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Bruna Furlani
Bruna Furlani
Jornalista formada pela Universidade de Brasília (UnB). Fez curso de jornalismo econômico oferecido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Tem passagem pelas editorias de economia, política e negócios de veículos como O Estado de S.Paulo, SBT e Correio Braziliense.
DE OLHO NA COMMODITY

Após queda de braço no petróleo, ouro cai mais de 11% impactado por movimento vendedor

Uma das razões é que as demais posições dos investidores estava deficitária, logo eles tiveram que realizar a venda do metal para cobrir as perdas da carteira

Bruna Furlani
Bruna Furlani
20 de março de 2020
14:16 - atualizado às 10:37
Barras de ouro - Imagem: Shutterstock

Um dia após atingir a maior cotação no ano por conta da queda de braço envolvendo Arábia Saudita e Rússia, o ouro vem sofrendo com um movimento vendedor no mercado. Desde o dia 9 de março deste ano, o principal ETF lastreado no metal e que é negociado em Nova York, o SPDR Gold Trust (GLD) recuou 11,2% até ontem (20).

Durante o mesmo período, o contrato de ouro futuro com vencimento em abril apresentou queda de 10,4%. Ontem, esse contrato terminou o dia negociado a US$ 1501,15 a onça troy, o que representa uma alta de 1,85%. Já o GLD subiu 1,50% e fechou o pregão de sexta-feira cotado em US$ 140,11.

Em relatório divulgado ontem (19) pela World Gold Council, uma das maiores instituições na área, a organização argumentou que as duas últimas semanas foram marcadas por um movimento de venda massiva de ativos e que o ouro não foi exceção.

"Como um ativo de alta qualidade e liquidez, o ouro pode ter sido usado para levantar caixa, especialmente porque era - até agora - um dos poucos ativos com retorno positivo no ano. O ouro estava subindo até 10% até o dia 9 de março, mais do que qualquer um dos grandes ativos", destacaram os especialistas no documento.

A razão é que as demais posições dos investidores estava deficitária, logo eles tiveram que realizar a venda para cobrir as perdas da carteira e não ter que se desfazer de ativos que estavam com retorno negativo.

A instituição disse ainda que costuma existir uma correlação histórica entre a alta no preço do ouro e a queda brusca no preço das ações. Mas que há momentos em que isso não ocorre.

"Parece que há uma exceção durante períodos em que há um movimento de venda desordenada quando a volatilidade aumenta para níveis extremos. Por exemplo, durante a crise financeira de 2008-2009 quando o VIX [índice do medo dos investidores] alcançou níveis recordes e o ouro ficou sob pressão", argumentaram.

Outro ponto destacado pelos especialistas que pode ter levado à queda no preço do ouro é que o movimento parecia mais concentrado em derivativos - que são ativos que derivam de outros ativos - nas corretoras.

Na avaliação deles, alguns investidores estavam segurando algumas posições de derivativos que poderiam estar bastante alavancadas e foram forçados a vender, assim que o preço caiu após o dia 9 de março.

Mas não foi só o ouro que sofreu com a queda de preço. No documento, os especialistas destacaram também que até mesmo os preços dos títulos mais longos do Tesouro americano caíram bastante, apesar do segundo corte surpresa feito pelo Banco Central americano no último dia 15 de março.

Apenas para se ter uma ideia, o título de 10 anos do governo americano está sendo negociado agora com taxas acima de 1%, mas no início do ano as taxas chegaram a bater nas mínimas e ser negociadas 0,33% até o dia 9 de março.

Ouro como porto seguro

Por mais que a cotação do ouro tenha caído nos últimos dias, o metal foi sempre visto como porto seguro dos investidores em momentos de aversão ao risco, como é o caso agora. Saiba como investir.

Para entender melhor porque ele é visto como um instrumento de proteção, é preciso compreender mais sobre a sua precificação. Na prática, o investidor precisa olhar para algumas variáveis.

Em primeiro lugar está a taxa de juros norte-americana. Isso porque quanto maior a taxa de juros dos EUA, menos atrativo é o investimento na commodity.

O motivo é que a moeda americana ganha valor e fica mais interessante investir nos Estados Unidos do que buscar ativos de maior risco em outros mercados, como os emergentes, por exemplo.

Agora, as taxas dos títulos do tesouro americano de 10 anos e de 30 anos, - que são considerados os mais seguros do mundo -, estão nas mínimas históricas. E isso abriu uma janela para que os investidores busquem ativos de maior segurança, mesmo que eles não entreguem retorno.

Aliado a isso, há ainda o fato de que as políticas monetárias dos BCs devem seguir a linha de afrouxamento monetário e fazer com que a "Selic" dos países fique ainda mais baixa para estimular a economia e conter os efeitos do vírus, o que pode favorecer a busca pelo metal dourado.

Além de questões relacionadas à taxa de juros, outra variável que afeta a commodity é a demanda direta. Nesse caso, o destaque vai para China e Índia, que são grandes compradores diretos de joias banhadas a ouro. Logo, quanto maior for o crescimento de ambos os países, maior será a demanda por esse tipo de mercadoria e vice versa.

**A matéria foi atualizada posteriormente com a cotação de fechamento do ouro na última sexta-feira (20) em que a queda foi menor do que a registrada até quinta-feira (19).

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