Índices de ações perderam do CDI nos últimos 10 anos e o superaram só na metade do tempo; veja quais papéis conseguiram bater a renda fixa nesse prazo
Papéis que superaram a renda fixa no longo prazo pertencem principalmente aos setores elétrico, financeiro e de commodities
Os principais índices de ações e fundos imobiliários não foram páreo para a força dos juros brasileiros nos últimos dez anos e perderam do CDI, taxa que baliza as aplicações de renda fixa, mostra levantamento realizado pela Economatica.
Além disso, entre dezembro de 2012 e dezembro de 2022, esses indicadores só conseguiram vencer o índice das aplicações mais conservadoras em cerca de metade dos anos ou meses da amostra.
De acordo com o estudo, o CDI rendeu 131,1% de 2013 a 2022. Entre os índices de ações analisados, o melhor desempenho ficou com o de dividendos (IDIV), com alta de 101,2%, seguido do Ibovespa, com valorização de 80%.
O Índice Small Cap (SMLL), que reúne as ações de baixo valor de mercado, rendeu apenas 30,1% no período, pior desempenho entre os índices de ações. Já o IFIX, índice de fundos imobiliários, teve ganho de 82,2%, similar ao Ibovespa.
Durante o prazo de dez anos analisado, o Ibovespa só conseguiu superar o CDI no acumulado até maio de 2021, mantendo-se acima do indicador no mês seguinte. Mas depois, o índice de ações voltou a perder da taxa de juros.
Estendendo-se a análise para um prazo de 12 anos, porém, o IFIX consegue superar o CDI com um retorno de 186,7% ante 178,6% da taxa de juros. O IDIV também supera o CDI por pouco, com alta de 179,5% no período. Os demais índices permanecem abaixo: apenas 58,3% para o Ibovespa e 39,6% para o SMLL.
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Acima do CDI apenas na metade do tempo
Embora o estudo não considere janelas móveis de dez anos, o que seria mais interessante para se fazer uma análise de períodos de "longo prazo", foram considerados também os desempenhos mensais e anuais de cada índice e do CDI entre dezembro de 2012 e dezembro de 2022.
O resultado foi que, basicamente, os índices de ações e fundos imobiliários só conseguiram bater o CDI em aproximadamente metade dos meses e anos - ou menos.
Por exemplo, o IDIV, índice de ações com melhor desempenho, superou o CDI em cinco anos, ou seja, exatamente 50% dos períodos anuais, perdendo nos outros cinco anos. O índice também venceu o CDI em metade dos períodos mensais.
Já o Ibovespa venceu o CDI em metade dos anos, mas na análise das janelas mensais, venceu a renda fixa em apenas 49,2% dos meses. O SMLL foi o índice de ações com pior desempenho, superando o CDI em apenas 40% dos anos e 44,2% dos meses.
O IFIX, por sua vez, bateu o CDI em apenas 30% dos anos, mas venceu o indicador em 53,3% dos meses.
As ações que venceram o CDI no longo prazo
Mas se investir nos índices - por exemplo, por meio da compra de ETFs neles referenciados - não rendeu grande resultado ao investidor no período de dez anos analisado, a escolha das ações específicas certas - o chamado stock picking - pode ter rendido bons frutos.
A Economatica realizou uma análise semelhante com as ações que integravam o Ibovespa no início de 2013 a fim de identificar aquelas que conseguiram bater o CDI.
Do total de 51 ações que integravam o Ibovespa em janeiro de 2013, apenas 23 conseguiram obter um retorno acumulado superior ao CDI, mostra o levantamento. Nesse retorno, já são considerados os ajustes de dividendos e eventos corporativos, como bonificação e agrupamento.
Os grandes destaques da década foram as ações ordinárias da Eletrobras (ELET3), com retorno de 790,6%, contra os 131,1% do CDI informados no início do texto. Em seguida, vieram os papéis preferenciais da ex-estatal (ELET6), com alta de 658,1%. Veja a lista completa:
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