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Liliane de Lima
É repórter do Seu Dinheiro. Jornalista formada pela PUC-SP, já passou pelo portal DCI e setor de análise política da XP Investimentos.
RUMO À MÁXIMA HISTÓRICA

Petróleo a US$ 150? O que precisa acontecer para que o barril dispare nos mercados internacionais

Banco Mundial traça três cenários possíveis para a escalada no valor da commodity, que hoje opera na casa dos US$ 87 

Liliane de Lima
31 de outubro de 2023
17:03 - atualizado às 16:30
O dragão da inflação correndo atrás do touro das bolsas e índices
O dragão da inflação correndo atrás do touro das bolsas e índices - Imagem: Shutterstock, com intervenção de Andrei Morais

Considerado um dos termômetros da economia mundial, o petróleo é capaz de absorver — de maneira quase imediata  — a cautela ou o apetite ao risco dos investidores no cenário internacional. 

O comportamento da commodity ganhou ainda mais importância com a guerra entre Ucrânia e Rússia, um dos maiores produtores globais, e o conflito entre Israel e o Hamas

Em setembro, o petróleo tipo Brent — usado como referência no mercado internacional, inclusive pela Petrobras (PETR4) — atingiu US$ 95, o maior nível desde novembro de 2022 — acendendo um “alerta” para as principais economias do mundo. 

Isso porque a alta do petróleo provoca, em linhas gerais, um efeito-cascata: o reajuste dos preços dos combustíveis e energia e, consequentemente, a aceleração da inflação que já segue em níveis elevados. 

E, embora as cotações tenham perdido ímpeto, para o Banco Mundial, o preço do petróleo em níveis recordes pode ser (novamente) uma realidade em breve. 

No último relatório, divulgado nesta semana, a instituição afirmou que com uma possível escalada da guerra entre o grupo extremista Hamas e Israel, o barril pode disparar para além de US$ 150. 

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Segundo o Banco Mundial, os preços do petróleo já subiram cerca de 6% desde o início do conflito.

Vale lembrar que, embora a produção do petróleo em Israel seja pouco significativa para o mercado internacional, a guerra Israel-Hamas acontece em uma região próxima aos maiores produtores de óleo no mundo — entre eles, Irã e Arábia Saudita

Nesta terça-feira (31), os contratos do petróleo tipo Brent para janeiro de 2024 encerram a sessão em queda de 1,54%, com o barril cotado a US$ 85,02 na Intercontinental Exchange (ICE). Acompanhe a cobertura de mercados.

1973 outra vez?

O relatório do Banco Mundial traça três cenários baseados em conflitos desde a década de 1970 e que podem resultar no forte avanço da cotação do petróleo. 

Em primeiro momento, pode se desenhar o cenário de “pequena interrupção” da produção —semelhante à redução de oferta durante a guerra civil na Líbia em 2011 — com corte de 500 mil a 2 milhões de barris por dia. 

Nesse caso, o barril do petróleo poderia ser negociado a uma faixa entre US$ 93 e US$ 102 — o que seria mais factível até o final deste ano. 

No segundo cenário, o de “pertubação média”, a redução na produção de petróleo seria entre 3 e 5 milhões de barris por dia, o que levaria os preços a um intervalo de US$ 109 e US$ 121.  A situação se assemelharia ao contexto da guerra do Iraque em 2003. 

Por fim, o Banco Mundial não descarta uma realidade equivalente ao choque de preços ocorrido em 1973, até o final de 2023. 

Na ocasião, Síria, Egito e Israel entraram em um conflito no Oriente Médio, que resultou em um embargo, comandado pela Organização dos Países Árabes Exportadores de Petróleo (Opaep), aos Estados Unidos, tradicional aliado de Israel, e a outros países ocidentais. 

Esse seria o pior dos cenários e se assemelharia ao efeito da entrada de outros países na guerra entre Israel e Hamas. 

Para o Banco Mundial, nessa situação, o petróleo poderia ter uma alta de até 75%, com os preços na faixa de US$ 140 a US$ 157 o barril e a redução entre 6 e 8 milhões de barris por dia. 

“Os preços mais elevados do petróleo, se forem sustentados, significam inevitavelmente preços mais elevados dos alimentos”, afirmou Ayhan Kose, economista-chefe adjunto do Banco Mundial. 

"Se um grave choque nos preços do petróleo se materializar, elevaria a inflação dos preços dos alimentos, que já foi elevada em muitos países em desenvolvimento."

Petróleo acima de US$ 100 

A última vez que o petróleo foi acima dos US$ 100 foi em março de 2022, com as sanções à Rússia em razão do conflito com a Ucrânia. 

Ao longo do dia 6 de março, o barril do petróleo tipo Brent ultrapassou os US$ 139, com alta de 18%. O maior nível desde o recorde de US$ 147,50 de julho de 2008. 

Uma luz no fim do túnel 

Por fim, o Banco Mundial prevê que os preços do barril do petróleo deverão atingir uma média de 90 dólares ainda neste trimestre. Contudo, as cotações devem “aliviar” em 2024. 

Segundo a instituição, o barril pode voltar aos US$ 81, à medida que a desaceleração do crescimento reduz a procura pela commodity. 

No gráfico a seguir, confira a cotação dos futuros do Brent um dia antes do início do conflito entre Israel e Hamas ( 6 de outubro) na comparação com o último dia de análise do órgão, em 23 do mesmo mês:  

Fontes: Bloomberg; Banco Mundial

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