🔴 AÇÕES, CRIPTOMOEDAS E MAIS: CONFIRA DE GRAÇA 30 RECOMENDAÇÕES

Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
Jornalista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com pós-graduação em Finanças Corporativas e Investment Banking pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Trabalhou com produção de reportagem na TV Globo e foi editora de finanças pessoais de Exame.com, na Editora Abril.
Voando

Estes títulos do Tesouro Direto já rendem mais de 200% do CDI no ano; veja se ainda vale a pena investir

Alívio na inflação e perspectiva de corte na Selic elevam atratividade do papel, pois motivam sua valorização no mercado

Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
17 de maio de 2023
18:34 - atualizado às 18:09
Ilustração utilizada em matéria sobre alta dos fundos multimercado, mostra homem de negócios surfando num vetor para cima
Imagem: iStock

Os títulos públicos prefixados, negociados pelo Tesouro Direto, continuam numa maré positiva em 2023. Há cerca de um mês, eu publiquei aqui no Seu Dinheiro uma matéria que mostrava que a valorização de alguns deles já chegava ao equivalente a 180% do CDI no acumulado do ano. Agora, a alta dos Tesouro Prefixado já chega a ultrapassar os 200% do CDI.

Enquanto o CDI – taxa de juros que baliza a rentabilidade das aplicações de renda fixa – acumula alta de cerca de 4,80% em 2023, a valorização de alguns títulos Tesouro Prefixado já corresponde a mais que o dobro deste percentual. O mais rentável deles, o prefixado com vencimento em 2029, tem ganho de 10,56% até 17 de maio.

Essa remuneração também deixa no chinelo a renda variável – o Ibovespa ainda cai 1% no ano, a despeito da recuperação recente – e os títulos Tesouro Selic, cuja valorização no mercado costuma acompanhar a taxa básica de juros. No ano, esses papéis se valorizam entre 4,87% e 4,98%, a depender do vencimento.

Confira os desempenhos de todos os títulos públicos negociados no Tesouro Direto que dispõem do dado de desempenho acumulado no ano, da maior para a menor valorização:

Melhores e piores desempenhos no Tesouro Direto em 2023

Título públicoDesempenho no anoDesempenho em 12 meses
TESOURO PREFIXADO 202910,56%16,60%
TESOURO PREFIXADO com juros semestrais 20339,73%16,81%
TESOURO PREFIXADO com juros semestrais 20319,45%16,44%
TESOURO PREFIXADO com juros semestrais 20298,98%16,15%
TESOURO IPCA+ com juros semestrais 20558,67%8,36%
TESOURO IPCA+ 20458,63%2,42%
TESOURO IPCA+ com juros semestrais 20508,59%8,23%
TESOURO PREFIXADO com juros semestrais 20278,39%15,77%
TESOURO IPCA+ 20358,38%8,64%
TESOURO IPCA+ com juros semestrais 20408,28%7,88%
TESOURO IPCA+ com juros semestrais 20308,27%9,89%
TESOURO PREFIXADO 20268,27%15,42%
TESOURO IPCA+ com juros semestrais 20328,15%9,57%
TESOURO IPCA+ com juros semestrais 20458,09%8,12%
TESOURO IPCA+ com juros semestrais 20357,97%9,07%
TESOURO IPCA+ 20267,63%9,80%
TESOURO IPCA+ com juros semestrais 20267,31%9,64%
TESOURO PREFIXADO 20256,06%14,05%
TESOURO PREFIXADO com juros semestrais 20255,80%13,95%
TESOURO PREFIXADO 20245,25%13,48%
TESOURO IPCA+ com juros semestrais 20245,14%7,91%
TESOURO IPCA+ 20245,10%7,73%
TESOURO SELIC 20274,98%13,68%
TESOURO SELIC 20244,87%13,72%
TESOURO SELIC 20254,87%13,77%
TESOURO IGPM+ com juros semestrais 20310,69%-0,13%
Fonte: Tesouro Direto

Os títulos públicos prefixados tendem a se valorizar quando há uma perspectiva de queda de juros em momentos de desaquecimento inflacionário.

Vale notar que só embolsa a valorização quem eventualmente vender o título antecipadamente após a alta. Aqueles que ficam com o papel até o vencimento recebem exatamente a remuneração acordada na hora da compra.

Leia Também

A recuperação dos prefixados começou na segunda metade de 2022, quando o Banco Central sinalizou o fim do ciclo de alta nos juros, mas ganhou tração mesmo neste início de ano, com os primeiros sinais de inflação realmente controlada e o anúncio do arcabouço fiscal pelo governo.

  • Você investe em ações, renda fixa, criptomoedas ou FIIs? Então precisa saber como declarar essas aplicações no seu Imposto de Renda 2023. Clique aqui e acesse um tutorial gratuito, elaborado pelo Seu Dinheiro, com todas as orientações sobre o tema.

Além disso, mesmo com as rusgas entre o governo federal e o BC em torno do patamar da taxa de juros e as críticas ao arcabouço fiscal, cresce no mercado a percepção de que a Selic não conseguirá ficar nesse nível tão alto por muito mais tempo, sob o risco de estrangular a economia.

Mais recentemente, o avanço do arcabouço fiscal no Congresso, ao lado da expectativa de que o texto fique um pouco mais duro ao passar pelo Parlamento, também levou a um forte alívio dos juros futuros.

Dos Estados Unidos, o crescimento do temor de recessão e a recente crise bancária também elevam a percepção de que o Federal Reserve não poderá apertar muito mais a política monetária, além de levar a uma desvalorização da moeda americana. Por lá, os investidores avaliam que os juros já chegaram ao topo do ciclo.

Os sinais de que a inflação brasileira de fato está cedendo se somam a esses outros fatores e contribuem para uma queda dos juros futuros que valoriza os prefixados e ainda os torna mais atrativos, no momento, que os títulos atrelados a índices de preços, como o Tesouro IPCA+.

“Essa redução das expectativas de inflação deve favorecer as posições prefixadas em detrimento principalmente de títulos indexados à inflação (IPCA+) de curto prazo”, escreve Laís Costa, analista de renda fixa da Empiricus, em relatório publicado na semana passada.

Ainda vale a pena comprar Tesouro Prefixado?

Há cerca de um mês, as fontes ouvidas para a reportagem sobre os prefixados diziam acreditar que já fazia sentido começar a se posicionar nesses títulos, principalmente os de prazos intermediários, com vencimentos em 2027 e 2029. Quem fez isso, como você pôde notar, já está ganhando dinheiro.

Agora, com a visão de que a Selic deve ser cortada no segundo semestre já mais estabelecida, essa migração de parte da carteira de renda fixa dos pós-fixados para os prés faz ainda mais sentido.

Em relatório no início deste mês da série Super Renda Fixa, da Empiricus, uma das fontes daquela reportagem, a analista Lais Costa, recomenda três títulos privados (um CDB, uma LCI e uma LCA) com vencimentos entre 2024 e 2026, todos prefixados. É possível ter acesso a esse tipo de papel via plataformas de investimentos.

Já no Tesouro Direto, estão disponíveis para a compra, atualmente, três títulos Tesouro Prefixado, com vencimentos em 2026, 2029 e 2033, sendo que este último paga juros semestralmente.

Para além da perspectiva de valorização desses papéis, todos eles ainda estão pagando uma remuneração atrativa para quem os levar ao vencimento, acima de 11% ao ano.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
"Efeito Rashomon"

Existe espaço para o real se fortalecer mesmo que o Banco Central não suba a Selic — e aqui estão os motivos, segundo a Kinea Investimentos

3 de setembro de 2024 - 16:05

Apesar do “efeito Rashomon” nos mercados, gestora se mantém comprada na moeda brasileira e no dólar norte-americano

ME DÊ MOTIVO

Brasil tem PIB Tim Maia no segundo trimestre (mais consumo, mais investimentos, ‘mais tudo’) — mas dá o argumento que faltava para Campos Neto subir os juros

3 de setembro de 2024 - 11:06

PIB do Brasil cresceu 1,4% em relação ao primeiro trimestre com avanço em praticamente todas as áreas; na comparação anual, a alta foi de 3,3% e deve estimular revisão de projeções

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Não deve ser hoje: Ibovespa aguarda PIB em dia de aversão ao risco lá fora e obstáculos para buscar novos recordes

3 de setembro de 2024 - 8:11

Bolsas internacionais amanhecem no vermelho com temores com o crescimento da China, o que também afeta o minério de ferro e o petróleo

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Setembro finalmente chegou: Feriado nos EUA drena liquidez em início de semana com promessa de fortes emoções no Ibovespa

2 de setembro de 2024 - 8:04

Agenda da semana tem PIB e balança comercial no Brasil; nos EUA, relatório mensal de emprego é o destaque, mas só sai na sexta

POLÍTICA MONETÁRIA

Gestores veem Copom aumentando os juros, mas quanto? Tubarões do mercado revelam apostas para o futuro da Selic até o fim de 2024

31 de agosto de 2024 - 18:24

Na avaliação de Rodrigo Azevedo, da Ibiuna, e de André Jakurski, da JGP, a Selic pode superar a marca de 12% nos próximos meses

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Campos Neto e o ‘vilão’ da inflação, ‘Ozempic’ mais barato e o que acontece se os juros subirem a 12%; confira as notícias mais lidas do Seu Dinheiro

31 de agosto de 2024 - 10:23

Notícias sobre Campos Neto, o Banco Central e o rumo dos juros no Brasil figuraram entre as mais lidas pelo público do Seu Dinheiro na última semana

DEDO NO GATILHO

Vem mais intervenção aí? Dólar dispara pelo quinto dia seguido, Banco Central entra com leilões e Campos Neto diz o que pode acontecer agora

30 de agosto de 2024 - 15:34

Além de fatores técnicos e da valorização da moeda norte-americana no exterior, um conjunto de questões locais colabora com a escalada da divisa em relação ao real

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Em dia de caos na bolsa, Ibovespa consegue sustentar os 136 mil pontos e garante ganhos na semana; dólar sobe a R$ 5,6350

30 de agosto de 2024 - 13:49

A queda do principal índice da bolsa brasileira acontece mesmo após dado crucial de inflação nos Estados Unidos vir em linha com as expectativas dos economistas; os percalços do mercado brasileiro são locais

MACROECONOMIA EM FOCO

Campos Neto revela os “vilões” que podem pressionar a inflação no Brasil e no mundo — e adiar a queda de juros global

30 de agosto de 2024 - 13:15

Por aqui, a resiliência da inflação de serviços e o aquecimento do mercado de trabalho se mostram como alguns dos maiores pontos de atenção, segundo presidente do BC

PANELA DE PRESSÃO

Campos Neto diz o que pensa sobre os juros e seu sucessor: “vai passar pelo que eu passei” — e manda recado para Lula

29 de agosto de 2024 - 20:57

RCN participou na noite desta quinta-feira (29) do CNN Talks e gastou o verbo para falar sobre pressão no BC, Bolsonaro e a questão fiscal brasileira — ele ainda deu uma pista sobre o que pode acontecer com a Selic daqui para frente

BOLSA E CÂMBIO

Dólar belisca a casa dos R$ 5,66, mas encerra o dia a R$ 5,6231; na contramão, Ibovespa cai 0,95%. O que mexeu com os mercados aqui e lá fora?

29 de agosto de 2024 - 12:49

As bolsas em Nova York operaram em alta na maior parte do dia, mas tiveram que lidar com perdas da Nvidia — que também pressionou os mercados na Ásia; Europa celebrou dados de inflação na região

SOBE OU NÃO SOBE

“O Banco Central está com o dedo no gatilho”: a declaração da última hora de Campos Neto sobre o que pode acontecer com os juros e o dólar

28 de agosto de 2024 - 13:58

O presidente do BC brasileiro contou, durante participação em evento nesta quarta-feira (28), que esteve perto de intervir no câmbio e diz que segue pronto para ajustar a política monetária se for necessário

NOVO PRESIDENTE DO BC

Prazo de Haddad e Campos Neto para sucessão no BC está chegando — mas mercado ainda aguarda decisão de Lula

28 de agosto de 2024 - 9:24

Para o ministro da Fazenda, considerando o prazo ideal para garantir uma transição suave no BC, o nome do sucessor deveria sair entre o fim de agosto e o início de setembro

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Foi por pouco: Ibovespa mira em Campos Neto, revisão de gastos e Caged na busca por novos recordes

28 de agosto de 2024 - 7:56

Mercados financeiros internacionais amanhecem em compasso de espera pelo balanço da Nvidia, que será divulgado apenas depois do fechamento

TEM LUZ NO FIM DO TÚNEL?

A Selic vai mesmo subir? O Brasil não tem mais jeito? Dois fatos sobre os juros e um sobre a economia na visão dos chefões dos grandes bancos

27 de agosto de 2024 - 19:43

Mario Leão, do Santander Brasil, e Roberto Sallouti, do BTG, avaliaram a economia brasileira durante evento que reuniu CEOs de grandes bancos e empresas brasileiras nesta terça-feira (27); confira o que eles pensam sobre o nosso futuro

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Um olhar para dentro da bolsa: Depois de bater novo recorde com Petrobras (PETR4), Ibovespa repercute novo CEO da Vale (VALE3)

27 de agosto de 2024 - 7:59

Além da Petrobras e da Vale, os investidores repercutem hoje a prévia da inflação de agosto e seu possível impacto nos juros

LOTERIAS

A Lotofácil parou, mas é por uma boa causa: o sorteio especial da independência vem aí — veja quanto os R$ 200 milhões do prêmio rendem por mês

26 de agosto de 2024 - 18:38

Calculamos o rendimento mensal do prêmio em jogo na Lotofácil da Independência se você ganhar sozinho e investir em renda fixa

DE OLHO NAS REDES

“Brasília é um dos principais riscos para o Brasil”: por que a irresponsabilidade com o dinheiro público é o que ‘segura’ o país hoje 

26 de agosto de 2024 - 18:03

Na visão de Fernando Siqueira, head de research da Guide Investimentos, o principal problema do Brasil hoje tem endereço certo: Brasília.  Em sua mais recente participação no podcast Touros e Ursos, ele elegeu a irresponsabilidade com o dinheiro público como o Ursos não só da semana, mas dos últimos anos.   O Urso é uma menção […]

DECLARAÇÕES DO DIRETOR

Galípolo abre o jogo sobre divergências de membros do Banco Central e corte de juros nos EUA 

26 de agosto de 2024 - 15:24

Em evento hoje, o diretor de Política Monetária ainda falou sobre autonomia do BC e importância dos dados para tomada de decisão do Copom em setembro

SE O COPOM SUBIR OS JUROS...

Quem ganha e quem perde na bolsa se a Selic subir para 12%? O Santander fez as contas

26 de agosto de 2024 - 14:26

Empresas que fazem parte do Ibovespa podem ter lucro 2,5% menor em 2025 caso os juros subam, de acordo com os analistas

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar