Após passar a manhã oscilando entre o campo positivo e o negativo, o dólar fechou a segunda-feira em alta com os investidores digerindo a pesquisa da BTG Pactual e mais atentos com relação à guerra comercial entre EUA e China.
No encerramento do dia, a moeda americana subiu 0,93%, cotada a R$ 4,088, depois de romper a marca dos R$ 4,09 no meio da tarde.
O mercado repetiu o cardápio da semana passada com reações às novas pesquisas eleitorais e ao cenário exterior. Na madrugada de hoje, a pesquisa do BTG Pactual mostrou Jair Bolsonaro estagnado, mas ainda à frente com 33% das eleições. Fernando Haddad (PT) subiu de 16% a 23%, o que diminuiu ainda mais as chances de um vitória de Bolsonaro já no 1º turno.
E Haddad cresce mais
A pesquisa eleitoral divulgada nesta madrugada pelo banco BTG Pactual mostrou Jair Bolsonaro (PSL) estagnado com 33% das intenções de voto. Ele ainda segue à frente de Fernando Haddad (PT), mas o petista voltou a mostrar força ao subir de 16% a 23%, o que coloca uma pá de cal nas esperanças de aliados de Bolsonaro de que ele poderia liquidar a fatura já no primeiro turno.
Já para o segundo turno, Bolsonaro perdeu pontos valiosos e viu seus adversários se fortalecer. Na disputa com Haddad, o candidato do PSL se mantém na liderança com 44% dos votos, mas Haddad vem logo em seguida, com 40%. Na pesquisa anterior, era 46% e 40%, respectivamente.
Contra Ciro Gomes, Bolsonaro está tecnicamente empatado, com 43% e 41%. A margem também caiu em um embate entre Alckmin e Bolsonaro, que têm 40% e 41%, respectivamente. Lembrando que Bolsonaro é visto por grande parte do mercado como o candidato mais competitivo contra a campanha do Partido dos Trabalhadores. Agora é aguardar o Ibope, que sai hoje à noite.
Para completar a angústia, o Boletim Focus , divulgado nesta manhã pelo Banco Central, prevê menor crescimento do PIB e aumento da inflação até 2019.
Lá fora
As tarifas impostas pelos EUA de 10% sobre US$ 200 bilhões em bens chineses entraram em vigor hoje. Horas depois, Pequim acusou Washington de “intimidação comercial” e acusou os EUA de tentar intimidar outros países para que façam suas vontades. O governo chinês disse, porém, estar disposto a retomar as conversas com os americanos “baseadas em respeito mútuo e igualdade”.
E as tensões parecem não ter hora para acabar. Circula desde cedo no mercado rumores de que o governo chinês teria cancelado uma viagem que faria aos Estados Unidos no próximo fim de semana para buscar uma trégua na guerra comercial.