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João Escovar
Jornalista especializado em Finanças
Conteúdo Empiricus

Por que as ações deveriam subir quando a Selic cai? Esses 5 fatores são os principais responsáveis; entenda

Richard Camargo, da Empiricus, mostra o racional por trás dessa correlação tão óbvia na cabeça do investidor

João Escovar
14 de agosto de 2023
12:44
Imagem: Pexels

Para os investidores que já possuem um pouco mais de experiência, a regra é bem clara quando a taxa Selic cai: é a hora de as ações e os ativos de risco brilharem.

Mas afinal, você sabe por que isso tende a acontecer? E por que não está acontecendo agora com o Ibovespa, que vem caindo depois que o Copom cortou os juros?

Em geral, existe uma correlação muito forte entre o ciclo de juros e o desempenho da Bolsa de Valores. Só que de maneira inversa: quando os juros caem, a bolsa sobe; quando os juros sobem, a bolsa cai. Observe no gráfico abaixo do desempenho histórico do Ibovespa, extraído do portal The Capital Advisor:

Como você pode observar, existem ciclos de valorização intensa na bolsa de valores desde a época da ditadura até os dias atuais - e geralmente esses bull markets estão associados a épocas de queda dos juros básicos da economia.

A relação é ainda mais intensa quando falamos das small caps, as ações com menor capitalização. Observe o gráfico abaixo, que mostra o desempenho do SMAL11 (ETF de ações small caps - linha vermelha) em relação à taxa Selic (linha preta):

“Historicamente, os ciclos de afrouxamento monetário costumam trazer excelentes performances entre as ações no geral, mas principalmente entre as microcaps”, explica o analista Richard Camargo, da Empiricus.

O momento de queda dos juros, portanto, é propício para tirar o pé da renda fixa e apostar em ações. Mas por que isso acontece de maneira cíclica e recorrente, de modo que gera uma quase certeza de valorização no mercado?

Segundo Camargo, existem 5 fatores importantes que são impactados diretamente pela taxa Selic e que ajudam a impulsionar as ações quando os juros caem. Abaixo, listamos e explicamos cada um deles.

Fator 1: a dívida das empresas diminui

A taxa Selic é o principal balizador para o custo de empréstimos e financiamentos do país – e isso inclui a alavancagem financeira das empresas.

No geral, empresas listadas na Bolsa captam recursos tanto pela emissão de ações como de dívida para investirem em seus projetos.

Parte do resultado gerado, antes de se tornar lucro líquido, vai para o pagamento dessas dívidas. E é aí que está o pulo do gato: quanto maior a taxa Selic, maior o custo das dívidas contraídas.

“Do lado operacional, uma Selic mais baixa torna menores os juros pagos pelas empresas, já que uma parcela importante do endividamento das companhias está atrelada ao CDI. Apenas isso já melhora quase que imediatamente a lucratividade das empresas, sem a necessidade de fazer nenhum tipo de ajuste”, resume Camargo.

Fator 2: o custo de oportunidade fica mais baixo

Se você é um executivo de uma empresa na bolsa e deseja investir recursos financeiros e humanos em um projeto que vai entregar 12% ao ano, em um momento em que a Selic está em 13,75%, certamente esse projeto será inviável.

Afinal, por que arriscar o capital se é possível obter esse retorno aplicando no Tesouro Selic?

Quando o custo de oportunidade dos juros diminui, contudo, investimentos antes renegados passam a valer mais a pena. E ao investir em novos projetos, as empresas possuem mais chances de acertar, crescer e lucrar.

Fator 3: migração do fluxo de capital para a renda variável

Da mesma maneira que as empresas decidem investir em novos projetos quando o custo de oportunidade diminui, o mesmo acontece com o investidor, seja ele institucional, pessoa física, estrangeiro ou brasileiro.

Se a renda fixa, que é balizada pela taxa Selic, está pagando alto para você não fazer nada, por que se arriscar? Mas, quando ela deixa de ser atrativa, existe uma corrida de volta para ativos de maior risco, como as ações.

E quando tem mais gente querendo comprar, o preço do ativo sobe.

Fator 4: modelos de valuation da Faria Lima

De maneira geral, a regra para negociar ações é comprar quando elas estão baratas e vender quando estão caras. Mas você sabe como isso é definido?

Para chegar a essa conclusão, analistas de bancos, corretoras e researches constroem modelos de valuation (avaliação), que buscam chegar a um preço justo para uma ação, de acordo com suas perspectivas de lucro, crescimento e riscos.

De maneira geral, esse valor justo é determinado pela técnica dos fluxos de caixa descontados, que consiste, grosso modo, em:

1 – Determinar as projeções de lucro para a empresa no futuro;

2 – Trazer esse lucro projetado a valor presente, por meio de uma taxa de desconto.

Essa taxa de desconto reflete a remuneração ideal que o acionista deveria ter naquele investimento, considerando os riscos e, principalmente, o custo de oportunidade.

Quanto maior a taxa, menor é o “valor justo” da ação no presente. E como parte dessa taxa é o custo de oportunidade, a Selic mais baixa tende a reduzir essa taxa de desconto, aumentando o “valor justo das ações”.

Como os investidores institucionais se utilizam desses modelos para tomarem decisões de investimento, quando o valor justo sobe a tendência é a de que o preço de tela da ação seja considerado barato – e exista um forte ajuste de posição que valorize as ações.

No caso das small caps, esse movimento é ainda mais intenso: como seus lucros geralmente são projetados mais à frente, elas sofrem um efeito ainda maior da taxa de desconto e são excessivamente penalizadas quando os juros sobem. Mas tendem a disparar de valor quando os juros caem.

“Sob a perspectiva financeira, o custo de capital menor tem impacto relevante no valuation das empresas. Com juros menores, pode-se pagar múltiplos mais elevados pelas ações”, explica o analista da Empiricus.

Fator 5: melhora geral da economia

Com a Selic mais baixa, o crédito fica mais barato e o dinheiro circula mais fácil na economia. Isso estimula o comércio, a indústria, o emprego e a renda das pessoas. Neste ambiente, as empresas tendem a conseguir resultados melhores e, consequentemente, suas ações tendem a subir.

Como buscar ganhos com a queda dos juros?

Bem, mas desde que o Copom finalmente baixou os juros para 13,25% ao ano, o Ibovespa só vem caindo…

O motivo principal é o de que, mais do que a Selic em si, o importante para o mercado são as perspectivas de queda. É por isso que, ao longo de 2023, mesmo sem queda na Selic, as ações registraram forte desempenho.

Enquanto o Ibovespa sobe 11% no ano (09/08), a carteira da série Microcap Alert, da Empiricus, da qual Richard Camargo faz parte, já subiu 69% entre janeiro e julho, segundo dados da própria empresa.

A Empiricus Investimentos, corretora do grupo, possui um fundo de ações que se inspira na Microcap Alert e que teve o melhor desempenho entre os fundos de ações do país no 1º semestre deste ano, de acordo com o portal Valor Investe.

Apesar de ter baixado os juros para 13,25% ao ano na última reunião, o Copom deve seguir derrubando a Selic nos próximos meses – e esses ativos devem continuar disparando.

O fundo, que está fechado para novos aportes, será reaberto no próximo dia 21, com o objetivo de incluir novos cotistas e captar mais recursos para aproveitar o momento propício.

O objetivo é trazer investidores que desejam se expor ao potencial violento de valorização das microcaps, mas sem ter o trabalho operacional, burocrático e tributário de montar um portfólio de ações.

Pelo contrário, bastam alguns cliques para aportar seu dinheiro e o fundo replicará as ideias da carteira Microcap Alert, possibilitando que você se exponha a 11 ações de elevado potencial com apenas um único ativo.

Como o volume de aportes será limitado, a corretora já abriu uma lista preferencial para aqueles que desejarem ingressar na abertura do fundo em primeira mão.

Para garantir seu nome na lista e participar da oportunidade, basta deixa seu contato no link abaixo:

QUERO ENTRAR NA LISTA PREFERENCIAL DO FUNDO MICROCAP

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