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Victor Aguiar
Victor Aguiar
Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.
Entrevista exclusiva

O açaí milionário da Oakberry quer conquistar o mundo — e, quem sabe, dar energia à B3

Georgios Frangulis, fundador e CEO da Oakberry, falou com o Seu Dinheiro sobre os planos de expansão internacional da rede de lojas de açaí

Victor Aguiar
Victor Aguiar
19 de julho de 2021
5:39 - atualizado às 12:32
Oakberry açaí Georgios Frangulis
Georgios Frangulis, fundador e CEO da Oakberry - Imagem: Divulgação/Oakberry

Áustria, 4 de julho. Os competidores da Porsche Supercup alinham-se para a largada no circuito de Spielberg. Na 31ª posição, um estreante na categoria: o brasileiro Georgios Frangulis, que se destaca entre os demais pilotos por seu macacão roxo — a mesma cor do açaí da Oakberry.

Dias antes, eu tive uma conversa por vídeo com ele. Mas não falamos sobre a expectativa para a corrida; quem respondia minhas perguntas não era o piloto, mas, sim, o homem de negócios.

Georgios Frangulis, afinal, é fundador e CEO da Oakberry, rede de lojas de açaí que possui mais de 300 unidades no Brasil. Entre seus sócios, nomes renomados como o de Felipe Massa, vice-campeão de Fórmula 1, e de Bruno Soares, tenista dono de três títulos de Grand Slam.

"Eu sempre pensei [na Oakberry] como uma marca essencialmente global", disse Frangulis, em entrevista ao Seu Dinheiro. "Um dos pilares para desenhar o modelo de negócio foi a certeza de que ele poderia ser replicado em diversos países e culturas".

E, de fato, a rede está sendo replicada nas localidades mais diferentes, tanto em termos geográficos quanto culturais. Já são 60 lojas no exterior, em países que vão da Austrália à Arábia Saudita; do Peru à Croácia; da China à Malta.

Os planos são ambiciosos: quase 100 lojas estão em fase de implantação, somando Brasil e exterior — Alemanha, Paraguai, Colômbia, Tailândia e Barein são os próximos país a receber a Oakberry. A meta é terminar o ano com cerca de 550 unidades abertas no mundo.

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Para dar continuidade aos planos de crescimento da rede, cujo faturamento ficou na casa dos R$ 100 milhões no ano passado, o executivo diz estudar uma possível captação numa primeira rodada de investimentos. E vai além: não descarta um eventual IPO da Oakberry num horizonte mais longo de tempo.

Mas o que explica o sucesso global de uma loja que se dedica a um produto tão trivial quanto o açaí? Bem, é um trajeto cheio de curvas...

Oakberry lojas

Oakberry e a superfruta

Você pode não gostar de açaí, mas já deve ter reparado em alguma loja ou quiosque da Oakberry: todas seguem um padrão estético que mistura madeira, luzes quentes e detalhes em roxo — o impacto visual é uma das marcas da rede.

Esse cuidado na apresentação é uma das chaves para o sucesso: segundo Frangulis, o mercado de açaí no Brasil estava saturado e pulverizado, com muitos players tratando o produto sem a devida reverência.

"Fora do Brasil, o açaí sempre foi uma superfruta da floresta Amazônica", disse o executivo, citando o contraste entre o tratamento dado no Brasil e no exterior. A ideia, então, foi resgatar essa imagem premium para o mercado nacional.

Soma-se à questão da imagem a criação do conceito da Oakberry enquanto loja: ao mesmo tempo que se propõe a vender essa superfruta com alto valor nutricional, também se preocupa com a rapidez e padronização dos produtos.

Há três tamanhos de copos de açaí, com preços tabelados; os adicionais disponíveis são sempre os mesmos em todas as lojas — alguns são ilimitados, outros são pagos. Uma espécie de fast food saudável que também tem alguns outros produtos à base da fruta amazônica, como smoothies, chás e paçocas.

Nosso diferencial de crescimento foi ter criado uma marca, e não um ponto de venda de commodity.

Georgios Frangulis, fundador e CEO da Oakberry
Oakberry quiosque
Quiosque da Oakberry no Shopping Pátio Paulista, em São Paulo

Açaí em tempos de crise

A Oakberry tem um modelo de negócio baseado em franquias, o que foi essencial para a expansão da rede em seus primeiros anos de vida, quando o caixa era apertado. No entanto, com a pandemia de Covid-19 e a alta exposição aos shoppings e centros comerciais, as operações enfrentaram turbulências relevantes.

O Brasil segue como mercado mais representativo para a companhia, e a reabertura incipiente da economia por aqui continua trazendo desafios relevantes ao setor de alimentação. Ainda assim, algumas características têm ajudado a rede a atravessar esse período.

"São poucos funcionários por unidade e a metragem quadrada é baixa, o aluguel é menor", diz Frangulis. No início da pandemia, estimava-se que até 10% das lojas poderiam fechar, mas, até hoje, apenas cinco pontos foram encerrados — para aliviar a pressão sobre os franqueados, houve isenção de cobrança de royalties por dois meses.

Mesmo com a resiliência das operações, o faturamento da Oakberry no país foi impactado: com os shoppings fechados em boa parte de 2020 e 2021, as vendas no Brasil diminuíram. Por outro lado, a normalização mais veloz da economia no exterior traz boas perspectivas.

"Fora do Brasil, estamos crescendo em todos os meses", afirma o executivo, mostrando-se otimista com as vendas sazonais de verão: no hemisfério Norte, a temporada quente ocorre entre junho e setembro; no Sul, o período de maior demanda é entre dezembro e fevereiro — e espera-se que a dinâmica da pandemia no Brasil já tenha arrefecido até lá.

Em termos de faturamento, a Oakberry reportou cifras da ordem de R$ 100 milhões nos anos de 2019 e 2020, mostrando estabilidade mesmo com a pandemia. Para 2021, a expectativa é de aumento para cerca de R$ 300 milhões.

"Em março e abril, o câmbio teve uma força muito grande. A receita lá fora acabou compensando a perda de faturamento no Brasil", diz Frangulis, lembrando do momento mais crítico da segunda onda da Covid-19 no país.

Quanto custa uma franquia Oakberry?

  • Investimento inicial: de R$ 170 mil a R$ 200 mil*
  • Payback: 12 a 24 meses
  • Royalties: 6%

*O custo de abertura da loja depende da necessidade de obras e reformas

Oakberry e o futuro

Com a normalização gradual da economia e a continuidade da expansão no Brasil e no exterior, o que a Oakberry enxerga daqui para frente?

Em termos financeiros, a rede contou com parceiros importantes desde sua criação: além dos já citados Felipe Massa e Bruno Soares, holding SMZTO já fez investimentos na rede. Só que, para seguir se espalhando pelo mundo, a empresa agora estuda alternativas para captar mais recursos.

Uma delas seria uma potencial rodada de investimentos, nos mesmos moldes vistos em fintechs e startups. "Estamos estudando agora uma primeira rodada, justamente para conseguir consolidar alguns mercados essenciais e lançar novos produtos", diz Frangulis.

Eventuais fusões e aquisições, neste momento, estão fora do radar. E, quanto a um possível IPO, o executivo se mostra animado.

Sem dúvida [é uma possibilidade]. Não é algo para um ou dois anos. Talvez três, quem sabe

Georgios Frangulis, fundador e CEO da Oakberry

Da Austrália ao Oriente Médio...

A padronização dos produtos também é vista lá fora: no Brasil, na Espanha ou nos Emirados Árabes, o copo de açaí vendido pela Oakberry é o mesmo — há apenas uma diferença no dulçor do produto, de acordo com a preferência de cada mercado, mas ambas as receitas têm valor nutricional semelhante.

Essa uniformidade traz vantagens no lado logístico: uma vez congelado e envazado, o açaí tem validade de 12 meses — e, basicamente, essa é a única matéria-prima para as lojas no mundo.

A preocupação com os paladares locais se estende à estratégia de apresentação: num mercado que já conhece o açaí, como o da Austrália, o foco foi introduzir a Oakberry como marca de referência — no país, faturamento médio chega a US$ 150 mil por mês.

Em outras regiões em que o açaí era virtualmente desconhecido, como a Arábia Saudita, houve um trabalho para introdução do produto e seu valor nutricional — e, novamente, para se colocar como player de referência. Já são nove unidades em território saudita.

O ponto principal é esse: mostrar que somos diferentes e melhores. Isso cria uma barreira enorme para outros entrantes

Georgios Frangulis, fundador e CEO da Oakberry
Publicação do Instagram da Oakberry na Arábia Saudita. A página tem 25 mil seguidores

... e do SuperBowl às pistas de corrida

A presença de Frangulis no grid da Supercup não foi jogada de marketing. Ele é piloto profissional e, inclusive, compete regularmente na Porsche Cup Brasil, a liga nacional dos carros alemães.

O envolvimento de Frangulis com as pistas de corrida vai além, com a gestão da Oak Racing Team — uma das equipes da Porsche Cup Brasil e responsável por agenciar diversos pilotos brasileiros.

Ainda no universo esportivo, a Oakberry esteve presente no estádio do SuperBowl de 2020, vendendo quase mil unidades ao longo do jogo.

"Poucos eventos no mundo conseguem criar um vínculo emocional tão forte como os eventos esportivos", diz o executivo. "O que a gente quer é justamente criar uma relação emocional com o público".

E, voltando ao dia 4 de julho: Frangulis ganhou seis posições ao longo do GP da Áustria da Porsche Supercup, cruzando a linha de chegada no 25º lugar.

Giorgios Frangulis Oakberry açaí
Georgios Frangulis no GP da Áustria da Porsche Supercup

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