Você venderia a sua galinha de ovos de ouro? Por que as melhores empresas nem sempre estão na bolsa
Desconfie quando alguém te oferecer participação em uma empresa que o dono diz ser ‘fantástica’. Se ela é fantástica mesmo, por que a pessoa quer vender?
Há poucos dias comecei a analisar uma nova empresa, candidata a entrar em uma das carteiras da Empiricus.
O negócio parece legal e o cálculo do preço-alvo saiu sem grandes problemas, com um upside interessante, inclusive.
Mas tudo travou na parte de comparação com as pares, que é quando pegamos cinco ou seis empresas do mesmo setor para ver se a candidata em questão está negociando com múltiplos minimamente atraentes.
Isso porque praticamente não existem empresas do mesmo setor listadas em bolsa; nem no Brasil e nem lá fora.
Seria esse um bom ou um mau sinal para os investidores? Na verdade, esse costuma ser um ótimo sinal.
Vende-se galinha dos ovos de ouro
Via de regra, para que uma empresa seja negociada na bolsa, é preciso que ela tenha passado por um processo de venda de ações.
Leia Também
A fábrica de bilionários surpreende mais uma vez: lucro da Weg (WEGE3) cresce 20% no ano, mas ação abre em forte queda — analistas chamam atenção para esta linha do balanço
No crédito ou no débito? Ibovespa reage a balanços, Wall Street e expectativa com cortes de gastos
Às vezes, quem vende as ações são os donos da companhia (oferta secundária). Às vezes, as ações vendidas foram criadas com o objetivo de levantar recursos para o caixa da empresa (oferta primária).
De uma maneira ou de outra, é necessário que existam pessoas dispostas a comprar participação de um lado, e pessoas dispostas a vender do outro.
Ou seja, se o negócio for tão ruim a ponto de ninguém querer comprar, ou tão bom que os donos não queiram vender, não haverá negócio.
Por esse motivo, desconfie quando alguém te oferecer participação em uma empresa que o dono diz ser "maravilhosa, extremamente lucrativa e com perspectivas brilhantes pela frente".
Se o negócio é tão fantástico assim, por que ele está tão disposto a vendê-lo? Pense nisso antes de investir no próximo IPO.
Não queremos sócios, obrigado
Dietrich Mateschitz e Chaleo Yoovidhya investiram juntos US$ 1 milhão na criação da fabricante de energéticos Red Bull.
O negócio era tão bom que crescia financiado pela própria geração de caixa, sem a necessidade de tomar muita dívida e nem de vender parte do negócio para novos acionistas.
Os fundadores continuaram donos de 100% do capital e estima-se que a fortuna deixada por ambos para seus herdeiros supere os US$ 40 bilhões (4 mil vezes o retorno do investimento).
É claro que esse é um exemplo muito fora da curva, mas existem várias outras empresas tão boas que seus donos nunca tiveram vontade e nem a necessidade de levá-las para a bolsa, porque simplesmente concluíram que não valia a pena ter novos sócios.
Por isso, se você pretende investir em um setor e descobre que há poucas empresas desse segmento listadas, essa na verdade pode ser uma boa notícia.
Pode significar que normalmente as empresas inseridas naquele contexto conseguem se manter de pé, com ótimos resultados, sem precisar tomar muita dívida e nem de investimentos vultuosos.
Algumas vezes, é claro, elas podem acabar vindo parar na bolsa, mas é importante tentar entender o motivo.
VALE (VALE3) E CRISE DA CHINA: É HORA DE COMPRAR OU VENDER AÇÕES DA MINERADORA?
Há exceções
Mesmo tendo negócios espetaculares, às vezes os fundadores não têm muita escolha e acabam precisando de dinheiro.
Às vezes eles possuem cérebros brilhantes, mas não têm um puto no bolso para monetizar as suas ideias bilionárias, e precisam angariar sócios. As Big Techs são exemplos disso.
Às vezes o negócio está caminhando bem sem precisar de dinheiro alheio, mas uma expansão mal calculada, uma dívida tomada no momento errado, entre outros erros estratégicos podem forçar os donos a procurar investidores para reequilibrar as contas da empresa.
Por exemplo, o negócio de estacionamentos é ótimo, normalmente necessita de baixos investimentos e é gerador de caixa por natureza.
Mas a pandemia chegou praticamente ao mesmo tempo em que a Estapar (ALPK3) venceu a licitação da Zona Azul de São Paulo, um investimento de R$ 585 milhões no mesmo período em que as receitas desabaram.
Eu não sei se os poucos acionistas antes da oferta realmente queriam vender parte da companhia, mas eles simplesmente não tiveram outra escolha além de fazer o IPO.
Repare que isso é muito diferente do que costuma acontecer nos IPOs, quando normalmente os donos aceitam vender suas ações apenas porque o momento para isso é propício e eles vão receber uma bolada por elas, o que também costuma estar relacionado aos picos de mercado.
Mas não estou falando da Estapar
Antes que você me pergunte, a Estapar não é a tal "nova empresa" que eu comecei a olhar, até porque ALPK3 já está na série Microcap Alert há alguns meses, por gostarmos do momento que a empresa está passando – aliás, ela teve participação importante na alta de mais de 60% da carteira da série em 2023.
Mas esse exemplo ajuda a mostrar que, apesar de negócios bons normalmente conseguirem caminhar sem precisar de novos sócios, às vezes a necessidade aparece, e como acionistas, é preciso saber aproveitar essas oportunidades.
Por enquanto, a tal candidata não passa de uma candidata, mas o fato de quase não ter empresas do setor listadas globalmente para mim já é uma boa notícia.
- Além de ALPK3, a série Microcap Alert é formada por outras nove ações da bolsa que, segundo os analistas da Empiricus Research, podem disparar e trazer lucros exponenciais nos próximos meses. Clique aqui para ter a chance de aumentar seu patrimônio com elas.
Um grande abraço e até a semana que vem!
Ruy
Ações da Petrobras (PETR4) caem com produção menor no 3T24 — e analistas dizem o que esperar do próximo anúncio de dividendos da estatal
Com base nos dados operacionais divulgados, os grandes bancos e corretoras dizem o que pode vir por aí no dia 7 de novembro, quando a estatal apresenta o resultado financeiro do terceiro trimestre
Maxi Renda (MXRF11) investe milhões em cotas de outro fundo imobiliário que deve ter rendimento “muito interessante” para a carteira; veja qual é o FII
De acordo com o relatório gerencial do fundo, divulgado ontem, o MXRF11 investiu R$ 69,5 milhões no Pátria Renda Urbana (HGRU11)
Sequoia (SEQL3) dispara na B3 com CEO novo: Fundador deixa comando após 13 anos e ex-Ambev assume como diretor presidente interino
O fundador e atual CEO, Armando Marchesan Neto, deixará a posição e passará a ocupar uma cadeira no conselho de administração em fevereiro de 2025
O tempo parece voar: A uma semana das eleições nos EUA, Ibovespa repercute balanço do Santander e relatório de produção da Petrobras
Ibovespa subiu pouco mais de 1% ontem na esteira da expectativa com novas medidas de cortes de gastos pelo governo
Fortes emoções à vista nos mercados: Investidores se preparam para possível vitória de Trump às vésperas de decisão do Fed sobre juros
Eventual vitória de Trump pode levar a desaceleração de ciclo de cortes de juros que se inicia em grande parte do mundo desenvolvido
Ações da AES Brasil (AESB3) desabam mais de 20% na B3 antes da incorporação pela Auren. O que está por trás da queda?
O tombo das ações acontece na semana de fechamento da combinação de negócios entre a AES e a Auren — que resultará no fim da negociação dos papéis AESB3 na bolsa
Mais uma crise à vista? Montadora que já foi a mais valiosa da China sem vender um único carro e tentou rivalizar com a Tesla agora luta para encontrar investidores
Empresa de carros controlada pela incorporadora Evergrande encerrou as negociações para a venda de uma participação após a desistência de um comprador
Guerra no Oriente Médio: por que o petróleo despenca 5% hoje e arrasta a Petrobras (PETR4) e outras ações do setor
O setor de petróleo e gás protagoniza o campo negativo da bolsa brasileira nesta segunda-feira (28), com os mais diversos tons de vermelho tingindo as ações das petroleiras locais pela manhã. A Prio (PRIO3) é quem lidera as perdas no Ibovespa, com recuo de 3,24% por volta das 11h45. Por sua vez, a Petrobras (PETR4) […]
Boeing lança oferta de US$ 19 bilhões em ações na tentativa de desatar cintos e aumentar liquidez
Decisão da oferta vem após a Boeing divulgar um prejuízo líquido de US$ 6,17 bilhões, valor bem maior do que o registrado em igual período do ano anterior
Com ouro nas máximas, Aura Minerals (AURA33) fecha compra Bluestone e expande o portfólio com negócio geotérmico
A Bluestone foi avaliada em aproximadamente 0,50 dólar canadense por ação, um prêmio de 51% em relação às cotações do último fechamento
O saldão da eleição: Passado o segundo turno, Ibovespa se prepara para balanços dos bancões
Bolsas internacionais repercutem alívio geopolítico, resultado eleitoral no Japão e expectativa com eleições nos Estados Unidos
Agenda econômica: Payroll e PCE nos EUA dominam a semana em meio a temporada de balanços e dados Caged no Brasil
Os próximos dias ainda contam com a divulgação de vários relatórios de emprego nos EUA, PIB da zona do euro e decisão da política monetária do Japão
O que será do Japão agora? Iene derrete após sinal de que governo ficará sem a maioria pela primeira vez em 15 anos
O resultado preliminar só aumenta a incerteza sobre a composição do governo da quarta maior economia do mundo e ainda coloca em risco os planos do Banco Central para os juros
Do papel à mineração: CFO da Suzano (SUZB3) se despede do cargo com resultado positivo no 3T24 e se muda para a Vale (VALE3)
Suzano anunciou nesta sexta-feira (25) a renúncia de Marcelo Bacci ao cargo; ele assume as finanças da mineradora a partir de dezembro
Vale (VALE3) em tempos de crise na China e preço baixo do minério: os planos do novo CEO Gustavo Pimenta após o resultado que agradou o mercado
Novo CEO fala em transformar Vale em líder no segmento de metais da transição energética, como cobre e níquel; ações sobem após balanço do 3T24
Nvidia (NVDC34) passa a valer mais que a Apple (AAPL34) por um breve momento, mas ações da empresa ainda podem ‘explodir’ no futuro
A queridinha do ramo da Inteligência Artificial (IA) chegou a superar a empresa dona do iPhone em junho deste ano — ainda que, novamente, por um breve período
Após prejuízo contábil no 2T24, números “impressionantes” no 3T puxam as ações da Suzano para as maiores altas do Ibovespa hoje; é hora de comprar SUZB3?
Companhia reportou um lucro líquido de R$ 3,237 bilhões, revertendo os prejuízos do mesmo período do ano passado e também do trimestre anterior
Vem dividendo por aí? Vale (VALE3) tem balanço forte no 3T24 e ação fica entre as maiores altas do Ibovespa. Saiba o que fazer com os papéis agora
A mineradora também assinou nesta sexta-feira (25) o acordo definitivo de reparação do desastre em Minas Gerais, no valor de R$ 170 bilhões
Vai pagar como? XP diz o que fazer com as ações da Stone e PagBank após a queda recente
Tanto a Stone como o PagBank acumulam queda da ordem de 30% neste ano na bolsa
A história não acaba: Ibovespa repercute balanço da Vale e sinalizações de Haddad e RCN em dia de agenda fraca
Investidores também seguem monitorando a indústria farmacêutica depois de a Hypera ter recusado oferta de fusão apresentada pela EMS