🔴 BYD COM ATÉ 50% DE DESCONTO? CONHEÇA A ESTRATÉGIA

Estadão Conteúdo
efeito pandemia

Após ‘onda’ de devoluções, total de escritórios disponíveis em SP sobe 50%

Situação tende a se agravar neste ano, tanto pela adoção massiva do home office quanto pela contínua inauguração de novos edifícios em São Paulo

Estadão Conteúdo
15 de fevereiro de 2021
16:04
São Paulo centro imóveis
Centro de São Paulo - Imagem: Shutterstock

À medida que o home office foi adotado pelas empresas na esteira dos primeiros casos de covid-19, uma pergunta se impôs no mundo corporativo em 2020: qual será o destino dos prédios de escritórios que abrigavam as empresas?

Neste início de 2021, com a pandemia prestes a completar 12 meses, a resposta a essa questão parece já estar clara. A onda de devoluções de escritórios já começou e, segundo especialistas no setor imobiliário, deverá se agravar neste ano.

O movimento das empresas se reflete diretamente nos dados deste mercado. De acordo com a empresa americana especializada em imóveis corporativos JLL, a taxa de disponibilidade de espaços em edifício corporativos saltou 50% do primeiro para o último trimestre do ano passado: o total de imóveis do tipo sem inquilino, que era de 13,6% entre janeiro a março, no pré-pandemia, fechou 2020 acima dos 20%.

E a própria JLL avisa, em seu mais recente relatório, que a situação tende a se agravar neste ano, tanto pela adoção massiva do home office quanto pela contínua inauguração de novos edifícios em São Paulo - o mercado que serve de termômetro para a situação em todo o País deve ampliar a oferta de espaços corporativos em mais de 200 mil m² em 2021. E há capitais em situação pior: no Rio de Janeiro, a taxa de vacância chega a 40%.

A "onda" de devoluções de escritórios é generalizada. Inclui grupos tradicionais - como a companhia aérea Latam e bancos como o Itaú Unibanco e o Banco do Brasil - e se espalha, em efeito cascata, por negócios de médio porte. Um aspecto está claro: a vida profissional no pós-pandemia vai ter um componente forte de home office.

Segundo Roberto Patiño, diretor da JLL, um terço da força de trabalho da área corporativa, em média, deve trabalhar prioritariamente de casa - ele baseia a previsão em conversas que tem tido com empresas. Em negócios que não dependem tanto da interação com o cliente, o corte dos espaços físicos pode ser mais radical. Nas últimas semanas, o Estadão conversou com empresas que já reduziram seus escritórios em 40%, 50% e até 100%.

Segundo Patiño, além de devolverem escritórios, as empresas também vão revisar espaços: logo, os donos de prédios corporativos, que apostavam em grandes metragens para empresas de renome, terão de mudar de tática: isso porque, com boa parte das equipes trabalhando em home office, haverá cada vez mais demanda por espaços de trabalho flexíveis, e não apenas no modelo de compartilhamento ofertado por empresas como a WeWork.

Algumas companhias que já começaram a reduzir espaços estão adaptando as antigas estruturas para transformar as antigas estações de trabalho individuais em ambientes compartilhados. É o caso do banco BMG, que tem 1,1 mil funcionários. Segundo Alexandre Winandy, diretor de transformação organizacional, a instituição abriu mão de 33% do espaço que aluga em uma das regiões mais caras da capital paulista: a Avenida JK, no Itaim.

Agora, um dos andares está sendo adaptado para receber salas de reuniões híbridas, cabines para chamadas telefônicas e armários para que as pessoas guardem seus pertences - que deverão ser recolhidos ao fim de cada dia. Winandy diz que a decisão de partir para a reforma do escritório, que deve ficar pronto em maio, foi apoiada por pesquisas que mostram satisfação de 94% dos trabalhadores com o home office.

Economia com aluguel

Na Afferolab, consultoria de educação corporativa com 350 funcionários, a maior parte dos escritórios virou coisa do passado: com equipes no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Juiz de Fora (MG), a empresa estava relativamente adiantada em relação ao home office antes da pandemia, pois permitia que seus colaboradores ficassem um dia por semana em casa. "Mas havia certa resistência da liderança, que operava no modo 'comando controle'", diz Leonardo Bar, presidente da companhia.

Com a redução dos negócios na pandemia, uma vez que boa parte das empresas cortou custos com treinamentos, o home office virou não apenas uma forma de organização válida para a Afferolab, mas também uma opção de redução de custos para "segurar" demissões. Por isso, o escritório do Rio foi fechado, enquanto o paulistano acabou reduzido à metade. A economia anual? Cerca de R$ 1,2 milhão.

Home office

Foi na Quarta-Feira de Cinzas, em 26 de fevereiro do ano passado, que a consultoria LacLaw mudou para seu novo escritório. Após fechar contrato em janeiro e de um curto período de reforma, a empresa ampliou seu espaço corporativo de 300 para 570 m². Três semanas depois, veio o lockdown - e a LacLaw, que nunca tinha trabalhado remotamente antes e nem tinha planos de fazê-lo, foi "jogada" no home office.

Em meio às mudanças na cobrança de impostos instituídas pelo governo durante a pandemia, a empresa teve de ampliar o total de funcionários para dar conta da demanda: passou de 68 para 100 colaboradores, entre março de 2020 e janeiro de 2021. Enquanto isso, o andar locado na região da Avenida Brigadeiro Faria Lima, em São Paulo, continuou vazio. O "escritório dos sonhos" terminou por ser abandonado.

"Resolvemos devolver o imóvel para fazer uma reserva de caixa", diz Flávio Lopes de Almeida, sócio da LacLaw. "O aluguel representava 20% dos nossos custos - e hoje o custo é zero." O consultor não descarta o aluguel de um novo escritório em um futuro pós-vacina. Mas adianta que ele será adaptado à nova realidade da empresa. Ou seja: será muito menor do que o anterior.

Outra empresa que optou pelo mesmo caminho foi a startup de tecnologia Blu, que devolveu 100% do espaço que ocupava - zerando custos com aluguéis. "Nós nos perguntamos: será que o nosso negócio funciona nesse modelo? E a resposta foi sim: ele até melhora", diz Luís Marinho, cofundador da Blu. A decisão de fechar os escritórios - que o executivo acredita ser permanente - veio diante da reação da equipe, que hoje tem 400 pessoas, à reabertura temporária dos escritórios, ainda em 2020: "A demanda foi zero."

Já a empresa de tecnologia FS Security, decidiu ficar no meio do caminho. Percebeu que poderia acomodar seus 125 funcionários - o mesmo número do início de 2020 - em um espaço menor: por isso, reduziu a área locada em 50%. "Não foi difícil fazer a companhia funcionar no home office. Mas acreditamos que ainda é importante ter um espaço para ideação de soluções. Esse é um processo muito mais rico quando feito de forma presencial", diz Carlos Alberto Landim, presidente da companhia.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Compartilhe

LOTERIAS

Bolão fatura Lotofácil e faz 4 milionários de uma vez só; Mega-Sena acumula e prêmio dispara

15 de maio de 2024 - 6:02

A Lotofácil estava acumulada ontem, o que engordou o prêmio da “máquina de milionários”; Quina acumulou de novo

MULTIMERCADOS

Ex-colega de Campos Neto no BC, gestor da Itaú Asset aposta em Copom mais rígido com os cortes na Selic daqui para frente

14 de maio de 2024 - 19:58

Ex-diretor de política monetária do BC entre 2019 e 2023 — sob o comando de RCN —, o economista Bruno Serra revelou o que espera para os juros no Brasil

LANCE REVISADO

Ata do Copom mostra divisão mais sutil entre Campos Neto e diretores escolhidos por Lula

14 de maio de 2024 - 10:18

Divergência entre os diretores do Banco Central se concentrou no cumprimento do forward guidance, mas houve concordância sobre piora no cenário

DE OLHO NAS REDES

Adeus, Campos Neto: logo a presidência do Banco Central deve ir para as mãos de um indicado de Lula — “o telefone vermelho vai tocar”

13 de maio de 2024 - 18:06

Campos Neto logo deixará a presidência do Banco Central. Quais são os riscos de um indicado de Lula tomar o lugar?

PESQUISA FOCUS

Projeção para Selic volta a subir após bola dividida no Copom a poucos meses da saída de Campos Neto

13 de maio de 2024 - 10:59

Estimativa para Selic no fim de 2024 sobe pela segunda semana seguida na Focus depois de Campos Neto ter precisado desempatar votação

SAINDO DO VERMELHO

Desenrola para MEI começa amanhã — e aqui está tudo o que você precisa saber para renegociar dívidas no Descomplica Pequenos Negócios

12 de maio de 2024 - 16:00

Não há limite para os valores das dívidas, mas só será possível renegociar débitos não pagos até 23 de janeiro deste ano

CRÉDITO EXTRAORDINÁRIO

Enchentes no Rio Grande do Sul: Governo libera mais R$ 12 bilhões em socorro ao Estado

12 de maio de 2024 - 14:35

Com o valor aprovado neste fim de semana, o total liberado pelo governo federal para o Rio Grande do Sul supera a marca de R$ 60 bilhões

LOTERIAS

Combo da sorte! Mega-Sena paga fortuna de R$ 46 milhões para bolão no Espírito Santo. Será que você está entre os sortudos?

12 de maio de 2024 - 9:53

Apenas um bilhete cravou as seis dezenas sorteadas no concurso 2723 da Mega-Sena. Confira os números que saíram na loteria

EFEITOS NA ECONOMIA

Déficit zero em risco? S&P alerta para maior desafio fiscal após desastre no Rio Grande do Sul. Veja o que diz Haddad 

11 de maio de 2024 - 14:42

Para a agência de classificação de risco, o socorro do governo federal ao Rio Grande do Sul deve aumentar ainda mais a dificuldade de equilibrar as contas públicas primárias

Dá o play!

A batalha da Selic: como a decisão dividida do Banco Central sobre os juros mexe com os investimentos

11 de maio de 2024 - 13:10

O podcast Touros e Ursos recebe Bernardo Assumpção, CEO da Arton Advisors, para comentar a decisão do Copom, que cortou a Selic em 0,25 ponto percentual nesta semana

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Continuar e fechar