda, porém, vai cair na conta do investidor, isto é, deste pai ou responsável. Ela não é paga nem ao jovem, nem à instituição de ensino. É o titular quem tem a prerrogativa de, se quiser e precisar, utilizar esse rendimento para pagar os estudos universitários do filho.
Assim, caso o Tesouro Educa+ tenha sido comprado no CPF do pai ou responsável e este vier a falecer, o título entra em inventário normalmente, como qualquer outra aplicação financeira.
Fica também sujeito à cobrança de ITCMD, o imposto estadual sobre heranças, cuja alíquota varia de 2% a 8% dependendo do estado e do valor a ser transmitido.
- Renda fixa não acabou: existem títulos exclusivos que são os prediletos dos milionários e estão pagando mais de 2% ao mês; saiba como investir
Antes e depois da data de conversão
Esse procedimento é válido independentemente de o falecimento do titular ter ocorrido antes ou depois da data de conversão do título.
Conforme explica a advogada de família Caroline Pomjé, se o investidor morrer durante o período de acumulação do título, isto é, antes da data de conversão, o valor já acumulado até então deve ser inserido no inventário e depois destinado ao herdeiro a quem o investimento couber após a partilha, como ocorreria com qualquer outro título público.
O que pode suscitar mais dúvida é o que acontece caso a morte tenha ocorrido já depois da data de conversão. E se o pai ou responsável já estivesse recebendo a renda e pagando as mensalidades de um curso para o filho quando faleceu?
Neste caso, diz a advogada, os depósitos mensais continuarão a ser realizados na conta do falecido durante toda a tramitação do inventário, sendo partilhados entre os herdeiros após a conclusão do processo.
O inventário também irá definir qual dos herdeiros será o destinatário do título e dos recebimentos pendentes.
Seja como for, o Tesouro Educa+ tem liquidez diária como qualquer outro título do Tesouro Direto, podendo ser vendido de volta ao Tesouro Nacional a qualquer momento, desde que respeitados o período de carência de 60 dias a partir da data da compra e o procedimento de inventário e partilha, no caso de titular falecido.
Ou seja, durante o inventário pode ser também decidido que o melhor caminho para os herdeiros é vender o título a preço de mercado e partilhar os valores entre os herdeiros.
A DINHEIRISTA - Posso deixar meu marido sem herança? Estou muito doente e ele se recusa a cuidar de mim!
Para garantir, faça o investimento em nome do seu filho
Como você pôde ver, existe uma possibilidade de os recursos investidos no Tesouro Educa+ ou mesmo a renda paga por ele ficarem meio "presos" caso o titular do papel venha a falecer.
Além disso, se você tiver mais de um herdeiro, os recursos do Tesouro Educa+ de um único filho poderiam legalmente ser repartidos por todos os sucessores, o que poderia bagunçar o seu planejamento financeiro, ou mesmo deixar a educação do seu filho desamparada.
Se você não deseja correr esse risco e quer ter certeza de que, caso venha a falecer, o Tesouro Educa+ do seu filho será preservado e a renda será integralmente revertida a ele, o mais indicado é fazer o investimento diretamente no nome dele.
Para isso, você precisará abrir uma conta para o seu filho numa corretora de valores ou banco que ofereça investimento no Tesouro Direto, além de fazer um cadastro no site do programa no CPF dele.
A partir de então, você poderá fazer as movimentações e investimentos como responsável legal, mas estará tudo atrelado ao CPF do jovem, não ao seu.
Cad&Pag
Uma maneira mais prática de fazer isso é por meio do Cad&Pag, o cadastro rápido oferecido pelo Tesouro Direto e que agora pode ser feito também em nome de menores de idade.
O Cad&Pag permite o cadastro simultâneo do investidor no Tesouro Direto e em uma das instituições financeiras integradas ao programa, permitindo ainda a realização de aportes via Pix e o investimento coletivo em Tesouro Educa+, em que várias pessoas podem contribuir para poupar em nome de um mesmo jovem.
Apenas duas instituições financeiras participam do Cad&Pag atualmente, porém: o banco Inter e a corretora Órama. Ou seja, se você optar por este caminho, a conta do seu filho deve necessariamente ser aberta em uma dessas duas instituições. Nenhuma das duas cobra taxa de administração para investir no Tesouro Direto.
Para abrir a conta do seu filho pelo Cad&Pag você deve acessar o site do Tesouro Direto, clicar em “Abra sua conta” e depois em “Para o menor de idade”.
Em seguida, acesse ou crie uma conta no portal Gov.br para prosseguir e tenha em mãos o RG e o CPF do menor de idade. Você terá acesso a um tutorial que explicará cada etapa.
Depois, responda às perguntas de acesso e forneça os seus dados pessoais, bem como os do menor de idade. Para finalizar, selecione uma das corretoras cadastradas, confirmando os dados do jovem.
De olho no Enem do futuro: quanto investir hoje para pagar a faculdade do seu filho daqui a alguns anos
O Tesouro Direto dispõe de um investimento de baixo risco para os pais pouparem para a educação dos filhos: o Tesouro Educa+. Veja como funciona
Acabou a mamata de 1% ao mês na renda fixa conservadora; é hora de rever seus investimentos nesta classe de ativos?
No podcast Touros e Ursos desta semana, a analista da Empiricus, Lais Costa, fala sobre o que fazer com as suas aplicações de renda fixa com a queda da Selic
Onde investir no Tesouro Direto em novembro: do perfil mais otimista ao mais cauteloso, veja o que comprar, segundo o Itaú BBA e o Santander
Bancos incluem títulos públicos pós-fixados, prefixados e indexados à inflação nas suas carteiras recomendadas para o Tesouro Direto, mas cada um tem suas preferências
Menos de 1% ao mês: como fica a renda fixa após a queda da Selic para 12,25%? Veja quanto rendem R$ 10 mil em CDB, LCI, poupança e Tesouro Direto daqui para frente
Banco Central cortou a taxa básica em mais 0,50 ponto percentual nesta quarta; veja como a rentabilidade dos investimentos conservadores deve reagir
9 títulos de renda fixa isentos de imposto de renda para investir em novembro, segundo o Itaú BBA
Banco recomenda oito debêntures incentivadas e um CRI para superar o Tesouro Direto no médio/longo prazo
Tesouro Educa+ passa a ter opção de ‘vaquinha’, para toda a família investir para pagar a faculdade do seu filho
Tesouro Direto lança também a possibilidade de abertura rápida de conta em nome do jovem dentro do programa
Dia das Crianças: Quanto você precisa investir para pagar a faculdade do seu filho com o Tesouro Educa+? Fizemos as simulações
Título público lançado recentemente pelo Tesouro Direto cairia como uma luva como presente de Dia das Crianças, pensando no futuro dos filhos
Retorno dos títulos do Tesouro americano está no seu maior patamar em 16 anos; veja como investir nos Treasurys e lucrar em dólar
O investidor pessoa física pode aproveitar as taxas gordas pagas pelo ativo mais seguro do mundo; veja como comprar Treasurys, títulos do Tesouro americano
Tesouro Direto vai sortear R$ 500 mil entre os investidores do Tesouro Educa+; prazo para participar do primeiro concurso termina nesta sexta (06)
Quem investir em um Tesouro Educa+ até amanhã terá direito a um cupom para concorrer, independentemente do valor do aporte
19 títulos de renda fixa isentos de IR para vencer o Tesouro Direto, nas visões do Itaú BBA e do BTG Pactual
Bancos publicaram suas recomendações de debêntures, CRIs e CRAs para outubro
Leia Também
-
Ânima (ANIM3) confirma interesse na venda da Universidade São Judas, com poucos detalhes
-
Nelogica anuncia parceria com Scalper e vai apoiar crescimento da escola de traders; confira detalhes do acordo
-
Quem foi bem e quem foi mal nos resultados do 3T23? Lucro das empresas na B3 cai, mas metade delas supera as previsões
Mais lidas
-
1
Ganhador ‘sumido’ da Mega-Sena enfim busca o prêmio de R$ 84 milhões — mas não sem antes jogar mais de R$ 1 milhão pelo ralo
-
2
Provocamos o ChatGPT e ele revelou 6 números para apostar na Mega da Virada; saiba quais são
-
3
Klabin (KLBN11) está entre as maiores quedas do Ibovespa pelo segundo dia — chegou a hora de rasgar esse papel?