Bitcoin (BTC) e ethereum (ETH) se sustentam em alta, mas fala de dirigente pode mudar o curso das criptomoedas hoje. Veja o que mexe com o mercado

O bitcoin (BTC) e as principais criptomoedas do mundo operam em compasso de espera  do discurso de Jerome Powell, presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos), marcado para esta tarde.

O desempenho das criptomoedas, vale lembrar, vem apresentando uma correlação cada vez maior com os movimentos das taxas de juros nos EUA. Parte da forte alta do bitcoin neste ano inclusive vem da redução do ritmo de aperto monetário na maior economia do mundo.

Mas após dados robustos sinalizarem um mercado de trabalho aquecido nos EUA, as expectativas (e temores) envolvendo as decisões de política monetária norte-americana só cresceram — e o anúncio do chefão do Fed deve dar pistas do que está por vir nos próximos meses.

O BTC apagou as quedas de ontem e registra leve aumento de 0,40% nas últimas 24 horas, cotado a US$ 22.961,53. No acumulado de sete dias, porém, a baixa é de 0,08%. Já o ethereum (ETH) avança 0,32% hoje, com alta de 3,68% em uma semana.

Apesar da singela valorização no último dia, a Bybit acredita que, uma vez que o bitcoin conseguiu se manter em um relevante patamar de suporte, será possível tentar uma nova alta e alcançar níveis mais elevados ao longo desta semana.

Na visão da empresa, a maior criptomoeda do mundo deve seguir em uma faixa de volatilidade baixa, cotada entre US$ 22 mil e US$ 23,5 mil. 

• Por que o bitcoin (BTC) pode chegar a US$ 40 mil ainda em 2023, segundo um dos principais analistas do mercado de criptomoedas do país

Confira o desempenho do bitcoin e de outras criptomoedas hoje:

Empresas colocam bitcoin (BTC) no caixa

Apesar de um intenso bear market no ano passado e um inverno cripto que parecia não ter fim, o Brasil aparentemente não abandonou a fé no bitcoin (BTC).

Segundo dados da Receita Federal, as compras de BTC e outras criptomoedas de companhias (pessoa jurídica) no Brasil dispararam mais de 593% em 2022. 

Ao final de dezembro, 62.679 CNPJs negociaram bitcoin e outros ativos digitais em exchanges, contra apenas 10.503 empresas em janeiro do ano passado.

Enquanto isso, as negociações de criptomoedas feitas por investidores pessoa física mais que dobraram ao longo do ano, ao passar de 439.746 CPFs em janeiro para 909.503 em dezembro — equivalente a um aumento de 106,8% no ano.

Entre as criptomoedas mais negociadas no Brasil no ano passado, estão o bitcoin (BTC), ethereum (ETH), tether (USDT), dogecoin (DOGE) e Shiba Inu (SHIB).

• Vá além do bitcoin (BTC): conheça os nomes de 9 criptomoedas indicadas por analistas do mercado como as favoritas para quem busca lucros com ativos digitais em 2023. VEJA A LISTA GRATUITAMENTE AQUI

Genesis em recuperação judicial 

Ontem, o grupo controlador da corretora de criptomoedas Genesis, o Digital Currency Group (DCG), a exchange Gemini e outros credores chegaram a um acordo sobre o plano de reestruturação judicial da empresa.

Menos de um mês desde que a companhia entrou com um pedido de recuperação judicial, conhecido como chapter 11, os credores acertaram os termos para recuperar ativos durante o processo de reorganização. 

De acordo com o documento enviado à corte de falências em janeiro, a Genesis devia cerca de US$ 3,5 bilhões aos seus 50 maiores credores. 

Segundo informações do The Block, o plano envolve a Genesis Global, o DCG, dois grupos de credores, a Gemini Trust Company e uma reestruturação de US$ 1,7 bilhão em dívidas e outras obrigações.

O acordo ainda estipula que a Genesis pague de volta até 80% dos fundos dos 340.000 clientes titulares de contas Gemini Earn — que somavam cerca de US$ 900 milhões.

O plano ainda deve ser aprovado em tribunal, mas foi considerado "um passo crítico em direção a uma recuperação substancial de ativos para todos os credores da Genesis", segundo o presidente da Gemini, Cameron Winklevoss.

Compartilhe